quarta-feira, 9 de novembro de 2016

História de luta da Ocupa FaE

08/11/2016 15:15 - Copyleft

História de luta da Ocupa FaE

A ocupação visa garantir nossos direitos constitucionais, portanto, não temos motivos para ter medo.


#OCUPAFaE pela democracia
reprodução
A cerca de duas semanas atrás, alunos de diferentes licenciaturas juntamente com alunos da pedagogia promoveram na Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais o “Ocupa FaE”, uma ocupação com caráter político e cultural que visava promover debates e reflexões a respeito da PEC 241, MP 746, uma vez que estas são medidas que afetam drasticamente nossas carreiras. 
 
Lutamos contra a MP do ensino médio que não garante o ensino de Filosofia, Sociologia, Educação Física e Artes nas escolas, disciplinas estas que são fundamentais para a formação de pensamento crítico em nossos alunos, pretende também aumentar a carga horária de aulas sem garantir o devido financiamento destas. Além disso, permiti que as disciplinas sejam ministradas por profissionais de “notório saber,  promovendo assim um profundo ataque à carreira docente. Enquanto a PEC 241, ou PEC do fim do mundo, propõe o congelamento dos investimentos em educação, saúde e Serviço Social pelos próximos 20 anos. Isso significa que, mesmo que cresçam o número de estudantes ou o orçamento da união, não crescerá o investimento em nenhuma dessas áreas, dessa forma a PEC feri a constituição de 1988,já que, não haverá mais garantia dos nossos direitos básicos.               
 
A FaE – UFMG já possui um extenso quadro de luta contra os ataques promovidos pelo governo. No ano de 2015 alunos da instituição promoveram palestras, debates e mobilizaram o prédio contra a redução da maior idade penal. Semestre passado após a aprovação do impeachment da Presidenta Dilma Roussef na câmera, os alunos novamente se mobilizaram e promoveram o “Mobiliza FaE”, em protesto ao golpe inferido no Brasil, contamos com o apoio dos professores, que incentivaram os alunos a participarem das palestras e momentos de discussões. Posteriormente estudantes e docentes juntos compuseram o movimento de “FaE pela democracia”, que trouxe para a Universidade fortes debates quanto as conseqüências do golpe e as conseqüências da Escola sem Partido, caso esta fosse aprovada. 
 
Visto que nossos estudantes não fogem a luta, foi deliberada nas assembléias estudantis a ocupação com paralisação total das atividades da Faculdade de Educação, que ocorreu no dia 21 de Outubro de 2016 após a assembléia geral de estudantes no CAD I (prédio já ocupado). Ocupamos com a finalidade de promover amplas discussões abertas sobre as conseqüências das reformas propostas pelo ilegítimo governo Temer. Atualmente contamos com o apoio de grande parte das/os docentes e técnicos/as administrativos da Faculdade, e alunas/os da pós-graduação, que se integraram a ocupação, optando por também paralisar suas atividades.  Estamos em diálogo e parceria com as demais ocupações. Auxiliamos umas as outras quando necessário, há troca de alimentos, suporte pessoal e material. As ocupações vêm trabalhando de forma integrada para fortalecer a luta, e amparar as ocupações mais recentes. Cada novo prédio é uma nova vitória ao movimento estudantil, vamos rumo a #OCUPAtudoUFMG. 





 
Queremos fortalecer e intervir de forma ativa na vida política da nossa faculdade e país. Gostaríamos de acentuar que estamos seguros da nossa luta, a manifestação é direito e dever do cidadão, e a nossa foi construída de forma democrática.  Zelamos pelo bem da nossa faculdade, cuidando do espaço físico, promovemos debates, aulões e atividades culturais. A ocupação visa garantir nossos direitos constitucionais, portanto, não temos motivos para ter medo. Vamos lutar sem TEMER sempre.  
                                                                           
#OCUPAFaE pela democracia.


Créditos da foto: reprodução

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