BRASILEIROS REJEITAM AS REFORMAS DO
GOVERNO ILEGÍTIMO DE TEMER
A rejeição ao governo de Michel Temer
continua em trajetória crescente. Uma nova pesquisa do instituto Vox Populi
encomendada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), realizada entre 6 e 10
de abril, mostra que apenas 5% dos entrevistados consideram o desempenho do
presidente ótimo ou bom. Esse percentual era de 8% em dezembro do ano passado e
de 14% em outubro.
Os dados mostram ainda que a
popularidade de Temer está derretendo. Dos entrevistados, 65% classificaram a
atuação de Temer como ruim ou péssima. Em outubro passado, em sua melhor fase,
o presidente era reprovado por 34%. A maior rejeição a Temer foi registrada no
Nordeste (78%), a menor, no Centro-Oeste (57%).
Para se ter uma ideia, no auge do
impeachment, com aquela avalanche midiática de vazamentos e ilações, a
presidenta Dilma Rousseff não tinha índices tão baixos. Nas pesquisas, Dilma
oscilava entre 13% a 10% em diferentes pesquisas com avaliação de ótimo e bom.
A pesquisa aponta ainda uma leve piora
na percepção dos brasileiros sobre o combate à corrupção. Para 51%, ele está
pior com Temer na presidência da República. Em dezembro, essa era a opinião de
49% dos entrevistados.
As medidas de desmonte da aposentadoria,
65 anos de idade mínima e 25 anos de contribuição, são reprovadas por 93% dos
brasileiros ouvidos em todos os estados e no Distrito Federal. Apenas 5%
concordam com as medidas e 2% são indiferentes.
O maior percentual dos que discordam das
medidas foi encontrado na Região que mais apoiou o golpe de Estado, o Sudeste
(94%), seguidas das Regiões Centro-Oeste/Norte (93%), Nordeste (92%) e Sul
(91%).
Outras medidas de Temer reprovadas pela
população foram o congelamento dos gastos públicos, em especial de saúde e
educação nos próximos 20 anos, reprovadas por 83% dos entrevistados; e a
aprovação da ampliação da terceirização para todos os setores da economia,
reprovada por 80% dos brasileiros.
A pesquisa CUT-Vox Populi foi realizada
entre os dias 6 e 10 de abril. Foram ouvidas 2 mil pessoas com mais de 16 anos
em 118 municípios de áreas urbanas e rurais de todos os estados e do Distrito
Federal, em capitais, regiões metropolitanas e no interior. A margem de erro é
de 2,2%, estimada em um intervalo de confiança.
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