São Paulo retrô: passeios históricos guardam a memória da cidade
Entre as dicas de passeios, estão museus, igrejas e monumentos, a maioria com acesso gratuito
A cidade de São Paulo guarda diversos mistérios e tesouros. Por que não explorar os passeios históricos do município mais populoso do país?
Há diversos locais que preservam a memória dos séculos passados, e o melhor: a maioria deles tem entrada gratuita! São museus, igrejas, monumentos… passeios para todos os gostos e públicos.
Quem se aventurar nessas dicas vai conhecer São Paulo com outros olhos, perceber as mudanças sócio-culturais na cidade e adentrar um mundo repleto de curiosidades. Vamos lá?
1. Pateo do Collegio
Pateo do Collegio
Praça Pateo do Collegio, nº 2 – Centro
De terça a sexta, das 9h às 16h45, aos sábados e domingos, das 9h às 16h30
Entrada: R$ 8 (inteira), R$ 4 (meia entrada), R$ 2 (estudantes de escola pública e aposentados) e grátis para crianças até 7 anos e deficientes físicosBem no coração de São Paulo, na região central, está localizado o Pateo do Collegio. Foi neste ponto que a cidade foi fundada, no dia 25 de janeiro de 1554. O espaço é administrado pela Companhia de Jesus, ordem religiosa dos jesuítas fundada em 1540 por Santo Inácio de Loyola (1491-1556).Quem visitar o espaço pode aproveitar para tomar um café no jardim e conhecer o Museu Anchieta, composto por peças de arte sacra que remetem à vida social paulistana ligada a religiosidade, logo nos primórdios da cidade. Os artefatos compreendem desde o século 16 ao 20, do antigo Colégio de São Paulo, objetos dos primeiros fundadores, peças do cotidiano, arte sacra, pinacoteca, dentre outras.2. Canto Gregoriano no Mosteiro de São Bento
Mosteiro de São Bento
Largo de São Bento, 48 – Centro
Horário: de segunda a sexta, às 7h, de sábado, às 6h, e aos domindos, às 10h, com ÓrgãoO Mosteiro de São Bento tem mais de 400 anos de História. O local era a Taba do Cacique Tibiriçá e foi doado pela Câmara de São Paulo aos monges em 1600.A construção atual do Mosteiro não é a mesma dos séculos anteriores. Trata-se da quarta construção, iniciada em 1910, com o processo de urbanização de São Paulo. A Basílica só foi consagrada em 1922, época em que foram instalados os famosos sinos e o relógio. Além de poder acompanhar a missa com o canto gregoriano, é possível conhecer a basílica de segunda, terça, quarta e sexta, das 6h até o término da missa das 18h, e aos sábados e domingos, das 6h às 12h e das 16h às 19h30. De quinta, a igreja fecha às 8h e reabre às 14h.3. Visita à Cripta da Catedral da Sé
Catedral da Sé
Praça da Sé, s/nº
De segunda, das 9h às 11h30 e das 13h às 16h30, de terça a quinta, das 9h30 às 16h30, de sexta, das 10h às 26h30, de sábado, das 9h às 15h30 e de domingo, das 12h30 às 15h30A Catedral da Sé começou a ser construída em 1912, em uma iniciativa do Arcebispo Dom Duarte Leopoldo e Silva. A inauguração aconteceu em 1954, com 111 metros de comprimento, 46 metros de largura e 65 metros de altura (exceto as torres).Além de conhecer a catedral, é possível visitar a cripta, que fica sob o altar mor, escondida sete metros abaixo do nível da rua, exatamente onde passa a linha imaginária do Trópico de Capricórnio e perto do marco zero da cidade. Lá estão os restos morais de todos bispos de São Paulo ao longo de dois séculos de hierarquia , o túmulo do cacique Tibiriçá e do regente Feijó.4. Tour guiado no Theatro Municipal
Theatro Municipal
Praça Ramos De Azevedo, s/n – República
De quarta à sexta, às 11h, 13h, 15h e 16h30, e aos sábados, às 14h e 15h
Entrada: gratuita, é preciso ir no guichê ao lado da bilheteria, uma hora antes do horário da visitaO Theatro Municipal de São Paulo foi fundado em 1911 e refletia as aspirações cosmopolitas da época. O edifício é inspirado na Ópera de Paris, com traços renascentistas e barrocos na fachada e, no interior, com muitos adornos e obras de arte: bustos, bronzes, medalhões, afrescos, cristais, colunas neoclássicas, vitrais, mosaicos e mármores.Além de assistir os espetáculos no teatro, é possível fazer um passeio guiado pela construção, descobrindo detalhes históricos e curiosidades arquitetônicas do edifício e da Praça das Artes, instituição vizinha administrada pela mesma Organização Social.5. Tour guiado: prédio da Prefeitura
Edifício Matarazzo – Prefeitura de São PauloViaduto do Chá, 15 – Centro
De segunda à sábado, às 10h30, às 14h30 e às 16h30
Entrada: gratuitaO prédio em estilo neoclássico projetado por Severo e Vilares no final de 1930 foi sede das indústrias da família Matarazzo até 1972, quando foi vendido ao Grupo Audi. Depois, o edifício passou a pertencer à Prefeitura de São Paulo em um acordo da renegociação da dívida da Companhia Municipal e Transportes Coletivos, até que, em 2004, passou a abrigar a sede da administração municipal.No passeio guiado, é possível observar um jardim com mais de 400 plantas, o pé direito alto, as paredes revestidas em mármore e diversas esculturas.6. Museu da Cidade: Casa da Imagem
