domingo, 18 de abril de 2021

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares

 


 

 

 


Da fome, Limos e lodo!

“Limos”, na mitologia grega, era um daemon ou espírito (demônio) que personificava a fome. Sua equivalente na mitologia romana é a deusa Fames. Como outros terríveis daemones, Limos foi gerado por Éris (a discórdia) por si mesma. E ele teve papel de carrasco em alguns castigos que os deuses infligiram aos mortais condenados a padecer sobre uma fome terrível!

Fome terrível, a mesma a que foi condenado o povo brasileiro sob o governo de um demente. Um governo que não reajusta o salário mínimo, corta direitos dos trabalhadores, recusa-se a pagar um auxílio emergencial minimamente digno e arrasa a agricultura familiar para facilitar o lucro da grande agroindústria.

Elaborado em março, um estudo do Dieese revela que “o governo federal insistiu em valores baixos e critérios de concessão restritivos que tornariam o auxílio incapaz de garantir sequer a segurança alimentar dos brasileiros e brasileiras”. Isso está no documento!

“Agora, na nova fase de concessão do auxílio, o governo federal definiu que o valor será de R$ 250 e somente uma pessoa por família poderá recebê-lo. Esta é uma condição bastante diferente da anterior, que permitia dois benefícios por família.”

“O valor do Auxílio Emergencial na primeira fase do programa foi estipulado em R$ 600 para, ao menos, garantir segurança alimentar aos brasileiros e brasileiras. Em março do ano passado, a cesta básica nas maiores capitais do País estava acima de R$ 500.”

“Agora, o valor base do benefício foi estabelecido em R$ 250, enquanto a cesta básica nas maiores capitais brasileiras está acima dos R$ 600 — como em São Paulo (R$ 639,47), Florianópolis (R$ 639,81), Porto Alegre (R$ 632,67) e Rio de Janeiro (R$ 629,82), de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, do Dieese, em fevereiro de 2021”, revela o estudo.

Como dissemos no início, é a maldição da fome, através do demônio Limos. E como a palavra limo lembra lodo, é o lodo em que chafurda esse insano e todo o seu séquito, incluindo 01, 02, 03, 04...

Mínimo sem aumento real. O projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para 2022, encaminhado, na quinta-feira (15), pelo Poder Executivo, prevê salário mínimo de R$ 1.147 para o ano que vem. Atualmente, o valor é de R$ 1.100. O reajuste segue as regras constitucionais de correção do valor pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Mais uma vez, o piso nacional apenas repõe a inflação, isto é, não tem ganho real. No portal da Câmara dos Deputados

Além disso, o projeto permite a execução de mais despesas orçamentárias no caso de atraso na sanção da lei orçamentária, incluindo gastos com manutenção de rodovias.

O desespero de um desvairado! Até as lâmpadas do Palácio tremeram no acesso de raiva do ex-capitão demente quando viu que foi derrotado e que o Congresso vai, sim, abrir a CPI da Pandemia. Gritava pelos cantos dizendo que a CPI deveria investigar governadores e prefeitos! Não sabe o desvairado que isso não cabe ao Congresso Nacional. Esse deve julgar as questões nacionais, ou seja, ele. Quais as ações de seu governo diante do avanço do Covid-19?

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Senado que vai investigar os desmandos e omissões do governo federal na gestão da pandemia deu mais um passo, na sexta-feira (16), em direção à instalação do colegiado na próxima semana, apesar do feriado na quarta-feira (21).

Embora ainda não seja oficial, pois só com a formalização isso se dará, o comando da CPI já está definido: a presidência dos trabalhos vai ser ocupada pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), a relatoria vai caber ao senador Renan Calheiros (MDB-AL), e a vice-presidência do órgão investigativo vai ficar com o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), informou nesta sexta-feira o próprio Randolfe, em entrevista à CNN.

Em franca minoria, são 7 contra 4, respectivamente, oposição e governo, a composição do colegiado. Não havia e não há cenário positivo para o tresloucado governante. E a escolha de Omar Aziz para conduzir os trabalhos da CPI em nada alivia para o governo. Aziz não poderá nem tentar fazer média com o Planalto, pois o senador é do estado do Amazonas, onde se deu o colapso sanitário e de falta de oxigênio, em janeiro.

