João Paulo Rillo: Não nos calaremos; queremos nossas Marielles vivas!
por João Paulo Rillo*
Ainda não havia se encerrado a apuração do primeiro turno quando os fascistas, abduzidos pelo ódio e a sede de vitória a qualquer custo, começaram a tocar o terror.
A ordem é intimidar a ação política daqueles que combatem a escalada de violência e defendem o voto em Haddad como meio para preservar o sopro de democracia que ainda se respira neste país.
Existe uma estratégia e uma tática subterrânea, cibernética, que manipulam e colocam em ação um exército de delinquentes, de serviçais voluntários e violentos, tentando intimidar lideranças e formadores de pensamentos.
Apostam no medo mudo da maioria oprimida e solitária.
Está provado que a manipulação da turba insana é feita por centenas de milhares de disparos pelo WhatsApp, financiada criminosamente por grandes empresários, com tecnologia internacional muito sofisticada, capaz de arrastar o processo eleitoral para um terreno desigual e violento.
Essa massa de violentos aquecidos cria um ambiente onde tudo é permitido para liquidar o inimigo.
A situação saiu do controle das autoridades constituídas, que, quando não são cúmplices, escondem-se em uma pálida posição de indiferença e omissão.
Nós do PSOL não entraremos nesse jogo, não alimentaremos com revides essa prática estúpida e violenta. Mas também não nos intimidaremos.
Nossas lideranças estão sofrendo ameaças cotidianas para que não se movimentem nesse segundo turno.
Uma professora da Fundação Casa registrou boletim de ocorrência contra um servidor que disse para ela “quem não vota no Bolsonaro vou matar”.
Uma liderança do PSOL do interior do estado foi ameaçada por um motoqueiro encapuzado, ordenando que ela ficasse quietinha no segundo turno.
Uma travesti foi covarde e cruelmente assassinada enquanto seus algozes berravam “Bolsonaro”.
O assassinato ocorreu em frente ao prédio de uma das deputadas estaduais eleita pelo PSOL em São Paulo, Erica Malunguinho.
Os parlamentares e dirigentes do PSOL exigiram audiência com o Secretário de Segurança do Estado para que se tomem providências com urgência e o Estado garanta segurança às pessoas ameaçadas.
Nossa resistência pacífica, nossa voz, nossos mandatos, nossos movimentos sociais são nossas armas de paz contra os ataques belicosos, criminosos e ilegais de uma horda sanguinária e fora da lei que deseja destruir tudo o que é povo, livre e democrático.
Não nos calaremos! Queremos nossas Marielles vivas!
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