quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Raúl Castro apoia Dilma e diz que Brasil enfrenta 'golpe parlamentar'

19/04/2016 17h11 - Atualizado em 19/04/2016 17h25

Raúl Castro apoia Dilma e diz que Brasil enfrenta 'golpe parlamentar'

Chancelaria cubana já havia condenado 'golpe' após votação da Câmara.
Castro também de solidarizou com o presidente do Equador pelo terremoto.

Do G1, em São Paulo
O presidente cubano, Raúl Castro, durante o Sétimo Congresso do Partido Comunista realizado nesta terça-feira (19) (Foto: ISMAEL FRANCISCO / CUBA DEBATE)O presidente cubano, Raúl Castro, durante o Sétimo Congresso do Partido Comunista realizado nesta terça-feira (19) (Foto: ISMAEL FRANCISCO / CUBA DEBATE)
O presidente cubano, Raúl Castro, expressou nesta terça-feira (19) seu apoio à presidente do Brasil Dilma Rousseff, que segundo ele enfrenta um "golpe parlamentar" no país, informa a agência de notícias France Presse. A delcaração foi feita no encerramento do Sétimo Congresso do Partido Comunista (PCC), em que foi reeleito como primeiro-secretário do partido por mais cinco anos.
"Reiteramos a solidariedade de Cuba ao povo brasileiro e à presidente constitucional Dilma Rousseff, que enfrenta um golpe parlamentar", disse Castro.

No último domingo, a Câmara dos Deputados aprovou, por 367 votos favoráveis contra 137 contrários, o prosseguimento do processo de impeachment de Dilma, que passou para o Senado. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), informou nesta terça que a eleição que irá oficializar os nomes indicados pelos blocos partidártios da Casa para a comissão especial do impeachmentdeve ocorrer na próxima terça-feira (26).
Para Castro, a aprovação da abertura do processo pela Câmara se trata de um golpe "organizado pela direita oligárquica e neoliberal e incentivada pelo imperialismo contra os progressos políticos e econômicos conquistados durante os governos do Partido dos Trabalhadores".

Nesta segunda, a chancelaria cubana publicou uma nota no jornal oficial Granma em quecondenou "energicamente o golpe de estado parlamentar" no Brasil.
Apoio ao Equador
Castro também prestou solidariedade ao seu colega Rafael Correa, presidente do Equador, que foi atingido por um forte terremoto no último sábado que deixou 480 mortos e 2.560 feridos.
"Confirmo o nosso pleno apoio ao povo do Equador, ao presidente Rafael Correa e ao governo da Revolução Cidadã nestas circunstâncias dolorosas", disse Castro.
Cuba enviou no domingo ao Equador uma equipe médica especializada e uma equipe de socorristas, um contingente que se soma aos mais de 700 médicos e paramédicos cubanos que trabalham no país.
Três médicos cubanos morreram no terremoto, segundo informou o ministério da Saúde de Cuba.

Aparição de Fidel
O irmão de Raúl e ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, apareceu, usando traje esportivo, no encerramento do Congresso. Esta é a segunda vez que Fidel é visto em público nos últimos 11 dias, depois de falar em uma escola em 8 de abril.
Fidel e Raúl no congresso do Partido Comunista Cubani, nesta terça (19) (Foto: Omara Garcia/Courtesy of AIN/Handout via Reuters)Fidel e Raúl Castro no congresso do Partido Comunista Cubani, nesta terça (19) (Foto: Omara Garcia/Courtesy of AIN/Handout via Reuters)
Fidel saudou os delegados e convidados antes do início do evento político mais importante do país, segundo a Agência Cubana de Notícias.
Depois de deixar o poder nas mãos do irmão por problemas de saúde, Fidel restringiu suas atividades públicas e esporadicamente recebe líderes internacionais ou escreve artigos sobre a conjuntura.
Apesar de haver um plano para, a longo prazo, abrir espaço para novas lideranças no partido, o congresso ratificou a permanência de Raúl Castro como primeiro-secretário e de toda a cúpula que já estava no comando.
O recém-eleito Comitê Central do PCC ratificou também José Ramón Machado Ventura como vice-secretário do partido, cargo que também desempenha desde o Congresso anterior da organização, realizado há cinco anos.

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