Composição da CPI - Titulares: 1) Eduardo Braga (MDB-AM) - oposição; 2) Renan Calheiros (MDB-AL) - relator / oposição; 3) Ciro Nogueira (PP-PI) - governista; 4) Omar Aziz (PSD-AM) - presidente; 5) Otto Alencar (PSD-BA) - oposição; 6) Tasso Jereissati (PSDB-CE) - oposição; 7) Eduardo Girão (Podemos- CE) - governista; 8) Marcos Rogério (DEM-RO) - governista; 9) Jorginho Mello (PL-SC) - governista; 10) Humberto Costa (PT-PE) - oposição; e 11) Randolfe Rodrigues (Rede-AP) - vice-presidente / oposição.

Também na Europa! Os recordes de mortes pelo coronavírus e o colapso iminente do sistema de saúde no país dominaram a agenda da audiência entre o chefe da Missão do Brasil junto à UE, Marcos Galvão, a delegação do Parlamento Europeu para relações com o Brasil e eurodeputados. O país registra mais de 361 mil mortes e cerca de 13,7 milhões de casos desde o início da pandemia.

Em entrevista para a RFI, a eurodeputada alemã pelo Partido Verde/Aliança Livre Europeia, Anna Cavazzini, vice-presidente da Delegação do Parlamento Europeu para Relações com o Brasil, afirmou “o que está acontecendo no Brasil não é apenas uma tragédia, isso foi provocado por decisões deliberadas do governo”.

“Os dirigentes brasileiros devem ser responsabilizados pelos seus fracassos em responderem adequadamente à crise da covid-19”, defendeu a eurodeputada. “Por muito tempo, o atual governo subestimou o vírus e recusou adotar medidas apoiadas pela ciência, como o distanciamento social, o uso da máscara e confinamento”, martelou. Segundo Cavazzini, “Nós devemos respeitar os processos nacionais: o Senado brasileiro está prestes a lançar uma investigação sobre a atuação do governo na pandemia”.

As críticas sobre a responsabilidade do governo do insano pelo elevado número de mortos por covid-19 continuaram com intervenções dos eurodeputados que também questionaram o emprego de verbas enviadas pela UE ao Brasil. “Onde está sendo empregado todo o dinheiro que o governo brasileiro recebeu da cooperação internacional?”, indagou a deputada espanhola Clara Aguilera, da aliança Socialistas e Democratas do Parlamento Europeu.

Já o deputado espanhol Miguel Urbán Crespo, cofundador do partido de esquerda Podemos, enfatizou que “por omissão, a necropolítica de Bolsonaro significa um crime lesa-pátria contra o povo brasileiro”. Urbán Crespo lembrou que o Brasil é agora o epicentro da pandemia e o ritmo de vacinação é dez vezes inferior à capacidade do país.

Fernández responde ao mentecapto. O presidente da Argentina, Alberto Fernández, rebateu na quinta-feira (15) uma publicação do insano brasileiro em relação às novas medidas de restrição adotadas no país vizinho para conter o avanço da covid-19.

Na publicação, o presidente do Brasil disse que o Exército argentino estaria nas ruas para “manter o povo em casa” e que haveria um toque de recolher no país, sugerindo autoritarismo nas medidas do país vizinho. Na postagem, o mandatário ainda apontou que a restrição seria entre 20h e 8h. No entanto, a informação está errada, já que o governo da Argentina estabeleceu o horário entre 20h e 6h da manhã.

Em resposta à declaração de Bolsonaro, Fernández ressaltou que a Constituição da República Argentina não prevê estado de sítio, ou toque de recolher, em um contexto de crise sanitária.

O mandatário argentino esclareceu que não serão as Forças Armadas a realizar o controle nas ruas durante a vigência da restrição, que tem duração prevista até 30 de abril.

“Não declarei estado de sítio nem penso em fazê-lo. As Forças Armadas tampouco existem para fazer segurança interior, mas para atuar em catástrofes brindando apoio à população. Ele deveria ler a Constituição argentina”, apontou Fernández em entrevista à Rádio 10.

Isso já sabíamos! Mas agora chegam documentos e provas irrefutáveis. Documentos ultrassecretos são divulgados na semana em que ocorre o VIII Congresso do Partido Comunista de Cuba, que marca a aposentadoria política de Raúl Castro.

