domingo, 16 de abril de 2017

ELIANA CALMON AVISA: LAVA-JATO VAI CHEGAR NO JUDICIÁRIO

ELIANA CALMON AVISA:
LAVA-JATO VAI CHEGAR NO JUDICIÁRIO


A Lava-Jato pegará o Poder Judiciário num segundo momento. O Judiciário está sendo preservado, como estratégia para não enfraquecer a investigação, avalia Eliana Calmon, ministra aposentada do Superior Tribunal de Justiça, ex-corregedora nacional de Justiça. "Muita coisa virá à tona".

As informações são de reportagem de Frederico Vasconcellos na Folha de S.Paulo.

Ela foi alvo de duras críticas ao afirmar, em 2011, que havia bandidos escondidos atrás da toga.

Do tempo em que eu fui corregedora para cá, as coisas não melhoraram.

Para a ministra, alegar que a Lava-Jato criminaliza os partidos e a atividade política é uma forma de inibir as investigações.

Os políticos corruptos nunca temeram a Justiça e o Ministério Público. O que eles temem é a opinião pública e a mídia, afirma.
No meu entendimento, a Lava-Jato tomou uma posição política. É minha opinião pessoal. Ou seja, pegou o Executivo, o Legislativo e o poder econômico, preservando o Judiciário, para não enfraquecer esse Poder.

Entendo que a Lava-Jato pegará o Judiciário, mas só numa fase posterior, porque muita coisa virá à tona. Inclusive, essa falta tem levado a muita corrupção mesmo.

Tem muita coisa no meio do caminho. Mas por uma questão estratégica, vão deixar para depois.

Acho que está correto.

Do tempo em que eu fui corregedora para cá, as coisas não melhoraram.

Há aquela ideia de que não se deve punir o Poder Judiciário. Nas entrevistas, João Otávio Noronha, atual corregedor nacional, está mais preocupado em blindar os juízes.

Ele diz que é preciso dar mais autoridade aos juízes, para que se sintam mais seguros. Caminha no sentido bem diferente do que caminharam os demais corregedores.


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