O ano da vergonha, por Eric Nepomuceno
QUI, 12/01/2017 - 17:36
Por Eric Nepomuceno
2017 acabou de nascer e nasceu com uma precocidade impressionante. Nesses poucos dias são muitos os indícios de que este será o ano da vergonha.
Eu não vou falar de massacres de presídios, não vou falar do horror que são essas casas dos mortos, eu não vou falar desse sacripanta que ocupa o Ministério de Justiça, que além de inoperante, além de inepto é mentiroso.
E também não vou falar desse autonomeado pastor Waldemiro, Waldemiro Santiago. De uma tal igreja mundial, essas coisas que eles inventam. Esse camarada levou facadas – deve ter sido a primeira vez. Mas não é que esse camarada pede a 8.000 pessoas, que cada uma delas doe mil reais para uma tal rádio, uma televisão dele? Quer dizer, é uma vergonha, um camarada extorquir pessoas pedindo dinheiro para ter um veículo para extorquir mais pobres. Não vamos falar disso.
Eu também não vou falar de um Major Olímpio, deputado de São Paulo, que eu fico me perguntando como é que os outros deputados, seus pares, não cassam o mandato desse defensor de chacina por conduta indecorosa no plenário.
Também não vou falar mais do governo.
Eu quero mencionar aqui do que eu quero falar – é de uma vergonha inacreditável, incrível.
O mais parcial, o mais politizado dos magistrados brasileiros, Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral viaja a Portugal acompanhando Michel Temer que ele vai julgar.
Quer dizer, se ele realmente quisesse prestar homenagens a um democrata chamado Mário Soares, ele podia ter ido em avião de carreira.
Eu tô aliás esperando que apareça uma foto do Gilmar Mendes no velório do Mário Soares. Parece que ele não foi visto por lá.
O que que ele foi fazer em Portugal? O que que ele foi fazer com o Ilegítimo em Portugal?
Como é que ele vai julgar o caroneiro dele?
2017 promete. Promete ser o ano da vergonha.
Será? Eu acho que sim.
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