No momento em que o ex-presidente Raúl Castro anunciava sua aposentadoria da vida política em Cuba, o Arquivo de Segurança Nacional dos EUA publicou documentos ultrassecretos desclassificados da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) confirmando a tentativa de assassinato dos líderes cubanos e irmãos Fidel e Raúl Castro na década de 1960.

“No primeiro plano conhecido de assassinato da CIA contra líderes da revolução cubana, altos funcionários da agência ofereceram ao piloto de um avião que transportava Raúl Castro de Praga a Havana um pagamento de US$ 10.000 (aproximadamente R$ 56 mil na cotação atual) […] [para] incorrer em riscos de encenar um 'acidente' durante o vôo”, lê-se no documento divulgado no site do Arquivo de Segurança Nacional.

Ainda segundo o texto, o piloto, José Raúl Martínez, recrutado pela CIA como informante em Cuba, concordou em executar o macabro plano.

Os documentos, que mostram as iniciativas dos funcionários das agências de inteligência estadunidense, são seis no total, incluindo memorandos e telegramas.

Entre esses, há um que conta outra tentativa, desta vez para assassinar Fidel Castro, que começou a nascer semanas após o complô contra Raul Castro. Em agosto de 1960, o diretor de operações secretas da CIA, Richard Bissell, autorizou a missão para matar Fidel Castro e “aumentar as chances de sucesso do programa contrarrevolucionário da CIA para derrubar seu regime”.

Para a operação, a CIA “desenvolveu uma pílula que tinha os elementos de solubilidade rápida, alto conteúdo letal e pouca ou nenhuma rastreabilidade”. Seis unidades foram produzidas e seriam dadas a Fidel misturadas com bebida ou algum alimento, conta o documento. Todavia, a missão foi cancelada após o episódio da Baía dos Porcos, uma tentativa frustrada de invadir a costa cubana em abril de 1961 por exilados anticastristas que contou com o apoio da CIA.

Argentina também corrige erro judicial! Enquanto, no Brasil, o STF inocentava Lula, na Argentina um processo semelhante aconteceu. A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, foi inocentada na terça-feira no caso conhecido como “dólar futuro”. Segundo o jornal Pagina 12, Por unanimidade, os três magistrados – Ana María Figueroa, Daniel Petrone e Diego Barroetaveña -, da Câmara de Cassação, consideraram que o laudo pericial realizado com quase cinco anos de atraso demonstrou que não houve dano ao Estado e, portanto, nenhum julgamento é necessário contra Kirchner e outros ex-funcionários de seu governo.

Cristina Kirchner e outros réus no caso foram acusados de cometer suposta fraude, no final de seu mandato presidencial em 2015, nos contratos de compra de dólares no futuro, instrumento jurídico de política monetária, e que fez com que o Banco Central perdesse cerca de 55 bilhões de pesos (cerca de R$ 3 bilhões na cotação atual).

O voto mais duro foi a da desembargadora Figueroa que detalhou, passo a passo, como o desembargador Claudio Bonadio evitou que os réus se defendessem, negou-lhes até cópia do processo, não fez a perícia elementar para apurar se houve ou não dano ao Estadual, protegia funcionários do PRO e tinha cobertura das instâncias superiores do Tribunal Comodoro Py. Figueroa também descreveu a arbitrariedade de que o dólar-futuro era uma operação do Banco Central, entidade autônoma, e ainda assim o processo servia para acusar, sem qualquer responsabilidade no BCRA, a ex-presidente e o ex-ministro da Economia. Segundo o Pagina 12, o objetivo todo era ter as fotos de ambos no banco dos réus.

Direita vence no Equador. Sim, para mim foi uma surpresa. O candidato da direita quase não chegou ao segundo turno, entrou na Justiça Eleitoral pedindo recontagem dos votos, mas acaba vencendo.

O direitista Guillermo Lasso, do Movimento CREO venceu, no domingo (11), o candidato progressista Andrés Arauz, da coalizão União pela Esperança (Unes) e foi eleito presidente do Equador. Ele assume o cargo em 24 de maio, substituindo o atual mandatário, Lenín Moreno, e fica no posto até 2025.

Analistas e cientistas políticos concordaram na segunda-feira em afirmar que o triunfo do ex-banqueiro conservador Guillermo Lasso nas eleições presidenciais no Equador mostra que os equatorianos optaram por uma nova visão do país após 14 anos de hegemonia “correísta” nas urnas.

