Da fome, Limos e lodo!
“Limos”, na mitologia grega, era um daemon ou espírito (demônio)
que personificava a fome. Sua equivalente na mitologia romana é a deusa Fames. Como
outros terríveis daemones, Limos foi gerado por Éris (a discórdia) por si mesma.
E ele teve papel de carrasco em alguns castigos que os deuses infligiram aos
mortais condenados a padecer sobre uma fome terrível!
Fome terrível, a mesma a que foi condenado o povo
brasileiro sob o governo de um demente. Um governo que não reajusta o salário mínimo,
corta direitos dos trabalhadores, recusa-se a pagar um auxílio emergencial
minimamente digno e arrasa a agricultura familiar para facilitar o lucro da
grande agroindústria.
Elaborado em março, um estudo do Dieese revela que “o
governo federal insistiu em valores baixos e critérios de concessão restritivos
que tornariam o auxílio incapaz de garantir sequer a segurança alimentar dos
brasileiros e brasileiras”. Isso está no documento!
“Agora, na nova fase de concessão do auxílio, o governo
federal definiu que o valor será de R$ 250 e somente uma pessoa por família
poderá recebê-lo. Esta é uma condição bastante diferente da anterior, que
permitia dois benefícios por família.”
“O valor do Auxílio Emergencial na primeira fase do
programa foi estipulado em R$ 600 para, ao menos, garantir segurança alimentar
aos brasileiros e brasileiras. Em março do ano passado, a cesta básica nas maiores
capitais do País estava acima de R$ 500.”
“Agora, o valor base do benefício foi estabelecido em
R$ 250, enquanto a cesta básica nas maiores capitais brasileiras está acima dos
R$ 600 — como em São Paulo (R$ 639,47), Florianópolis (R$ 639,81), Porto Alegre
(R$ 632,67) e Rio de Janeiro (R$ 629,82), de acordo com a Pesquisa Nacional da
Cesta Básica de Alimentos, do Dieese, em fevereiro de 2021”, revela o estudo.
Como dissemos no início, é a maldição da fome, através
do demônio Limos. E como a palavra limo lembra lodo, é o lodo em que chafurda
esse insano e todo o seu séquito, incluindo 01, 02, 03, 04...
Mínimo sem aumento real. O projeto da
LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para 2022, encaminhado, na quinta-feira
(15), pelo Poder Executivo, prevê salário mínimo de R$ 1.147 para o ano que
vem. Atualmente, o valor é de R$ 1.100. O reajuste segue as regras
constitucionais de correção do valor pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao
Consumidor). Mais uma vez, o piso nacional apenas repõe a inflação, isto é, não
tem ganho real. No portal da Câmara dos Deputados
Além disso, o projeto permite a execução de mais
despesas orçamentárias no caso de atraso na sanção da lei orçamentária,
incluindo gastos com manutenção de rodovias.
O desespero de um desvairado! Até as lâmpadas do Palácio tremeram no acesso de raiva
do ex-capitão demente quando viu que foi derrotado e que o Congresso vai, sim,
abrir a CPI da Pandemia. Gritava pelos cantos dizendo que a CPI deveria
investigar governadores e prefeitos! Não sabe o desvairado que isso não cabe ao
Congresso Nacional. Esse deve julgar as questões nacionais, ou seja, ele. Quais
as ações de seu governo diante do avanço do Covid-19?
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Senado que
vai investigar os desmandos e omissões do governo federal na gestão da pandemia
deu mais um passo, na sexta-feira (16), em direção à instalação do colegiado na
próxima semana, apesar do feriado na quarta-feira (21).
Embora ainda não seja oficial, pois só com a
formalização isso se dará, o comando da CPI já está definido: a presidência dos
trabalhos vai ser ocupada pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), a relatoria vai caber
ao senador Renan Calheiros (MDB-AL), e a vice-presidência do órgão
investigativo vai ficar com o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), informou
nesta sexta-feira o próprio Randolfe, em entrevista à CNN.
