quinta-feira, 6 de abril de 2017

VENEZUELA ACUSA PRESIDENTE DA OEA DE INTERVENÇÃO E VIOLAÇÃO DE NORMAS

Venezuela acusa presidente da OEA de intervenção e violação de normas


A ministra das Relações Exteriores da Venezuela, Delcy Rodríguez, denunciou na sede da OEA (Organização dos Estados Americanos), as "graves ações intervencionistas" do secretário-geral do organismo, Luis Almagro, e de "uma facção minoritária de países da região" contra o governo venezuelano.

A chanceler, em nome do presidente venezuelano Nicolás Maduro, também acusou Almagro de violar normas da organização.

"Não me equivoco quando afirmo que o senhor Almagro é um mentiroso, desonesto, malfeitor e mercenário" que "dedicou sua gestão a agredir obsessivamente a Venezuela e seu povo", disse Delcy Rodriguez, ao lado do secretário-geral, durante uma reunião extraordinária do Conselho Permanente da OEA.

"Anunciamos que se persistirem estas agressões e perseguições contra a Venezuela tomaremos severas e definitivas ações", acrescentou.

"O Conselho Permanente busca abordar a situação da Venezuela sem contar com o consentimento do país. Foram violadas normas fundamentais da carta da Organização dos Estados Americanos", declarou a chanceler.
A sessão foi convocada a pedido do governo venezuelano e aconteceu na véspera de uma reunião programada no Conselho Permanente da OEA para "considerar a situação na Venezuela", após o pedido de 14 países-membros para que essa nação fixe um calendário eleitoral e liberte os políticos presos.

"Alertamos à comunidade internacional que não se deixe enganar sob a falsa máscara de que não se quer agredir a Venezuela, que só se quer discutir sobre a situação na Venezuela", alertou.

Delcy criticou ainda os 14 países que assinaram na semana passada um "vergonhoso comunicado de teor altamente intervencionista" sobre a Venezuela, e lamentou que, junto a outras quatro nações, a reunião tenha sido convocada "sem contar com o consentimento do país concernido".

Os países são Estados Unidos, Brasil, Argentina, Canadá, México, Paraguai, Peru, Colômbia, Chile, Uruguai, Barbados, Bahamas, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Jamaica, Panamá e Santa Lúcia.

"Almagro não atua sozinho nem por si próprio. É o condutor das ordens que lhe ditam desde esta Washington, somado à convivência de uma facção minoritária de países membros da OEA”, afirmou Rodríguez.

Seu discurso aconteceu, além disso, horas depois de o presidente do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela, Maikel Moreno, pedir ao governo que solicite a remoção de Almagro da Secretaria-Geral da OEA, acusando-o de pretender "perpetrar agressões contra o povo" e a Constituição do país.


Fonte: Opera Mundi

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