A cientista política Arianna Tanca afirmou à agência de notícias Xinhua que a vitória de Lasso se deve à sua campanha em que “deu muito mais ênfase a outras agendas que estão fora do debate entre correismo e anticorreismo”.

Lasso, de 65 anos, perdeu a presidência em 2013 para Correa por larga margem, e em 2017, por pouca diferença, para o atual presidente Lenín Moreno, escolhido por Correa como seu sucessor para continuar no caminho da Revolução Cidadã, projeto político de matiz socialista. Lenin, porém, mudou o rumo do país, o que acabou levando a desgaste não só dele – que nem conseguiu lançar um candidato – como o de Correa.

O novo presidente não gozará da maioria absoluta na Assembleia Nacional, onde o “correísmo” tem maioria. Diante dessa fragmentação, o cientista político Santiago Basabe disse em uma entrevista à Xinhua que Lasso deve estar aberto a negociar com todos a fim de estabelecer acordos mínimos para governar o país.

O pesquisador da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais acrescentou que Lasso deve aproveitar o gesto democrático de Arauz, que reconheceu sua derrota e convidou o novo governo ao diálogo.

Segundo especialistas, Lasso enfrenta vários desafios em um momento em que o país está mergulhado em uma crise múltipla: econômica, política, social e de saúde devido à pandemia, com aumento do desemprego e da pobreza.           

Arauz deve seguir na luta política. O candidato progressista à Presidência do Equador, Andrés Arauz, reconheceu na noite deste domingo (11) a derrota no segundo turno das eleições no país para o direitista Guillermo Lasso. Para ele, no entanto, o resultado – uma diferença de cinco pontos percentuais – não é uma “derrota política ou moral”.

“Este é um revés eleitoral, mas de maneira alguma, é uma derrota política ou moral. Porque nosso projeto é de vida, é uma luta pela construção de um futuro mais justo e solidário para todos os equatorianos”, disse. “Hoje, não é um final, é o começo de uma nova etapa de reconstrução do poder popular.”

Ele pediu união dos equatorianos. “A partir de hoje, temos que voltar a ser só um Equador. Que viva o Equador. Nas campanhas, discutimos e propusemos com convicção, e buscamos nos diferenciar. Claro que lutamos por valores distintos, mas, hoje, chegou o momento de avançar. Temos que ter pontes e construir consensos”, afirmou.

O candidato, que era apoiado pelo ex-presidente Rafael Correa, lembrou que sua coalizão política, a União pela Esperança (Unes), é a mais forte do país. “Estaremos atentos ante qualquer tentativa de usar o estado para benefício de poucos privilegiados. Estaremos, como sempre fizemos, defendendo as grandes maiorias, o povo digno, o povo equatoriano.”

Mas há uma surpresa no Peru. Pedro Castillo, de 51 anos, marxista-leninista, venceu o primeiro turno das eleições peruanas. Líder do sindicato dos professores, Castillo acrescentou que, além da pandemia do Covid-19, os outros setores que exigem atenção são a educação e a agricultura, além de melhorar as oportunidades de emprego e estudo para os jovens.

O analista Gonzalo Banda, da Universidade Católica do Peru, disse à agência e notícias Xinhua que um dos pontos que a liderança política de Castillo facilitou nas eleições foi que suas propostas para enfrentar a crise chegaram aos eleitores. Ele conquistou eleitores de esquerda tradicional e educadores peruanos por meio de um discurso claro e radical.

Durante sua campanha eleitoral, o dirigente docente afirmou que um eventual governo seu incluirá a mudança da Constituição Política do Peru. Ele propôs a nacionalização de empresas em vários setores econômicos, como mineração, petróleo, hidrelétrica e gás.

Os nossos leitores sabem que sempre acompanhamos atentamente as mudanças conjunturais na Nossa América. E lembramos que, na década de 1990, a ditadura de Alberto Fujimori derrotou as organizações subversivas armadas e, por meio de uma combinação de repressão, violação dos direitos humanos e corrupção desencadeada em todos os níveis do Estado e da sociedade, impôs uma constituição e um modelo econômico ultra neoliberal onde enriqueceram os que já eram muito ricos às custas da exploração ainda maior das vastas maiorias precárias.

Uma das consequências desse processo foi a decomposição da esquerda histórica, fragmentada ao máximo, desorientada diante das novas realidades, especialmente a perda de seus vínculos massivos e orgânicos com os setores populares.