Em franca minoria, são 7 contra 4, respectivamente, oposição
e governo, a composição do colegiado. Não havia e não há cenário positivo para
o tresloucado governante. E a escolha de Omar Aziz para conduzir os trabalhos
da CPI em nada alivia para o governo. Aziz não poderá nem tentar fazer média
com o Planalto, pois o senador é do estado do Amazonas, onde se deu o colapso
sanitário e de falta de oxigênio, em janeiro.
Composição da CPI - Titulares: 1) Eduardo Braga
(MDB-AM) - oposição; 2) Renan Calheiros (MDB-AL) - relator / oposição; 3) Ciro
Nogueira (PP-PI) - governista; 4) Omar Aziz (PSD-AM) - presidente; 5) Otto
Alencar (PSD-BA) - oposição; 6) Tasso Jereissati (PSDB-CE) - oposição; 7) Eduardo
Girão (Podemos- CE) - governista; 8) Marcos Rogério (DEM-RO) - governista; 9)
Jorginho Mello (PL-SC) - governista; 10) Humberto Costa (PT-PE) - oposição; e
11) Randolfe Rodrigues (Rede-AP) - vice-presidente / oposição.
Também na Europa! Os recordes de mortes pelo coronavírus e o colapso
iminente do sistema de saúde no país dominaram a agenda da audiência entre o
chefe da Missão do Brasil junto à UE, Marcos Galvão, a delegação do Parlamento
Europeu para relações com o Brasil e eurodeputados. O país registra mais de 361
mil mortes e cerca de 13,7 milhões de casos desde o início da pandemia.
Em entrevista para a RFI, a eurodeputada alemã pelo Partido
Verde/Aliança Livre Europeia, Anna Cavazzini, vice-presidente da Delegação do
Parlamento Europeu para Relações com o Brasil, afirmou “o que está acontecendo
no Brasil não é apenas uma tragédia, isso foi provocado por decisões
deliberadas do governo”.
“Os dirigentes brasileiros devem ser responsabilizados
pelos seus fracassos em responderem adequadamente à crise da covid-19”,
defendeu a eurodeputada. “Por muito tempo, o atual governo subestimou o vírus e
recusou adotar medidas apoiadas pela ciência, como o distanciamento social, o
uso da máscara e confinamento”, martelou. Segundo Cavazzini, “Nós devemos
respeitar os processos nacionais: o Senado brasileiro está prestes a lançar uma
investigação sobre a atuação do governo na pandemia”.
As críticas sobre a responsabilidade do governo do
insano pelo elevado número de mortos por covid-19 continuaram com intervenções
dos eurodeputados que também questionaram o emprego de verbas enviadas pela UE
ao Brasil. “Onde está sendo empregado todo o dinheiro que o governo brasileiro
recebeu da cooperação internacional?”, indagou a deputada espanhola Clara
Aguilera, da aliança Socialistas e Democratas do Parlamento Europeu.
Já o deputado espanhol Miguel Urbán Crespo, cofundador
do partido de esquerda Podemos, enfatizou que “por omissão, a necropolítica de
Bolsonaro significa um crime lesa-pátria contra o povo brasileiro”. Urbán
Crespo lembrou que o Brasil é agora o epicentro da pandemia e o ritmo de vacinação
é dez vezes inferior à capacidade do país.
Fernández responde ao mentecapto. O presidente da Argentina, Alberto Fernández, rebateu
na quinta-feira (15) uma publicação do insano brasileiro em relação às novas
medidas de restrição adotadas no país vizinho para conter o avanço da covid-19.
Na publicação, o presidente do Brasil disse que o
Exército argentino estaria nas ruas para “manter o povo em casa” e que haveria
um toque de recolher no país, sugerindo autoritarismo nas medidas do país
vizinho. Na postagem, o mandatário ainda apontou que a restrição seria entre
20h e 8h. No entanto, a informação está errada, já que o governo da Argentina
estabeleceu o horário entre 20h e 6h da manhã.
