Lula indica Haddad para liderar resistência ao fascismo
Bolsonaro NÃO foi eleito com a MAIORIA dos votos: nulos, brancos e abstenções somaram 42 milhões. Aliados aos 47 milhões de votos de Fernando Haddad, são 89 milhões que não escolheram Bolsonaro; só 57 milhões votaram nele. E, a pedido de Lula, Haddad irá liderar a resistência ao regime militarista e truculento que vem por aí.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, o eleitorado brasileiro apto a votar soma 147.302.357 pessoas. As informações são oriundas do Cadastro Eleitoral, banco de dados oficial sobre o eleitorado brasileiro, e referem-se às estatísticas auditadas até o final de julho após o fechamento do cadastro, no dia 9 de maio.
Já o índice de votos inválidos no segundo turno desta eleição foi o maior registrado desde 1989. Mais de 20% não compareceram para votar. Ao todo, mais de 42 milhões de eleitores não escolheram nenhum dos candidatos. O índice de votos brancos e nulos no segundo turno da eleição presidencial deste ano, realizado neste domingo (28/10), foi de 9,6%, o maior já registrado desde o fim da ditadura militar.
Esses 42 milhões de eleitores que não escolheram ninguém se compõem da seguinte forma:
BRANCOS – Os votos em branco somaram quase 2,5 milhões, ou 2,14% dos votos totais. A cifra é levemente superior ao 1,7% registrado no segundo turno da última eleição para presidente, em 2014, mas semelhante à de anos anteriores.
NULOS – Já os votos nulos chegaram a 7,43%, o maior percentual desde 1989, somando 8,6 milhões. O aumento foi de 60% em comparação com o segundo turno do pleito de 2014, quando 4,6% dos votos foram anulados.
ABSTENÇÃO – Além disso, 31,4 milhões de eleitores não compareceram às urnas, o que representa 21,3% do total do eleitorado, índice similar ao registrado no segundo turno de quatro anos atrás.
A soma dos votos nulos e brancos com as abstenções foi de cerca de 42,4 milhões. Esse contingente gigantesco e recordista de brasileiros que não quiseram dar seus votos a ninguém não tem porque apoiar Bolsonaro e será bastante crítico a seu governo e irá se somar aos 47 milhões que votaram em Fernando Haddad.
E é sobre o papel de Haddad nos próximos anos que é preciso falar. Ungido por Lula, quem enfrentará todo peso da vingança fascista, Haddad sai da eleição como a grande alternativa de poder no Brasil.
Em seu primeiro recado ao PT depois das eleições, Lula pediu ao partido para ter calma, esperar a poeira baixar e não se precipitar na avaliação do cenário pós-eleição. Ele também reafirmou a posição de liderança no partido que o presidenciável da sigla, Fernando Haddad, conquistou depois do segundo turno.
Haddad obteve 47.040.906 votos. É uma votação formidável e pode facilmente se transformar em maioria. Nos próximos anos, ele surfará no profundo descrédito e impopularidade em que Bolsonaro irá começar a mergulhar poucos meses após a posse.
Só para se ter uma ideia do que vem por aí, Bolsonaro começará aprovando um profundo arrocho nas aposentadorias, conforme já foi ventilado por sua futura equipe de governo.
Segundo pesquisa Datafolha, nada mais, nada menos do que 71% dos brasileiros são contrários à reforma da Previdência que Bolsonaro fará sem que seu eleitorado estupidificado soubesse disso quando votou nele.
Além disso, imensa parcela do eleitorado bolsonarista é composta por pessoas pobres que não fazem ideia dos planos dele de vender os pescoços dos mais pobres aos tubarões do mercado financeiro e da classe empresarial.
Assim, o processo de empobrecimento dos brasileiros vai continuar cada vez mais forte e, em poucos meses, achar um eleitor que admita ter votado no candidato fascista vai se tornar uma missão literalmente impossível. Os eleitores do extremista estelionatário vão tomar chá de sumiço. Da boca para fora…
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