terça-feira, 23 de outubro de 2018

Haddad e o governo de união nacional

Haddad e o governo de união nacional

Stuckert
O país foi levado à beira do abismo por setores das elites dominantes, que só pensam nos seus estreitos interesses. Para eles, que se dane o país, contanto que não volte a existir um governo em que estão contemplados os interesses de toda a população.
Com resultado dessa politica aventureira, o Brasil está correndo o grave risco de ser governado por um capitão expulso vergonhosamente das FFAA brasileiras, que tem saudade da ditadura militar, que faz a apologia da tortura, que prega soluções violentas que matem a 30 mil pessoas, entre elas FHC, que declarou que não aceita outro resultado que não seja sua vitória, que promove o ódio às mulheres, aos negros, aos LGBT, aos quilombolas, que ameaça os opositores com a prisão ou o exílio, que ameaça diretamente a órgãos da mídia.
Esse perigo promove o pânico entre setores de todas as ideologias em todos os cantos do mundo, apavorados que alguém com essas posições, absolutamente descontrolado, que não aceita debate público, que ameaça instalar uma tirania no Brasil, possa ser eleito presidente do país no próximo domingo.
Bolzonazi pode ter cometido um grave erro: ao invés de apaziguar sobre suas verdadeiras intenções, escancarou-as. Coloca em risco a setores cada vez mais amplos da sociedade com suas fanfarronices. Pode ser que se sinta seguro de ganhar de qualquer maneira, mas coloca em risco o país.
O que está em jogo não é apenas a democracia, mas a própria segurança física das pessoas. A polícia terá sinal verde para resolver na bala qualquer circunstancia, alegando armamento de alguém, como aconteceu com pessoas até com guarda-chuva.
Haddad tem que oferecer ao país paz, garantia dos direitos de todos, escola, trabalho, convivência de todos na diferença, Estado de direito, liberdade de expressão e de organização. Votar nele é dar uma nova chance ao Brasil, votar no seu opositor é fechar todas as possibilidades da paz voltar a reinar no pais, é decretar a guerra de todos contra todos, é impor a lei da bala, em que quem está mais armado triunfa sobre os outros, em que a polícia não defende o cidadão, mas atira para matar diante da simples suspeita.
Haddad tem que aparecer para os brasileiros como o pacificador, quem representa para o mundo o Brasil pacífico, diverso, que acolhe todas suas diversidades. Que respeita o direito de todos, que se projetou no mundo como o campeão na luta contra a fome e a miséria.
Não ha alternativas: ou é a guerra de todos contra todos, a disputa selvagem entre todos, com o Estado protegendo as elites milionárias, ou é a construção de um pais para todos. O Brasil está às portas de uma decisão que compromete o futuro do pais por muito tempo. A pesada herança do governo Temer já tinha desfeito quase tudo o que pais tinha construído de bom. Como poderemos suportar a continuidade do neoliberalismo, agora acompanhado de uma brutal política discriminatória e repressiva?
Haddad é a alternativa de um Brasil democrático, de paz e de solidariedade.

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