Em resposta à declaração de Bolsonaro, Fernández
ressaltou que a Constituição da República Argentina não prevê estado de sítio,
ou toque de recolher, em um contexto de crise sanitária.
O mandatário argentino esclareceu que não serão as
Forças Armadas a realizar o controle nas ruas durante a vigência da restrição,
que tem duração prevista até 30 de abril.
“Não declarei estado de sítio nem penso em fazê-lo. As
Forças Armadas tampouco existem para fazer segurança interior, mas para atuar
em catástrofes brindando apoio à população. Ele deveria ler a Constituição
argentina”, apontou Fernández em entrevista à Rádio 10.
Isso já sabíamos! Mas agora chegam documentos e provas irrefutáveis. Documentos
ultrassecretos são divulgados na semana em que ocorre o VIII Congresso do
Partido Comunista de Cuba, que marca a aposentadoria política de Raúl Castro.
No momento em que o ex-presidente Raúl Castro anunciava
sua aposentadoria da vida política em Cuba, o Arquivo de Segurança Nacional dos
EUA publicou documentos ultrassecretos desclassificados da Agência Central de
Inteligência (CIA, na sigla em inglês) confirmando a tentativa de assassinato
dos líderes cubanos e irmãos Fidel e Raúl Castro na década de 1960.
“No primeiro plano conhecido de assassinato da CIA
contra líderes da revolução cubana, altos funcionários da agência ofereceram ao
piloto de um avião que transportava Raúl Castro de Praga a Havana um pagamento
de US$ 10.000 (aproximadamente R$ 56 mil na cotação atual) […] [para] incorrer
em riscos de encenar um 'acidente' durante o vôo”, lê-se no documento divulgado
no site do Arquivo de Segurança Nacional.
Ainda segundo o texto, o piloto, José Raúl Martínez,
recrutado pela CIA como informante em Cuba, concordou em executar o macabro
plano.
Os documentos, que mostram as iniciativas dos
funcionários das agências de inteligência estadunidense, são seis no total, incluindo
memorandos e telegramas.
Entre esses, há um que conta outra tentativa, desta vez
para assassinar Fidel Castro, que começou a nascer semanas após o complô contra
Raul Castro. Em agosto de 1960, o diretor de operações secretas da CIA, Richard
Bissell, autorizou a missão para matar Fidel Castro e “aumentar as chances de
sucesso do programa contrarrevolucionário da CIA para derrubar seu regime”.
Para a operação, a CIA “desenvolveu uma pílula que
tinha os elementos de solubilidade rápida, alto conteúdo letal e pouca ou nenhuma
rastreabilidade”. Seis unidades foram produzidas e seriam dadas a Fidel misturadas
com bebida ou algum alimento, conta o documento. Todavia, a missão foi
cancelada após o episódio da Baía dos Porcos, uma tentativa frustrada de invadir
a costa cubana em abril de 1961 por exilados anticastristas que contou com o
apoio da CIA.
Argentina também corrige erro judicial! Enquanto,
no Brasil, o STF inocentava Lula, na Argentina um processo semelhante
aconteceu. A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, foi inocentada na
terça-feira no caso conhecido como “dólar futuro”. Segundo o jornal Pagina 12,
Por unanimidade, os três magistrados – Ana María Figueroa, Daniel Petrone e
Diego Barroetaveña -, da Câmara de Cassação, consideraram que o laudo pericial
realizado com quase cinco anos de atraso demonstrou que não houve dano ao Estado
e, portanto, nenhum julgamento é necessário contra Kirchner e outros ex-funcionários
de seu governo.
Cristina Kirchner e outros réus no caso foram acusados
de cometer suposta fraude, no final de seu mandato presidencial em 2015, nos
contratos de compra de dólares no futuro, instrumento jurídico de política monetária,
e que fez com que o Banco Central perdesse cerca de 55 bilhões de pesos (cerca
de R$ 3 bilhões na cotação atual).
