Procuradores da Suécia vão interrogar Julian Assange em embaixada do Equador em Londres
Data para audiência deverá ser fixada nas próximas semanas; fundador do WikiLeaks está refugiado em representação diplomática há quatro anos
O Equador permitirá que procuradores da Suécia interroguem Julian Assange, fundador da organização WikiLeaks, em sua embaixada em Londres, onde o jornalista está refugiado desde 2012.
“De acordo com os termos estabelecidos no Acordo de Assistência Legal Mútua em Matéria Penal entre Equador e Suécia, a Procuradoria-Geral do Estado notificou à Procuradoria do Reino da Suécia sua disposição de dar trâmite ao interrogatório de Julian Assange na Embaixada do Equador em Londres”, declarou o Ministério das Relações Exteriores do Equador em umcomunicado.
Agência Efe
Julian Assange em entrevista coletiva com jornalistas em Londres
Julian Assange em entrevista coletiva com jornalistas em Londres
A chancelaria do país sul-americano informou também que, nas próximas semanas, será fixada uma data para a audiência.
Assange, de 44 anos, é investigado por suspeita de abuso sexual em menor grau. Ele nega as acusações e se diz perseguido pela justiça sueca.
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O jornalista está refugiado na embaixada equatoriana em Londres desde 2012, para evitar sua extradição para a Suécia. De lá ele teme ser enviado aos EUA, onde poderia enfrentar um julgamento militar pelos mais de 90 mil documentos vazados pelo Wikileaks sobre a Guerra do Afeganistão e os quase 400 mil relatórios publicados detalhando as operações dos EUA no Iraque.
Em maio desde ano, a Justiça sueca decidiu manter a ordem de detenção ditada em 2010 contra Assange.
A nota do Equador informa também que o governo de Rafael Correa “reitera a vigência do asilo concedido ao cidadão australiano Julian Assange em agosto de 2012 e reafirma que a proteção do Estado equatoriano subsistirá enquanto persistirem as circunstâncias que levaram à concessão do asilo, em particular o temor de sofrer perseguição política”.
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