QUEM MANDOU MATAR?
Acusados de assassinar Marielle e Anderson vão a júri popular
Justiça do Rio de Janeiro negou recurso da defesa de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz
Publicado 09/02/2021 - 17h52
São Paulo – Acusados de assassinar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, Ronnie Lessa e Élcio de Queroz vão a júri popular. Os desembargadores da 1ª Câmara Criminal negaram hoje (9), por unanimidade, recurso dos seus advogados. Lessa e Queiroz são acusados de duplo homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, emboscada e sem dar chance de defesa às vítimas. Ambos estão presos no presídio federal de Porto Velho.
Marielle e Anderson foram assassinados a tiros na noite de 14 de março de 2018, na rua Joaquim Palhares, no bairro do Estácio, região central do Rio. Hoje completa-se 1.063 dias do assassinato. Em todo esse tempo, a polícia ainda não respondeu quem são os mandantes.
O advogado de Lessa, Bruno Castro, entrou com recurso na tentativa de impedir o julgamento pelo Tribunal do Júri. Ele argumentou que uma testemunha teria dito que o atirador que disparou contra o carro onde estava Marielle era negro.
Provas
“Eu desafio a acusação trazer qualquer fato concreto que possa colocar o Ronnie Lessa na cena do crime. É muito simples o Ministério Público argumentar que ele teria deixado esse celular na Barra da Tijuca, sem provas. Temos a comprovação com prova técnica que ele estava na Barra da Tijuca”, disse o advogado.
Por sua vez, as advogadas que representam as famílias de Marielle e Anderson, que foram assistentes de acusação, frisaram que as provas obtidas pelo Grupo de Apoio Especializado e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público e pela Delegacia de Homicídios da Capital são suficientes para levar Lessa e Élcio a júri popular.
“Provas periciais não deixam dúvidas sobre indícios de autoria”, disse ao G1 a advogada Luciana Pivato, que representa Mônica Benício, viúva de Marielle.
Ronnie Lessa é acusado de ter feito os disparos, do banco de trás do Cobalt que teria sido dirigido por Élcio de Queiroz na perseguição às vítimas.
Redação: Cida de Oliveira
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