O voto mais duro foi a da desembargadora Figueroa que
detalhou, passo a passo, como o desembargador Claudio Bonadio evitou que os
réus se defendessem, negou-lhes até cópia do processo, não fez a perícia elementar
para apurar se houve ou não dano ao Estadual, protegia funcionários do PRO e
tinha cobertura das instâncias superiores do Tribunal Comodoro Py. Figueroa
também descreveu a arbitrariedade de que o dólar-futuro era uma operação do
Banco Central, entidade autônoma, e ainda assim o processo servia para acusar,
sem qualquer responsabilidade no BCRA, a ex-presidente e o ex-ministro da Economia.
Segundo o Pagina 12, o objetivo todo era ter as fotos de ambos no banco dos
réus.
Direita vence no Equador. Sim,
para mim foi uma surpresa. O candidato da direita quase não chegou ao segundo
turno, entrou na Justiça Eleitoral pedindo recontagem dos votos, mas acaba
vencendo.
O direitista Guillermo Lasso, do Movimento CREO venceu,
no domingo (11), o candidato progressista Andrés Arauz, da coalizão União pela
Esperança (Unes) e foi eleito presidente do Equador. Ele assume o cargo em 24
de maio, substituindo o atual mandatário, Lenín Moreno, e fica no posto até
2025.
Analistas e cientistas políticos concordaram na
segunda-feira em afirmar que o triunfo do ex-banqueiro conservador Guillermo
Lasso nas eleições presidenciais no Equador mostra que os equatorianos optaram
por uma nova visão do país após 14 anos de hegemonia “correísta” nas urnas.
A cientista política Arianna Tanca afirmou à agência de
notícias Xinhua que a vitória de Lasso se deve à sua campanha em que “deu muito
mais ênfase a outras agendas que estão fora do debate entre correismo e
anticorreismo”.
Lasso, de 65 anos, perdeu a presidência em 2013 para
Correa por larga margem, e em 2017, por pouca diferença, para o atual
presidente Lenín Moreno, escolhido por Correa como seu sucessor para continuar
no caminho da Revolução Cidadã, projeto político de matiz socialista. Lenin,
porém, mudou o rumo do país, o que acabou levando a desgaste não só dele – que
nem conseguiu lançar um candidato – como o de Correa.
O novo presidente não gozará da maioria absoluta na
Assembleia Nacional, onde o “correísmo” tem maioria. Diante dessa fragmentação,
o cientista político Santiago Basabe disse em uma entrevista à Xinhua que Lasso
deve estar aberto a negociar com todos a fim de estabelecer acordos mínimos para
governar o país.
O pesquisador da Faculdade Latino-Americana de Ciências
Sociais acrescentou que Lasso deve aproveitar o gesto democrático de Arauz, que
reconheceu sua derrota e convidou o novo governo ao diálogo.
Segundo especialistas, Lasso enfrenta vários desafios
em um momento em que o país está mergulhado em uma crise múltipla: econômica,
política, social e de saúde devido à pandemia, com aumento do desemprego e da
pobreza.
Arauz deve seguir na luta política. O candidato
progressista à Presidência do Equador, Andrés Arauz, reconheceu na noite deste
domingo (11) a derrota no segundo turno das eleições no país para o direitista
Guillermo Lasso. Para ele, no entanto, o resultado – uma diferença de cinco
pontos percentuais – não é uma “derrota política ou moral”.
“Este é um revés eleitoral, mas de maneira alguma, é
uma derrota política ou moral. Porque nosso projeto é de vida, é uma luta pela
construção de um futuro mais justo e solidário para todos os equatorianos”, disse.
“Hoje, não é um final, é o começo de uma nova etapa de reconstrução do poder
popular.”
