Moro repete promotor da Mãos Limpas, que na Itália fundou seu próprio partido
Isso impacta em duas dimensões.
Num primeiro aspecto vai ser fortalecer toda a crítica do lawfare, da perseguição política, porque ele está indo na mesma linha que Antonio di Pietro fez na Itália quando começou a Mani Pulite, a Mãos Limpas, na primeira parte, que foi a Trajanópolis, ele foi muito criticado porque estaria perseguindo gente com ambições políticas.
Ele sempre negou, mas anos mais tarde entrou para a política [Nota do Viomundo: Fundando o partido Italia dei Valori, em 1998].
De certa maneira, quando um personagem como esse, que teve postura proativa como esse, que foi tão criticado por decisões equivocadas que tomou, pela postura inadequada enquanto juiz, frente aos processos, agora ele vai favorecer e fazer jus a toda crítica que foi feita até aqui.
Essa é uma dimensão. Com relação à Lava Jato, tem outra perspectiva.
Não vai haver enfraquecimento porque vai ter outro juiz, que possivelmente siga no mesmo perfil.
A Lava Jato já está entrando na fase final.
Temos processos tramitando e terminando, a operação em si terminou.
E ele vai ter um papel importante no Ministério da Justiça na aprovação de projetos como foram as 10 medidas que foram barradas por uma série de inconstitucionalidades.
É claro que como ministro da Justiça ele vai ter essa possibilidade de desengavetar essas medidas mais punitivistas, de endurecimento, e de fortalecer a posição da equipe da PF e do MPF.
Todas as suspeições alegadas até então se confirmam.
É criminalista e professor da PUCRS
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