A Casa da Imagem foi criada para ser a sede do Acervo Iconográfico da cidade e promover sua preservação, pesquisa e difusão, preservando a memória da imagem documental de São Paulo.Atualmente, o acervo é composto por 84 mil fotografias que passaram por detalhada intervenção de conservação preventiva. Estas imagens foram digitalizadas e, juntamente com suas informações catalográficas, estão disponíveis no banco de dados, possibilitando o gerenciamento da coleção, o resgate de informações e o acesso online.Quem visitar à instituição pode apreciar a arquitetura do lugar e explorar as exposições temporárias que ocupam a casa. O espaço pertence ao Museu da Cidade, dedicado à promoção, o (re)conhecimento e a reflexão sobre a cidade de São Paulo e seu patrimônio.7. Museu da Cidade: Solar da Marquesa de Santos
Solar da Marquesa de SantosRua Roberto Símonsen, 136 – Centro
De terça a domingo, das 9h às 17h
Entrada: gratuitaO Solar da Marquesa de Santos é considerado o último exemplar remanescente da arquitetura residencial urbana do século 18 na cidade de São Paulo. Não há dados precisos sobre a data de construção dele O que se sabe é que, em 1802, ele foi dado como pagamento de dívidas ao Brigadeiro José Joaquim Pinto de Morais Leme, primeiro proprietário documentalmente comprovado. A marquesa, conhecida amante de Dom Pedro I, ocupou a casa entre 834 e 1867, período em que aconteceram festas famosas e o lugar ficou conhecido como Palacete do Carmo, uma das residências mais aristocráticas de São Paulo.No local. é possível encontrar utensílios domésticos, parte do mobiliário e até mesmo a banheira utilizada por Dona Maria Domitila de Castro e Mello, a marquesa de Santos.Atualmente, o solar integra o Museu da Cidade.8. Museu da Cidade: Casa do Bandeirante
Casa do Bandeirante
Praça Monteiro Lobato, s/nº – Butantã
De terça a domingo, das 9h às 17h
Entrada: gratuitaA Casa do Bandeirante é um retrato das típicas habitações rurais paulistas construídas ao longo dos séculos 17 e 18 e, sobretudo nas proximidades das bacias dos rios Tietê e o seu afluente Pinheiros.A história da região onde a casa se encontra, no bairro do Butantã, zona oeste de São Paulo, remonta ao ano de 1566, quando foi concedida uma sesmaria a Jorge Moreira e Garcia Rodrigues, na paragem conhecida como Uvatantan. Em 1602, há registros desta propriedade como pertencente a Afonso Sardinha, com o nome de Ubatatá, termo tupi que significa “terra dura”. A casa teve vários proprietários e atualmente está aberta à visitação, revelando-se um museu evocativo da época das bandeiras, com acervo próprio, a partir do recolhimento de móveis, utensílios e outros objetos históricos no interior de São Paulo, Minas Gerais e Vale do Paraíba.A instituição pertence ao Museu da Cidade.9. Museu da Cidade: Casa do Grito
Diversas pesquisas foram feitas para determinar o valor histórico da Casa do Grito, localizada no bairro do Ipiranga, zona sul de São Paulo. Em um primeiro momento, o local esteve associado à declaração de Independência, mas depois descobriu-se que ela data de 1844. Sua denominação deve-se à associação com o quadro de Pedro Américo, intitulado “Independência ou Morte”, onde é retratada uma casa com características semelhantes.A casa esteve abandonada até 1955, quando uma campanha, realizada pela Sociedade Geográfica Brasileira e o jornal A Gazeta, atribuiu caráter histórico ao imóvel, a partir da constatação de sua técnica construtiva: a taipa de sopapo ou pau-a-pique. Foi então que o local passou a ser aberto à visitação. Alguns anos depois, em 1958, o local se transformou em Museu do Tropeiro, com itens adquiridos por meio de compra na região do Vale do Paraíba, ou pela doação de particulares e entidades diversas.No entanto, tantas intervenções no espaço fizeram com que, no final da década de 1970, esse cenário fosse desmontado e os objetos passaram a integrar o acervo de bens móveis históricos sob responsabilidade do Departamento do Patrimônio Histórico (DPH). Nos anos 2000 ela passou por um novo restauro e integra o Parque da Independência e o Museu da Cidade.10. Museu da Cidade: Cripta Imperial Monumento à Independência
Cripta Imperial Monumento à Independência
Praça do Monumento, s/nº – Ipiranga
De terça a domingo, das 9h às 17h
Entrada: gratuitaPara comemorar o centenário da Independência foi criado um monumento no bairro do Ipiranga. É possível observar referências à Revolução Pernambucana de 1817, à Inconfidência Mineira de 1789, e às figuras de José Bonifácio de Andrada e Silva, Hipólito da Costa, Diogo Antonio Feijó e Joaquim Gonçalves Ledo, principais articuladores do movimento.Ao longo dos anos, o monumento sofreu alterações. Em 1954, foi inaugurada uma cripta onde foram depositados os despojos da Imperatriz Leopoldina. Em 1972, consolidou-se a sua sacralização com a vinda dos despojos de D. Pedro I e, posteriormente, em 1984, dos restos mortais de D. Amélia, segunda Imperatriz do Brasil. Por fim, nos anos 2000, alterações arquitetônicas no interior do monumento permitiram novos acessos à Capela Imperial e foram construídos a escada monumental , os sanitários e as áreas de apoio e serviços.
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