Hoje, como uma surpresa, sem que ninguém o visse, finalmente surge no Peru uma esquerda autenticamente popular, com a candidatura de Pedro Castillo. Prova disso é justamente a surpresa e a invisibilidade com que venceu essas eleições no primeiro turno, pelo fato de os olhares dos analistas, da mídia e até da classe média terem saído das militâncias, nem o esperavam nem queriam.

No segundo turno, a filha do ex-ditador. Apurados os votos, os candidatos de esquerda Pedro Castillo (Peru Livre) e a direitista Keiko Fujimori (Força Popular) se consolidaram nas duas primeiras posições e vão se enfrentar no segundo turno das eleições no país.

Keiko Fujimori, filha do ex-ditador Alberto Fujimori, manteve reuniões políticas em Lima para tentar angariar apoios para o segundo turno. De acordo com o jornal La República, um dos candidatos a vice de Keiko, Luis Galarreta, iniciou contatos com outros candidatos derrotados no primeiro turno. Segundo o periódico, há um movimento para tentar conversar com Hernando de Soto, de direita, e com Rafael López Aliaga, de extrema-direita e conhecido por ser membro da Opus Dei.

De Soto, no entanto, diz que o pior cenário para o país seria a vitória de Keiko. “O pior cenário para o país, não tenho a menor dúvida, é que a senhora K seja presidenta. Não vamos permitir porque não se trata de preconceitos, ódios ou desconfiança. Trata-se de provas concretas. Como a senhora K reivindicou abertamente a ditadura do senhor Fujimori […] Não condenou as esterilizações, a perseguição a líderes de oposição”, disse, a uma rádio local, segundo informações do República.

O novo presidente, seja quem for, terá que lidar com um Congresso fragmentado – uma receita que ajudou a provocar uma instabilidade política no país e que resultou em quatro presidentes em quatro anos. Além disso, pela primeira vez, a ultradireita católica deverá estar representada no Parlamento.

Os bancos que financiam as guerras. Um novo relatório do Centre Delàs d'Estudis per la Pau identifica os bancos que financiaram as empresas produtoras de armas exportadas para os países que lideram a coalizão internacional envolvida na guerra do Iêmen, que causou a pior crise humanitária em décadas 6 anos de idade.

Entre 2015 e 2019, um total de 25 países ao redor do mundo exportaram armas e outros materiais militares para a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, que lideram a coalizão de países que participam da guerra no Iêmen. Os EUA são o país que encabeça esta lista, respondendo por 72,2% do total das transações. Segue-se o grupo dos países da União Europeia, que representam 21,9%, e que concedeu 2.681 licenças de exportação à Arábia Saudita - no valor de 75 mil milhões de euros - e 3.998 licenças de armas aos Emirados Árabes Unidos - num total de 62 mil milhões de euros -, embora a própria legislação europeia o proíba, de acordo com os oito critérios estipulados na Posição Comum. As armas mais exportadas mundialmente para esses países foram aeronaves (48,7%), mísseis (19,5%), veículos blindados (14,6%) e sistemas de defesa aérea (7,6%).

De acordo com os dados obtidos, centenas de entidades financeiras do Banco Armado Internacional destinaram 607 bilhões para financiar essas empresas armadoras que produziram armas exportadas para os principais países que lideram a coalizão internacional envolvida na guerra do Iêmen . “A Arábia Saudita e os EUA têm intervindo militarmente no conflito armado durante seus primeiros 5 anos, com o apoio dos EUA, e neste período não houve medidas de controle de importação, apesar das evidências de seu envolvimento na guerra do Iêmen”, afirma Gemma Amorós, pesquisadora do Centre Delàs d'Estudis per la Pau e autora da publicação.

No ranking das 50 entidades que mais financiaram as empresas produtoras de armas com maior probabilidade de uso contra a população civil no conflito armado do Iémen, figuram dois dos principais bancos espanhóis: o BBVA e o Banco Santander. Entre os dois bancos, eles financiaram com 5.231 milhões de dólares entre os anos de 2015 e 2019 a empresas de armamento que venderam armas aos exércitos saudita e dos Emirados Árabes Unidos, valor que representa mais de metade do total investido no mesmo período por toda a Banca Armada espanhola (onde também se destacam o Bankia, o Bankinter, o Banco de Sabadell e o Banco Mediolanum), com um total de 8.686 milhões de dólares. Este valor foi alocado a 9 empresas de armas: Airbus, Boeing, General Dynamics, Leonardo, Navantia, Raytheon Technologies, Rolls Royce, Thales e Rheinmetall AG.

