MST ocupa terras de Henrique Eduardo Alves e Eike
Batista
O Movimento Sem Terra (MST)
invadiu, nesta quarta-feira (26), uma área no Rio Grande do Norte ligada ao
ex-ministro Henrique Eduardo Alves, e um complexo de fazendas com 700 hectares
em Minas Gerais, de propriedade do empresário Eike Batista.
O ato faz parte da Jornada
Nacional de Luta pela Reforma Agrária, com o lema “Corruptos, devolvam nossas
terras”.
Henrique Eduardo Alves está
preso, acusado de receber pelo menos R$ 11,5 milhões em propinas para favorecer
empreiteiras na obra do estádio Arena das Dunas, em Natal (RN), que recebeu
jogos da Copa 2014.
Eike Batista está em prisão
domiciliar, acusado de pagar US$ 16,5 milhões em propina ao ex-governador
Sérgio Cabral (PMDB-RJ) para conseguir vantagens para seus negócios no Rio.
Desde a última terça-feira
(25), o MST se mobiliza ocupando as terras ligadas a Michel Temer (em São
Paulo), Blairo Maggi (no Mato Grosso), Ricardo Teixeira (no Rio de Janeiro),
Ciro Nogueira (no Piauí).
“Essas terras obtidas ou
envolvidas nos esquemas de corrupção precisam ser confiscadas e destinadas a
famílias Sem Terra, para que elas tenham trabalho e produzam alimentos para o
campo e para a cidade”, declara Gilmar Mauro, da direção do MST.
Outros dois latifúndios foram
ocupados também nos estados do Mato Grosso do Sul e Paraná.
Além das ocupações de terras,
o MST ocupou nesta quarta-feira (26) o Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária (Incra), no Maranhão e em Pernambuco. O órgão havia sido
ocupado ontem também em Sergipe e na Bahia. Ainda no Maranhão, o Movimento
realizou na terça-feira uma manifestação bloqueando a entrada da Base Militar
de Alcântara, contra sua entrega para os Estados Unidos.
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