Ele pediu união dos equatorianos. “A partir de hoje, temos
que voltar a ser só um Equador. Que viva o Equador. Nas campanhas, discutimos e
propusemos com convicção, e buscamos nos diferenciar. Claro que lutamos por
valores distintos, mas, hoje, chegou o momento de avançar. Temos que ter pontes
e construir consensos”, afirmou.
O candidato, que era apoiado pelo ex-presidente Rafael
Correa, lembrou que sua coalizão política, a União pela Esperança (Unes), é a
mais forte do país. “Estaremos atentos ante qualquer tentativa de usar o estado
para benefício de poucos privilegiados. Estaremos, como sempre fizemos, defendendo
as grandes maiorias, o povo digno, o povo equatoriano.”
Mas há uma surpresa no Peru. Pedro Castillo, de 51 anos, marxista-leninista, venceu
o primeiro turno das eleições peruanas. Líder do sindicato dos professores,
Castillo acrescentou que, além da pandemia do Covid-19, os outros setores que
exigem atenção são a educação e a agricultura, além de melhorar as oportunidades
de emprego e estudo para os jovens.
O analista Gonzalo Banda, da Universidade Católica do
Peru, disse à agência e notícias Xinhua que um dos pontos que a liderança
política de Castillo facilitou nas eleições foi que suas propostas para
enfrentar a crise chegaram aos eleitores. Ele conquistou eleitores de esquerda
tradicional e educadores peruanos por meio de um discurso claro e radical.
Durante sua campanha eleitoral, o dirigente docente
afirmou que um eventual governo seu incluirá a mudança da Constituição Política
do Peru. Ele propôs a nacionalização de empresas em vários setores econômicos,
como mineração, petróleo, hidrelétrica e gás.
Os nossos leitores sabem que sempre acompanhamos
atentamente as mudanças conjunturais na Nossa América. E lembramos que, na
década de 1990, a ditadura de Alberto Fujimori derrotou as organizações subversivas
armadas e, por meio de uma combinação de repressão, violação dos direitos
humanos e corrupção desencadeada em todos os níveis do Estado e da sociedade,
impôs uma constituição e um modelo econômico ultra neoliberal onde enriqueceram
os que já eram muito ricos às custas da exploração ainda maior das vastas
maiorias precárias.
Uma das consequências desse processo foi a decomposição
da esquerda histórica, fragmentada ao máximo, desorientada diante das novas
realidades, especialmente a perda de seus vínculos massivos e orgânicos com os
setores populares.
Hoje, como uma surpresa, sem que ninguém o visse,
finalmente surge no Peru uma esquerda autenticamente popular, com a candidatura
de Pedro Castillo. Prova disso é justamente a surpresa e a invisibilidade com
que venceu essas eleições no primeiro turno, pelo fato de os olhares dos
analistas, da mídia e até da classe média terem saído das militâncias, nem o
esperavam nem queriam.
No segundo turno, a filha do ex-ditador. Apurados os votos, os candidatos de esquerda Pedro
Castillo (Peru Livre) e a direitista Keiko Fujimori (Força Popular) se
consolidaram nas duas primeiras posições e vão se enfrentar no segundo turno
das eleições no país.
Keiko Fujimori, filha do ex-ditador Alberto Fujimori,
manteve reuniões políticas em Lima para tentar angariar apoios para o segundo
turno. De acordo com o jornal La República, um dos candidatos a vice de Keiko,
Luis Galarreta, iniciou contatos com outros candidatos derrotados no primeiro
turno. Segundo o periódico, há um movimento para tentar conversar com Hernando
de Soto, de direita, e com Rafael López Aliaga, de extrema-direita e conhecido
por ser membro da Opus Dei.
De Soto, no entanto, diz que o pior cenário para o país
seria a vitória de Keiko. “O pior cenário para o país, não tenho a menor
dúvida, é que a senhora K seja presidenta. Não vamos permitir porque não se
trata de preconceitos, ódios ou desconfiança. Trata-se de provas concretas.
Como a senhora K reivindicou abertamente a ditadura do senhor Fujimori […] Não
condenou as esterilizações, a perseguição a líderes de oposição”, disse, a uma
rádio local, segundo informações do República.
