terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

QUEM MANDOU MATAR? Acusados de assassinar Marielle e Anderson vão a júri popular QUEM?

 QUEM MANDOU MATAR?

Acusados de assassinar Marielle e Anderson vão a júri popular

Justiça do Rio de Janeiro negou recurso da defesa de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz

Tomaz Silva/EBC
Marielle e o motorista Anderson foram assassinados na noite de 14 de março de 2018. A polícia ainda não descobriu que foi o mandante

São Paulo – Acusados de assassinar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, Ronnie Lessa e Élcio de Queroz vão a júri popular. Os desembargadores da 1ª Câmara Criminal negaram hoje (9), por unanimidade, recurso dos seus advogados. Lessa e Queiroz são acusados de duplo homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, emboscada e sem dar chance de defesa às vítimas. Ambos estão presos no presídio federal de Porto Velho.

Marielle e Anderson foram assassinados a tiros na noite de 14 de março de 2018, na rua Joaquim Palhares, no bairro do Estácio, região central do Rio. Hoje completa-se 1.063 dias do assassinato. Em todo esse tempo, a polícia ainda não respondeu quem são os mandantes.

O advogado de Lessa, Bruno Castro, entrou com recurso na tentativa de impedir o julgamento pelo Tribunal do Júri. Ele argumentou que uma testemunha teria dito que o atirador que disparou contra o carro onde estava Marielle era negro.

Provas

“Eu desafio a acusação trazer qualquer fato concreto que possa colocar o Ronnie Lessa na cena do crime. É muito simples o Ministério Público argumentar que ele teria deixado esse celular na Barra da Tijuca, sem provas. Temos a comprovação com prova técnica que ele estava na Barra da Tijuca”, disse o advogado.

Por sua vez, as advogadas que representam as famílias de Marielle e Anderson, que foram assistentes de acusação, frisaram que as provas obtidas pelo Grupo de Apoio Especializado e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público e pela Delegacia de Homicídios da Capital são suficientes para levar Lessa e Élcio a júri popular.

“Provas periciais não deixam dúvidas sobre indícios de autoria”, disse ao G1 a advogada Luciana Pivato, que representa Mônica Benício, viúva de Marielle.

Ronnie Lessa é acusado de ter feito os disparos, do banco de trás do Cobalt que teria sido dirigido por Élcio de Queiroz na perseguição às vítimas.

Redação: Cida de Oliveira

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