247 - Miguel Díaz-Canel, presidente de Cuba, abriu seu discurso na 73ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, nesta quarta-feira (26), lembrando os discursos históricos que Fidel Castro, Ernesto Guevara e Raúl Castro fizeram na mesma tribuna, e condenou a concentração de riqueza no mundo. Díaz-Canel citou o 0,7% da população que se apropria de 46% de toda a riqueza, enquanto que os 70% mais pobres acessam apenas 2,7% do total, falou dos 3.460 milhões que sobrevivem na pobreza, dos 821 milhões que passam fome, dos 758 milhões de analfabetos e aproveitou para rebater o presidente norte-americano Donald Trump, que em seu discurso na terça-feira (25) criticou o socialismo e o comunismo.
"Essas realidades, Senhora Presidente, não são fruto do socialismo, como o Presidente dos Estados Unidos afirmou ontem nesta sala. Eles são uma consequência do capitalismo, especialmente o imperialismo e o neoliberalismo; do egoísmo e da exclusão que acompanha este sistema, e de um paradigma econômico, político, social e cultural que privilegia a acumulação de riqueza em poucas mãos à custa da exploração e da miséria das grandes maiorias", afirmou.
Díaz-Canel aproveitou para reiterar o apoio à Revolução Bolivariana e Chávez, rejeitando as tentativas de intervenção e as sanções contra a Venezuela, rejeitou as tentativas de desestabilizar o governo nicaraguense, se solidarizou com as nações do Caribe que exigem reparação pelas conseqüências da escravidão e denunciou a prisão política de Lula. "Denunciamos o encarceramento com fins políticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a decisão de impedir o povo de votar e eleger à presidência o líder mais popular do Brasil", afirmou o sucessor de Raúl Castro.
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