sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Na Assembleia Geral da ONU, Cuba rechaça golpe no Brasil e expressa solidariedade a Dilma


Na Assembleia Geral da ONU, Cuba rechaça golpe no Brasil e expressa solidariedade a Dilma


Durante discurso, chanceler também manifestou apoio ao presidente venezuelano Maduro e voltou a pedir fim de bloqueio comercial dos EUA à ilha
Durante discurso na Assembleia Geral da ONU na quinta-feira (22/09), o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, expressou solidariedade à ex-presidente Dilma Rousseff e voltou a pedir o fim do bloqueio comercial dos EUA sobre a ilha.
“Expressamos nosso enérgico rechaço ao golpe de Estado parlamentar-judicial perpetrado no Brasil contra a presidente Dilma Rousseff e nossa solidariedade com ela, o povo brasileiro, com o Partido dos Trabalhadores e o ex-presidente Luiz Inacio Lula da Silva”, afirmou o chanceler diante da ONU.
Além de Dilma, Rodríguez também expressou o respaldo de Havana ao governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que pode enfrentar um referendo com potencial de revogar seu mandato. “Continuaremos respaldando o governo e povo venezuelanos, a união cívico-militar e o presidente constitucional Nicolás Maduro, em defesa de sua soberania e autodeterminação”, disse o ministro cubano.
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Durante seu discurso, Rodríguez voltou a pedir o fim do bloqueio comercial dos EUA a Cuba — reivindicação de Havana desde que houve a retomada de relações com Washington, em 2014. “Se registraram alguns avanços em nossos vínculos bilaterais, principalmente nos assuntos diplomáticos, o diálogo e a cooperação em temas de interesse comum (...). Entretanto, a realidade é que o bloqueio permanece em vigor”, afirmou o chanceler.
Segundo ele, o bloqueio “ainda causa graves danos e privações ao povo cubano”. Porém, reiterando a necessidade de prosseguir com o diálogo “respeitoso” com a Casa Branca, o representante cubano na Assembleia Geral disse que seu país “sabe que resta um longo caminho para avançar até a normalização” total de relações.
“Para que isso possa algum dia ser possível, será imprescindível que antes se levante o bloqueio comercial. Também deverá ser devolvido o território ilegalmente ocupado pela Base Naval dos EUA em Guantánamo, contra a vontade de Cuba”, disse Rodríguez.

Além de Cuba, Bolívia, Gana, México, Uruguai, Costa Rica, Guiana, Brasil, Micronesia e Nauru defenderam o fim do bloqueio em seus discursos na ONU na última semana.
Entre outros assuntos abordados pelo ministro, como mudanças climáticas, ele falou da reforma do Conselho de Segurança, medida sugerida por diversas nações que discursaram na Assembleia Geral. “A reforma do Conselho de Segurança, tanto em sua composição, como em seus métodos de trabalho, é uma tarefa que não pode continuar sendo adiada”, afirmou.

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