"Nadejda", em russo, significa esperança. "Nadejda Konstantinovna Krupskaia", ou "Nadezhda" em eslavo, destacada dirigente do Partido Comunista na Rússia, companheira de Vladimir Lenin, participou ativamente da revolução soviética e do debate sobre a emancipação feminina no processo revolucionário e sobre a educação comunista; dirigiu, ao lado de Anatoli Lunatcharski, o Ministério da Educação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, promovendo junto com educadores, operários e camponeses uma revolução cultural para a formação de novos homens e mulheres para a direção da sociedade socialista.
A construção da pedagogia socialista é uma obra com textos selecionados por Roseli Caldart e Luiz Carlos Freitas sobre as principais influências teóricas da pedagogia socialista soviética, em construção, desde Karl Marx, em debate com a renovação pedagógica burguesa, e as linhas gerais da educação comunista como formação humana emancipadora, expressas na constituição das Escolas-Comuna, a formação política de educadores e educandos para a participação na sociedade soviética.
Neste março das Mulheres Em Luta Pela Vida, a Expressão Popular destaca vida e obra de nossas lutadoras socialistas:
Um livro com escritos dos formuladores e construtores da Pedagogia Socialista no interior da Revolução Russa de 1917, sem dúvida um dos acontecimentos históricos mais importantes da época contemporânea. Esta obra traz um conjunto de 24 textos de Nadezhda Konstantinovna Krupskaya (1869-1939), publicados pela primeira vez no Brasil e traduzidos diretamente dos originais russos.
Krupskaya foi uma forte liderança no grupo que formulou as concepções e práticas para as mudanças educacionais do período inicial da Revolução Russa, e que orientaram a política educacional do então Comissariado do Povo para a Educação, o Narkompros. Este período (1917-1929) é considerado "a época de ouro da Revolução Russa", pela força e originalidade das suas formulações. Para estes pedagogos a educação era fundamental na construção de uma nova sociedade sem classes, e a escola deveria se envolver profundamente na formação do ser humano para este processo de transformação. O desafio posto ao magistério era criar, pela sua prática, uma nova escola destinada a formar lutadores e construtores do futuro aberto pela revolução.
Marta Harnecker, militante chilena, foi jornalista, escritora marxista e educadora popular, em contato com a Teologia da Libertação na América Latina, militante desde o governo socialista de Allende, e divulgadora marxista, com formação junto à Louis Althusser, foi exilada em Cuba, onde desenvolveu os projetos de educação popular, e assessorou o governo de Hugo Chávez na Venezuela. As obras de Marta dialogam com os militantes latino-americanos comprometidos com a luta anti-imperialista e anticapitalista, procurando entender as relações entre partido, sindicato e movimento popular e o modo pelo qual a criatividade e combatividade popular devem ser estimuladas para o avanço das lutas na América Latina.
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