30/08/2016 12:09 - Copyleft
Do site do canal TeleSurPolícia reprime manifestação de apoio a Dilma Rousseff
Policiais atacaram os manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo, gás pimenta e balas de borracha.
Centenas de brasileiros foram às ruas, na noite desta segunda-feira (29/8), demonstrar o seu apoio à presidenta Dilma Rousseff, no momento em que a mandatária se apresentava diante do Senado, na etapa final do processo de impeachment contra ela.
Uma dessas manifestações, na cidade de São Paulo, foi fortemente reprimida pela polícia militar local, quando avançava pela Avenida Paulista, uma das vias mais importantes, no centro da cidade.
Meios locais informaram que, quando a mobilização chegou ao Museu de Arte de São Paulo (MASP), os agentes policiais começaram a atacar os manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo, gás pimenta e balas de borracha.
Segundo diferentes meios que estiveram acompanhando a marcha, a brigada de choque da PM utilizou as bombas para impedir que a manifestação se aproximasse do edifício da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), que se encontra na mesma Avenida Paulista, a poucos metros do MASP. A entidade que reúne os líderes industriais paulistas é considerada pelos movimentos sociais uma das principais patrocinadoras do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff.
Outras cidades do país também registraram importantes protestos contra o golpe e contra o governo interino do seu substituto, Michel Temer, um dia antes da votação final, que poderia mudar definitivamente o futuro político do Brasil.
Contexto
Enquanto o povo brasileiro marchava em defesa de Rousseff, o Senado avançava com o processo de juízo político contra ela, que supõe um golpe de Estado, devido a falta de provas que determinem que a presidenta cometeu crime de responsabilidade, única situação em que se justificaria o seu afastamento definitivo do cargo.
Dilma Rousseff foi afastada temporariamente do cargo no dia 12 de maio, depois que o Senado brasileiro admitisse a instalação do juízo contra ela. A acusação se baseou na emissão de três decretos de suplementação orçamentária, chamadas pela oposição de “pedaladas fiscais”.
Desde o início do processo, a defensa da mandatária e seus seguidores vêm denunciando que se trata de um golpe de Estado que se desenvolve através de um processo viciado de juízo político, que ignora os argumentos da defesa e não possui conteúdo capaz de condená-la segundo o estabelecido pela Constituição brasileira, uma vez que não há comprovação de um crime de responsabilidade cometido por Rousseff.
Se a votação do Senado determinar sua condenação, Dilma Rousseff será afastada definitivamente do cargo, e perderá os seus direitos políticos por um período de oito anos.
Para que o processo termine com a condenação de Dilma, a oposição a ela precisa de 54 votos entre os 81 senadores da casa. Caso não alcance esse quórum, o processo será arquivado, e ela poderá reassumir a Presidência da República – caso consiga a absolvição, a mandatária se comprometeu a convocar um plebiscito nacional para que a sociedade debata os novos rumos políticos do país.
Tradução: Victor Farinelli
Uma dessas manifestações, na cidade de São Paulo, foi fortemente reprimida pela polícia militar local, quando avançava pela Avenida Paulista, uma das vias mais importantes, no centro da cidade.
Meios locais informaram que, quando a mobilização chegou ao Museu de Arte de São Paulo (MASP), os agentes policiais começaram a atacar os manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo, gás pimenta e balas de borracha.
Segundo diferentes meios que estiveram acompanhando a marcha, a brigada de choque da PM utilizou as bombas para impedir que a manifestação se aproximasse do edifício da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), que se encontra na mesma Avenida Paulista, a poucos metros do MASP. A entidade que reúne os líderes industriais paulistas é considerada pelos movimentos sociais uma das principais patrocinadoras do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff.
Outras cidades do país também registraram importantes protestos contra o golpe e contra o governo interino do seu substituto, Michel Temer, um dia antes da votação final, que poderia mudar definitivamente o futuro político do Brasil.
Contexto
Enquanto o povo brasileiro marchava em defesa de Rousseff, o Senado avançava com o processo de juízo político contra ela, que supõe um golpe de Estado, devido a falta de provas que determinem que a presidenta cometeu crime de responsabilidade, única situação em que se justificaria o seu afastamento definitivo do cargo.
Dilma Rousseff foi afastada temporariamente do cargo no dia 12 de maio, depois que o Senado brasileiro admitisse a instalação do juízo contra ela. A acusação se baseou na emissão de três decretos de suplementação orçamentária, chamadas pela oposição de “pedaladas fiscais”.
Desde o início do processo, a defensa da mandatária e seus seguidores vêm denunciando que se trata de um golpe de Estado que se desenvolve através de um processo viciado de juízo político, que ignora os argumentos da defesa e não possui conteúdo capaz de condená-la segundo o estabelecido pela Constituição brasileira, uma vez que não há comprovação de um crime de responsabilidade cometido por Rousseff.
Se a votação do Senado determinar sua condenação, Dilma Rousseff será afastada definitivamente do cargo, e perderá os seus direitos políticos por um período de oito anos.
Para que o processo termine com a condenação de Dilma, a oposição a ela precisa de 54 votos entre os 81 senadores da casa. Caso não alcance esse quórum, o processo será arquivado, e ela poderá reassumir a Presidência da República – caso consiga a absolvição, a mandatária se comprometeu a convocar um plebiscito nacional para que a sociedade debata os novos rumos políticos do país.
Tradução: Victor Farinelli
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