EUA ignoram decisão da Venezuela; China apoia Maduro
Secretário de Estado norte americano diz que não vai retirar os diplomatas da Venezuela; China se alinha a Rússia e líderes da América Latina em apoio a Nicolás Maduro
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, afirmou, em nota à imprensa, que não vai retirar os diplomatas da Venezuela, desrespeitando uma ordem emitida pelo presidente Nicolás Maduro nesta quarta-feira (23/01), em pronunciamento realizado na sacada do Palácio Miraflores, sede do governo venezuelano.
Pompeo se pronunciou horas depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou apoio à tentativa de golpe na Venezuela, com a autoproclamação do presidente da Assembleia Nacional e líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó.
A atitude do chefe de Estado norte-americano levou Maduro a tomar a decisão de anunciar o rompimento diplomático com os EUA e a dar uma ordem de retirada dos diplomatas norte-americanos da Venezuela em até 72 horas.
O secretário norte-americano afirmou que os EUA não reconhecem Maduro como presidente da Venezuela, o que retira a validade da ordem de retirada dos diplomatas. "Os Estados Unidos não reconhecem o regime de Maduro como o governo da Venezuela. Portanto, os Estados Unidos não consideram que o ex-presidente Nicolás Maduro tenha a autoridade legal para romper relações diplomáticas com os Estados Unidos ou declarar nossos diplomatas persona non grata", diz a nota.
China se une à Rússia e líderes da América Latina
A China, à exemplo da Rússia e de países da América Latina como Bolívia, México e Cuba, anunciou apoio ao governo do presidente eleito da Venezuela Nicolás Maduro.
A manifestação chinesa ocorreu nesta quinta-feira (24/01), em entrevista coletiva concedida pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying, em Pequim.
De acordo com a porta-voz, a China se opõe à interferência estrangeira nos assuntos venezuelanos, e defende que a situação seja resolvida pacificamente, por meio de negociações e de acordo com a Constituição. "A China espera que todas as partes na Venezuela resolvam suas diferenças políticas por meio do diálogo e da consulta, evitem conflitos violentos e restaurem a ordem normal de acordo com os interesses fundamentais do país e do povo", disse o porta-voz.
Hua Chunying afirmou ainda que as sanções e a interferência em assuntos internos são mecanismos que apenas "tendem a complicar a situação e não contribuem para a resolução de problemas práticos".
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