O novo presidente, seja quem for, terá que lidar com um
Congresso fragmentado – uma receita que ajudou a provocar uma instabilidade
política no país e que resultou em quatro presidentes em quatro anos. Além
disso, pela primeira vez, a ultradireita católica deverá estar representada no
Parlamento.
Os bancos que financiam as guerras. Um novo relatório do Centre Delàs d'Estudis per la Pau
identifica os bancos que financiaram as empresas produtoras de armas exportadas
para os países que lideram a coalizão internacional envolvida na guerra do
Iêmen, que causou a pior crise humanitária em décadas 6 anos de idade.
Entre 2015 e 2019, um total de 25 países ao redor do
mundo exportaram armas e outros materiais militares para a Arábia Saudita e os
Emirados Árabes Unidos, que lideram a coalizão de países que participam da
guerra no Iêmen. Os EUA são o país que encabeça esta lista, respondendo por
72,2% do total das transações. Segue-se o grupo dos países da União Europeia,
que representam 21,9%, e que concedeu 2.681 licenças de exportação à Arábia
Saudita - no valor de 75 mil milhões de euros - e 3.998 licenças de armas aos
Emirados Árabes Unidos - num total de 62 mil milhões de euros -, embora a
própria legislação europeia o proíba, de acordo com os oito critérios
estipulados na Posição Comum. As armas mais exportadas mundialmente para esses
países foram aeronaves (48,7%), mísseis (19,5%), veículos blindados (14,6%) e
sistemas de defesa aérea (7,6%).
De acordo com os dados obtidos, centenas de entidades
financeiras do Banco Armado Internacional destinaram 607 bilhões para financiar
essas empresas armadoras que produziram armas exportadas para os principais
países que lideram a coalizão internacional envolvida na guerra do Iêmen . “A
Arábia Saudita e os EUA têm intervindo militarmente no conflito armado durante
seus primeiros 5 anos, com o apoio dos EUA, e neste período não houve medidas
de controle de importação, apesar das evidências de seu envolvimento na guerra
do Iêmen”, afirma Gemma Amorós, pesquisadora do Centre Delàs d'Estudis per la
Pau e autora da publicação.
No ranking das 50 entidades que mais financiaram as
empresas produtoras de armas com maior probabilidade de uso contra a população
civil no conflito armado do Iémen, figuram dois dos principais bancos espanhóis:
o BBVA e o Banco Santander. Entre os dois bancos, eles financiaram com 5.231
milhões de dólares entre os anos de 2015 e 2019 a empresas de armamento que
venderam armas aos exércitos saudita e dos Emirados Árabes Unidos, valor que
representa mais de metade do total investido no mesmo período por toda a Banca
Armada espanhola (onde também se destacam o Bankia, o Bankinter, o Banco de Sabadell
e o Banco Mediolanum), com um total de 8.686 milhões de dólares. Este valor foi
alocado a 9 empresas de armas: Airbus, Boeing, General Dynamics, Leonardo,
Navantia, Raytheon Technologies, Rolls Royce, Thales e Rheinmetall AG.
“Cutucaram a casa de marimbondos”. A expressão é antiga e ouvi muito na minha infância.
Serve para o momento atual.
O governo do Irã anunciou na terça-feira (13) que
iniciou o processo para enriquecer urânio a 60% de pureza, se aproximando dos
90% necessários para construir armas nucleares, na usina de Natanz.
A decisão foi revelada pelo vice-ministro das Relações
Exteriores, Abbas Araghchi, após um ataque ao principal complexo nuclear do
país, em Natanz. Em comunicado, ele afirma que já informou a medida para a
Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) em carta.
“A partir desta noite, os preparativos práticos para o
enriquecimento de 60% começarão em Natanz", declarou o porta-voz da agência
nuclear iraniana Behrouz Kamalvandi, segundo a agência de notícias Fars.