“Cutucaram a casa de marimbondos”. A expressão é antiga e ouvi muito na minha infância. Serve para o momento atual.

O governo do Irã anunciou na terça-feira (13) que iniciou o processo para enriquecer urânio a 60% de pureza, se aproximando dos 90% necessários para construir armas nucleares, na usina de Natanz.

A decisão foi revelada pelo vice-ministro das Relações Exteriores, Abbas Araghchi, após um ataque ao principal complexo nuclear do país, em Natanz. Em comunicado, ele afirma que já informou a medida para a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) em carta.

“A partir desta noite, os preparativos práticos para o enriquecimento de 60% começarão em Natanz", declarou o porta-voz da agência nuclear iraniana Behrouz Kamalvandi, segundo a agência de notícias Fars. "Urânio enriquecido a 60% é usado para fazer uma variedade de radiofármacos".

O anúncio é feito no momento em que ocorre negociações em Viena sobre a retomada do acordo nuclear, que inclui o Reino Unido, a França, Alemanha, Rússia e China e discute a possibilidade de um retorno dos Estados Unidos, já que o ex-presidente Donald Trump deixou o pacto em 2018.

Um dia após a declaração sobre a nova cadeia de centrífugas, Teerã afirmou ter sido alvo de “terrorismo antinuclear” e atribuiu uma pequena explosão na usina a uma “sabotagem” provocada por Israel, segundo o ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohamamad Javad Zarif.

Os ricos devem pagar pela crise! O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, exortou nesta terça-feira os governos do mundo a aplicarem um imposto aos mais ricos para fazerem face à crise económica global provocada pela pandemia de Covid-19.

Guterres afirmou que a medida contribuirá para reduzir as desigualdades sociais extremas sofridas por várias nações do mundo, “Exorto os governos a considerarem a possibilidade de aplicar um imposto solidário ou patrimonial a quem se beneficiou durante a pandemia, para reduzir as desigualdades extremas, "ele adicionou.

No marco do Fórum do Conselho Econômico e Social de Financiamento para o Desenvolvimento, Guterres destacou que é preciso reorganizar o sistema de dívida internacional, “é preciso reforço para acabar com os ciclos letais de ondas de dívida, crise da dívida global e décadas perdidas”, ele adicionou.

“É necessária uma mudança de paradigma para alinhar o setor privado com os objetivos globais para enfrentar os desafios futuros, incluindo os causados ​​pelo coronavírus”, disse António Guterres.

Guterres disse que deve haver maior cooperação para que países com menos recursos naturais e econômicos tenham acesso a vacinas para combater a pandemia de Covid-19, que gerou uma profunda crise socioeconômica no mundo.

A situação se complica no Mianmar. Soldados indignados com as mortes de civis pelo regime temem que suas famílias paguem o preço se ingressarem no Movimento de Desobediência Civil (MDL).

Soldados consternados com o tratamento brutal dispensado a civis pela junta militar de Mianmar temem deixar o exército e colocar suas famílias em perigo, segundo pessoas com informações privilegiadas sobre a situação.

Apesar desses temores, no entanto, alguns oficiais do exército já desertaram para evitar servir sob um regime que, atualmente e desde que assumiu o poder em 1º de fevereiro, matou mais de 700 manifestantes e transeuntes.

Quatro soldados no mês passado, incluindo um capitão da 77ª Divisão de Infantaria Ligeira responsável pela repressão em Rangoon, juntaram-se ao Movimento de Desobediência Civil (CDM). Outros que também desertaram agora estão fugindo.

Muitos mais desobedeceriam aos ditadores se não mantivessem suas famílias como reféns ou, como disse um dos desertores recentes, “sequestradas por uma gangue criminosa”.

E o problema maior é que a junta golpista está ameaçando estender por até dois anos a intervenção, o toque de recolher e as perseguições políticas.

O maior vexame? Em uma tentativa de redefinir o padrão naval através do navio de combate litorâneo, considerado como uma embarcação do futuro para combater a China, esta embarcação acabou se tornando em um dos maiores fracassos dos EUA.

