sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Síria: ataques aéreos a Aleppo deixam quase dois milhões de pessoas sem água corrente

Síria: ataques aéreos a Aleppo deixam quase dois milhões de pessoas sem água corrente


Unicef alerta para surtos de doenças devido a consumo de água contaminada; bombardeios recentes deixaram pelo menos 32 pessoas mortas
Bombardeios aéreos na cidade de Aleppo, na Síria, deixaram pelo menos 32 pessoas mortas e mais de 1,75 milhões sem água correntes, informou a ONU neste sábado (24/09).
Ataques na sexta-feira (23/09) na parte leste da cidade impediram que fossem feitos reparos à já danificada estação de abastecimento de Bab al-Nayrab, que fornece água potável para cerca de 250 mil pessoas, disse o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).

Agência Efe

Bombardeios a Aleppo atingiram estações de abastecimento de água
Em retaliação, a estação de abastecimento da região oeste da cidade, Suleiman al Halabi, que fornece água para 1,5 milhões de pessoas, foi desativada.
Desde a metade de julho, forças do governo do presidente Bashar al-Assad cercam uma parte do leste de Aleppo, cuja região central está dominada pelas forças de oposição, e ocupam a região oeste. Segundo oficiais da oposição, os bombardeios de sexta e sábado — que atingiram o leste de Aleppo — foram realizados, na maioria, por aviões da Rússia, que apoiam Bashar al-Assad.

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“Quase 2 milhões de pessoas em Aleppo estão novamente sem água corrente. Depravar crianças de água as coloca em risco de surtos de doenças e contribui para o sofrimento, medo e o horror com o qual convivem as crianças de Aleppo todos os dias”, disse ao jornal britânico The Guardiana representante do Unicef na Síria, Hanaa Singer.
“Na parte leste de Aleppo, a população terá de recorrer à altamente contaminada água de poços. É crítico para a sobrevivência das crianças que todas as partes do conflito parem os ataques à infraestrutura hídrica, permitam o conserto da estação de Bab al-Nayrab e ativem novamente a estação de Suleiman al-Halabi”, afirmou ela.
Os ataques ocorrem após um acordo de cessar-fogo de sete dias organizado pelos EUA — que apoiam a oposição — e a Rússia ter sido rompido na segunda-feira (19/09). A intenção do acordo era facilitar o envio de auxílio para regiões atingidas pelo conflito sírio e realizar um ataque conjunto ao Estado Islâmico, que avança no nordeste do país.
O cessar-fogo foi rompido após a coalizão liderada pelos EUA ter matado mais de 60 soldados sírios em um ataque aéreo. Logo em seguida, na segunda, um comboio de auxílio foi atacado, matando pelo menos 20 pessoas — Síria e Rússia negaram envolvimento.
“Aleppo está morrendo lentamente e o mundo está assistindo, e a água está sendo cortada e bombardeada. Este é o mais recente ato de inumanidade”, disse o vice-diretor da Unicef, Justin Forsyth, à BBC.

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