"Urânio enriquecido a 60% é usado para fazer uma variedade de
radiofármacos".
O anúncio é feito no momento em que ocorre negociações
em Viena sobre a retomada do acordo nuclear, que inclui o Reino Unido, a
França, Alemanha, Rússia e China e discute a possibilidade de um retorno dos Estados
Unidos, já que o ex-presidente Donald Trump deixou o pacto em 2018.
Um dia após a declaração sobre a nova cadeia de
centrífugas, Teerã afirmou ter sido alvo de “terrorismo antinuclear” e atribuiu
uma pequena explosão na usina a uma “sabotagem” provocada por Israel, segundo o
ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohamamad Javad Zarif.
Os ricos devem pagar pela crise! O
secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres,
exortou nesta terça-feira os governos do mundo a aplicarem um imposto aos mais
ricos para fazerem face à crise económica global provocada pela pandemia de
Covid-19.
Guterres afirmou que a medida contribuirá para reduzir
as desigualdades sociais extremas sofridas por várias nações do mundo, “Exorto
os governos a considerarem a possibilidade de aplicar um imposto solidário ou
patrimonial a quem se beneficiou durante a pandemia, para reduzir as
desigualdades extremas, "ele adicionou.
No marco do Fórum do Conselho Econômico e Social de
Financiamento para o Desenvolvimento, Guterres destacou que é preciso
reorganizar o sistema de dívida internacional, “é preciso reforço para acabar
com os ciclos letais de ondas de dívida, crise da dívida global e décadas
perdidas”, ele adicionou.
“É necessária uma mudança de paradigma para alinhar o
setor privado com os objetivos globais para enfrentar os desafios futuros, incluindo
os causados pelo coronavírus”, disse António
Guterres.
Guterres disse que deve haver maior cooperação para que
países com menos recursos naturais e econômicos tenham acesso a vacinas para
combater a pandemia de Covid-19, que gerou uma profunda crise socioeconômica no
mundo.
A situação se complica no Mianmar. Soldados
indignados com as mortes de civis pelo regime temem que suas famílias paguem o
preço se ingressarem no Movimento de Desobediência Civil (MDL).
Soldados consternados com o tratamento brutal
dispensado a civis pela junta militar de Mianmar temem deixar o exército e
colocar suas famílias em perigo, segundo pessoas com informações privilegiadas
sobre a situação.
Apesar desses temores, no entanto, alguns oficiais do
exército já desertaram para evitar servir sob um regime que, atualmente e desde
que assumiu o poder em 1º de fevereiro, matou mais de 700 manifestantes e
transeuntes.
Quatro soldados no mês passado, incluindo um capitão da
77ª Divisão de Infantaria Ligeira responsável pela repressão em Rangoon, juntaram-se
ao Movimento de Desobediência Civil (CDM). Outros que também desertaram agora
estão fugindo.
Muitos mais desobedeceriam aos ditadores se não
mantivessem suas famílias como reféns ou, como disse um dos desertores
recentes, “sequestradas por uma gangue criminosa”.
E o problema maior é que a junta golpista está
ameaçando estender por até dois anos a intervenção, o toque de recolher e as
perseguições políticas.
O maior vexame? Em uma
tentativa de redefinir o padrão naval através do navio de combate litorâneo,
considerado como uma embarcação do futuro para combater a China, esta
embarcação acabou se tornando em um dos maiores fracassos dos EUA.
Para elevar suas capacidades, a Marinha dos EUA gasta
US$ 600 milhões (R$ 3,3 bilhões) para produzir cada um destes navios de combate
litorâneos (LCS, na sigla em inglês), segundo o portal TRT World.
Atualmente, a Marinha estadunidense conta com nove
navios de combate litorâneos, outros cinco estão sendo construídos. Contudo,
estas embarcações seguem sofrendo com diversos defeitos e avarias, reconhecidos
como sistêmicos.