Para elevar suas capacidades, a Marinha dos EUA gasta US$ 600 milhões (R$ 3,3 bilhões) para produzir cada um destes navios de combate litorâneos (LCS, na sigla em inglês), segundo o portal TRT World.

Atualmente, a Marinha estadunidense conta com nove navios de combate litorâneos, outros cinco estão sendo construídos. Contudo, estas embarcações seguem sofrendo com diversos defeitos e avarias, reconhecidos como sistêmicos.

Enquanto os EUA seguem fracassando com seus LCS, a China e outras nações investiram no sistema A2/AD, que é a concepção de detenção do inimigo, principalmente com um sistema de armas, com a criação de perigo elevado para o deslocamento de suas forças para uma área protegida, a um custo menor que o investido nas fracassadas tecnologias norte-americanas.

Isso fez com que o Comando do Indo-Pacífico dos EUA apresentasse ao Congresso um plano de investimento para os anos fiscais de 2022 até 2027, solicitando o dobro do pedido no ano fiscal de 2021. Contudo, até o momento, os investimentos multibilionários dos EUA seguem sendo um grande fiasco, como ressalta o portal TRT World.

No país do bangue-bangue (1). Saques e confrontos tomaram conta do Brooklyn Center, em Minnesota, nos EUA, após protestos contra um tiroteio policial que terminou na morte de um jovem negro de 20 anos, supostamente por motivo banal.

Centenas de pessoas se aglomeraram em frente ao Departamento de Polícia do Brooklyn Center, em Minnesota, centro-oeste dos EUA, depois que a polícia atirou em Daunte Wright, rapaz negro de 20 anos, na tarde deste domingo (11). O incidente teria ocorrido durante uma espécie de blitz de trânsito em que os policiais teriam atirado supostamente por causa de um purificador de ar. O protesto acabou ficando tenso e causou saques na área.

A polícia de Minneapolis, no bairro do Brooklyn, matou Daunte Wright, de 20 anos. Vizinhos furiosos entraram em cena, destruindo uma viatura policial enquanto policiais blindados estavam por perto.

A mãe de Wright disse à mídia na cena que seu filho ligou para ela quando foi parado pelos agentes e disse que era por causa de um purificador de ar pendurado no espelho retrovisor. As leis de trânsito dão conta que é ilegal pendurar objetos no espelho retrovisor que possam obstruir a visão da estrada.

Ela disse que seu filho estava indo para um lava-rápido quando foi parado. Ela também acusou a polícia de deixar o corpo de seu filho caído no local por horas. “Tudo o que ele fez foi colocar purificadores de ar no carro e eles lhe disseram para sair do carro”, relatou a mãe.

No país do bangue-bangue (2). O Departamento de Polícia da cidade de Knoxville, estado do Tennessee, EUA, informou na segunda-feira que várias pessoas, inclusive um policial, ficaram feridas e uma morreu durante um tiroteio no Austin-East High School Magnet da citada cidade.

“Várias agências estão no local de um tiroteio na Austin-East Magnet High School. Várias vítimas de tiroteio foram relatadas, incluindo um oficial do KPD”, tuitou a instituição policial logo após o desenrolar dos eventos.

A fonte indicou que foi registado um falecido e que neste momento a investigação está a decorrer, razão pela qual foi realizada uma operação na zona do ensino secundário. Ao mesmo tempo, as autoridades alertaram a população para não se deslocar na área para evitar outros incidentes.

O incidente ocorre duas semanas depois de tiroteios em massa que mataram 18 na Geórgia e no Colorado, alimentando o debate sobre a posse de armas nos Estados Unidos.

No país do bangue-bangue (3). Um atentado no escritório da empresa FedEx, próximo do aeroporto da cidade estadunidense de Indianápolis, deixou grande número de vítimas na noite de sexta-feira (16), informaram fontes policiais à emissora WRTV.

De acordo com a porta-voz do Departamento de Polícia Metropolitana de Indianápolis, EUA, Genae Cook, os agentes foram acionados para atender uma “ocorrência com vítimas em massa” por volta das 23h00, horário local (22h00 em Brasília), na rua Mirabel.

De acordo com a polícia, pelo menos 8 pessoas morreram baleadas. O autor do atentado tirou a própria vida no local, portanto não há ameaça neste momento, disseram as forças policiais. O número total de mortos é, pois, de 9 pessoas.

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