RECUPERAÇÃO E REFUNDAÇÃO
Após visita a Lula, Haddad fala sobre plano de governo do petista
Com um plano orientado a partir de cinco eixos, PT afirma, por meio do ex-prefeito e coordenador de campanha, que a ideia é "recuperar a economia e restaurar a soberania nacional"
por Redação RBA publicado 20/07/2018 20h39
REPRODUÇÃO/FACEBOOK
Haddad: 'Vamos recuperar a capacidade de investimento do Estado. Temos uma estratégia de reforma tributária'
São Paulo – O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad visitou na tarde desta sexta-feira (20) o ex-presidente, preso na sede da Polícia Federal de Curitiba desde 7 de abril. Na visita, foram discutidos detalhes do programa de governo de Lula, do qual Haddad é coordenador. "Na semana que vem vamos divulgar o detalhamento falando das medidas que serão tomadas", disse Haddad.
Ele destacou que as medidas caminham no sentido de "recuperar a economia e, sobretudo, restaurar a soberania nacional e popular. Medidas de incremento da democracia e reformas estruturais nos aparelhos de Estado", disse. Entre eles, "um tratamento do sistema bancário" para baratear o crédito. "Uma série de medidas que tomaremos na primeira semana de governo."
Hoje, a coordenação de campanha de Lula divulgou em seu site cinco pontos que devem nortear o programa de governo: promover a soberania nacional e popular na refundação democrática do Brasil; iniciar uma nova era de afirmação de direitos; liderar um novo pacto federativo para a promoção de direitos sociais; promover um novo modelo de desenvolvimento; e iniciar a transição ecológica para a nova sociedade do século 21.
Para o ex-prefeito, Lula "está convencido de que o plano vai tirar o país desse grave atoleiro. Medidas que serão tomadas desde o primeiro dia, com responsabilidade, atenção às contas públicas, sem deixar de lado os interesses da população de ter emprego e qualidade de vida", disse. Para isso, Haddad afirma que a ideia é "recuperar a capacidade de investimento do Estado", por meio de estratégias como a reforma tributária, com a migração para um modelo progressivo de taxação.
"Também vamos debater a composição de órgãos como o Conselho Nacional de Justiça para termos mais participação da sociedade. Utilização de plebiscitos e referendos com o objetivo de validar decisões importantes. Provavelmente, termos mandatos para tribunais superiores. Mantendo a indicação, mas com mandatos. Ainda estamos discutindo a validade; provavelmente vamos sinalizar nesta direção para oxigenar os tribunais. Sempre com o objetivo de reforçar a democracia", completou Haddad.
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