domingo, 16 de abril de 2017

DILMA CAIU PORQUE ENFRENTOU A CORRUPÇÃO NA PETROBRAS

Dilma caiu porque enfrentou a corrupção na Petrobras


Deposta pelo golpe parlamentar de 2016, a presidente Dilma Rousseff sempre foi acusada de inabilidade política, uma expressão muito comum em Brasília, que, quando traduzida para o português, significa intolerância diante da corrupção.

Inábil, em geral, é quem não aceita passivamente a lógica de que aliados devem ocupar cargos públicos para roubar e fazer caixa.

Dilma, portanto, era inábil.

Uma prova disso ocorreu quando decidiu demitir, em 2012, no segundo ano de seu primeiro mandato, Jorge Zelada, que havia sido indicado para o cargo pelo PMDB.

Hoje preso em Curitiba, Zelada foi responsável por um contrato que rendeu uma propina de US$ 40 milhões para o PMDB, numa reunião presidida por Michel Temer, segundo delatou Marcio Faria, número dois da Odebrecht.

No mesmo período em que demitiu Zelada, Dilma também afastou outros dois diretores da Petrobras, Paulo Roberto Costa e Renato Duque, que estão entre os principais alvos da Lava-Jato.
O primeiro saiu da prisão após fechar sua delação premiada e o segundo continua preso em Curitiba.

Mais do que simplesmente demitir Zelada, Dilma também determinou que o contrato da propina de US$ 40 milhões do PMDB fosse cortado em 43%.

Naquele momento, ela começou a ser acusada pelo PMDB, de forma mais estridente, de ser inábil politicamente.

O resultado é o que está aí: a presidente honesta foi afastada num impeachment sem crime de responsabilidade conduzido por uma constelação de políticos corruptos e o Brasil hoje é governado por pessoas com grande habilidade política.

Todos, porém, alvo de pedidos de inquérito por corrupção no Supremo Tribunal Federal.


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