Vergonha: Brasil é o país que mais concentra renda no 1% do topo da pirâmide
Um relatório da Desigualdade Global, da Escola de Economia de Paris, aponta que o 1% da população brasileira (cerca de 1,4 milhão de pessoas) concentra 28,3% dos rendimentos no país, com média de ganhos de R$ 140 mil por mês. Os 50% mais pobres (71,2 milhões de pessoas) ficam com 13,9%, menos da metade do 1% mais rico. Situação pode se agravar com o ultraliberalismo de Jair Bolsonaro baseado em corte de investimentos e direitos
247 - Um relatório da Desigualdade Global, da Escola de Economia de Paris, divulgado nesta segunda-feira (19), aponta que o 1% da população brasileira (cerca de 1,4 milhão de pessoas) concentra 28,3% dos rendimentos no país, com média de ganhos de R$ 140 mil por mês. Os 50% mais pobres (71,2 milhões de pessoas) ficam com 13,9%, o que representa menos da metade do 1% mais rico. Essa parcela tem, em média, ganhos de R$ 1,2 mil mensais. Os dados foram publicados pelo jornal Folha de S.Paulo.
O Brasil é o pais de maior fosso social entre ricos e pobres, seguido pelo Qatar, onde o 1% detém 29% da renda. Na sequência estão Chile, Líbano, Emirados Árabes e Iraque.
De acordo com o relatório, durante os governos do PT, entre 2001 e 2015, os mais pobres tiveram o maior ganho, de 71,5%, em suas rendas.
No mesmo período, os mais 10% mais ricos viram sua renda crescer 60% e a classe média, que representa cerca de 40% da população, teve aumento de 44% nos rendimentos.
Entre 2014 e 2019, apenas os mais ricos (2,5%) e os muitos ricos (1%), que representam 10% e 1% da população, respectivamente, viram a renda aumentar, segundo estatísticas da FGV Social, a partir dos microdados da PNADC. No período, a classe média teve redução de 4,2% nos rendimentos, enquanto os 50% mais pobres perderam 17,1% da sua renda.
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