segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Bolsonaro volta a defender filmagem de professores: “Tem que se orgulhar”

05 DE NOVEMBRO DE 2018, 22H33

Bolsonaro volta a defender filmagem de professores: “Tem que se orgulhar”

Militar também criticou o Enem: “Não tenho implicância com LGBT, mas uma questão de prova que entra na linguagem secreta de gays e travestis não mede conhecimento nenhum”
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Em entrevista à Band, Jair Bolsonaro voltou a defender que professores sejam filmados por alunos em sala de aula. Ele disse a José Luiz Datena: “Professor tem que se orgulhar e não ficar preocupado. Mau professor é o que se preocupa com isso aí”, de acordo com informações do Jornal do Brasil.
O assunto ganhou notoriedade depois que Ana Caroline Campagnolo, deputada estadual eleita por Santa Catarina e do mesmo partido do militar, solicitou em suas redes sociais que estudantes catarinenses vigiem seus professores e denunciem “manifestações político-partidárias ou ideológicas”, com a clara intenção de iniciar uma perseguição sem precedentes aos professores.
A Justiça, inclusive, ordenou que a deputada retirasse das redes sociais as publicações, afirmando que a atitude “feria diretamente o direito dos alunos de usufruírem a liberdade de expressão da atividade intelectual que deve ser exercida em sala de aula, independentemente de censura ou licença”.
Bolsonaro também criticou questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que teve início neste domingo (4): “É um vexame ver o que cai na prova do Enem. Não tenho implicância com LGBT, mas uma questão de prova que entra na linguagem secreta de gays e travestis não mede conhecimento nenhum. Temos que fazer com que o Enem cobre conhecimentos úteis para a sociedade”.
E arrematou: “Ninguém quer acabar com o Enem, mas tem que cobrar ali o que realmente tem a ver com a história e cultura do Brasil, não com uma questão específica LGBT. Parece que há uma supervalorização de quem nasceu assim”.

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