247 - A movimentação para transferir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da Superintendência da Polícia federal (PF) em Curitiba tomou novos contornos após a nova condenação feita pela juíza Gabriela Hardt. O superintendente da PF, Luciano Flores de Lima, criticou a permanência de Lula no local. Ele disse: "a polícia judiciária não foi feita para cuidar de preso. Presos têm que estar em penitenciárias ou casas de detenção provisória."
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que Lula está "condenado em duas ações penais da Operação Lava Jato, e [é] réu em outros seis processos", e acrescenta: "o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já acumula 25 anos em penas —e sua permanência na prisão preocupa a Polícia Federal."
A matéria informa que "agentes de outros estados têm sido destacados exclusivamente para fazer a custódia do ex-presidente, o que incomoda membros da instituição. O petista está em uma sala especial, separada da carceragem, que é monitorada 24 horas por dia."
Flores ainda declarou: "cada instituição tem sua atribuição. A atribuição da PF é investigar (...) se o Poder Judiciário decidir por [transferir Lula a] um lugar mais adequado, vai aliviar um pouco para os policiais que hoje estão dedicados à sua custódia."
A matéria ainda destaca que "se as penas forem mantidas nas segunda e terceira instâncias, o ex-presidente só teria direito de progredir para o regime semiaberto após quatro anos. Depois de passar ao semiaberto, ainda precisaria cumprir mais um sexto da pena restante para migrar ao regime aberto."
Segundo a reportagem, "por ora, a PF não estuda pedir novamente à Justiça sua transferência para outro local, segundo Flores. Esses pedidos já foram feitos no passado, logo após a prisão de Lula, e foram negados pela juíza Carolina Lebbos. Na época, a PF estimou que os gastos com a custódia do ex-presidente poderiam chegar a R$ 300 mil mensais."
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