Enquanto os EUA seguem fracassando com seus LCS, a
China e outras nações investiram no sistema A2/AD, que é a concepção de
detenção do inimigo, principalmente com um sistema de armas, com a criação de
perigo elevado para o deslocamento de suas forças para uma área protegida, a um
custo menor que o investido nas fracassadas tecnologias norte-americanas.
Isso fez com que o Comando do Indo-Pacífico dos EUA
apresentasse ao Congresso um plano de investimento para os anos fiscais de 2022
até 2027, solicitando o dobro do pedido no ano fiscal de 2021. Contudo, até o
momento, os investimentos multibilionários dos EUA seguem sendo um grande
fiasco, como ressalta o portal TRT World.
No país do bangue-bangue (1). Saques e confrontos
tomaram conta do Brooklyn Center, em Minnesota, nos EUA, após protestos contra
um tiroteio policial que terminou na morte de um jovem negro de 20 anos, supostamente
por motivo banal.
Centenas de pessoas se aglomeraram em frente ao Departamento
de Polícia do Brooklyn Center, em Minnesota, centro-oeste dos EUA, depois que a
polícia atirou em Daunte Wright, rapaz negro de 20 anos, na tarde deste domingo
(11). O incidente teria ocorrido durante uma espécie de blitz de trânsito em
que os policiais teriam atirado supostamente por causa de um purificador de ar.
O protesto acabou ficando tenso e causou saques na área.
A polícia de Minneapolis, no bairro do Brooklyn, matou
Daunte Wright, de 20 anos. Vizinhos furiosos entraram em cena, destruindo uma
viatura policial enquanto policiais blindados estavam por perto.
A mãe de Wright disse à mídia na cena que seu filho
ligou para ela quando foi parado pelos agentes e disse que era por causa de um
purificador de ar pendurado no espelho retrovisor. As leis de trânsito dão
conta que é ilegal pendurar objetos no espelho retrovisor que possam obstruir a
visão da estrada.
Ela disse que seu filho estava indo para um lava-rápido
quando foi parado. Ela também acusou a polícia de deixar o corpo de seu filho
caído no local por horas. “Tudo o que ele fez foi colocar purificadores de ar
no carro e eles lhe disseram para sair do carro”, relatou a mãe.
No país do bangue-bangue (2). O Departamento de Polícia da cidade de Knoxville, estado
do Tennessee, EUA, informou na segunda-feira que várias pessoas, inclusive um
policial, ficaram feridas e uma morreu durante um tiroteio no Austin-East High
School Magnet da citada cidade.
“Várias agências estão no local de um tiroteio na
Austin-East Magnet High School. Várias vítimas de tiroteio foram relatadas,
incluindo um oficial do KPD”, tuitou a instituição policial logo após o
desenrolar dos eventos.
A fonte indicou que foi registado um falecido e que
neste momento a investigação está a decorrer, razão pela qual foi realizada uma
operação na zona do ensino secundário. Ao mesmo tempo, as autoridades alertaram
a população para não se deslocar na área para evitar outros incidentes.
O incidente ocorre duas semanas depois de tiroteios em
massa que mataram 18 na Geórgia e no Colorado, alimentando o debate sobre a
posse de armas nos Estados Unidos.
No país do bangue-bangue (3). Um atentado no escritório da empresa FedEx, próximo do
aeroporto da cidade estadunidense de Indianápolis, deixou grande número de
vítimas na noite de sexta-feira (16), informaram fontes policiais à emissora
WRTV.
De acordo com a porta-voz do Departamento de Polícia
Metropolitana de Indianápolis, EUA, Genae Cook, os agentes foram acionados para
atender uma “ocorrência com vítimas em massa” por volta das 23h00, horário local
(22h00 em Brasília), na rua Mirabel.
De acordo com a polícia, pelo menos 8 pessoas morreram
baleadas. O autor do atentado tirou a própria vida no local, portanto não há
ameaça neste momento, disseram as forças policiais. O número total de mortos é,
pois, de 9 pessoas.
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