Ministério da Saúde quer reduzir número de médicos cubanos no programa Mais Médicos
Pasta dará prioridade a profissionais do país; muitos brasileiros, porém, 'não se apresentam para ocupar os postos de trabalho', diz ministro Ricardo Barros
O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (20/09) por meio de nota que pretende substituir os 4.000 médicos cubanos do programa Mais Médicos por profissionais brasileiros ao longo dos próximos três anos.
O Ministério também espera que, até abril de 2017, cerca de 2.000 das 5.000 vagas ocupadas por médicos cubanos cuja cooperação com o programa se encerra em dezembro sejam ocupadas por brasileiros.
Elza Fiuza/Agência Brasil
O ministro Ricardo Barros ao lado dos médicos do programa Mais Médicos
Elza Fiuza/Agência Brasil
O ministro Ricardo Barros ao lado dos médicos do programa Mais Médicos
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a expectativa é de que a participação de profissionais cubanos no programa reduza em 35%.
Cubanos que tenham se casado formalmente ou tenham reconhecido união estável com brasileiros poderão pedir a renovação de sua participação no programa por mais três anos.
A substituição dos profissionais cubanos irá depender da procura e disposição de médicos brasileiros em ocupar as vagas ofertadas uma vez que tenham sido aprovados no processo de seleção, o que nem sempre acontece.
'A burguesia brasileira jamais admitiu a CLT', diz sociólogo da USP
Impeachment teve 'respeito constitucional', diz Temer na ONU; seis países deixam plenário
'Triunfo da estupidez e da injustiça nunca deixa de me surpreender', diz Agualusa sobre impeachment de Dilma
“Os médicos brasileiros têm prestado a prova e são qualificados, mas na hora que são chamados, muitos não se apresentam para ocupar os postos de trabalho”, afirmou o ministro da Saúde, Ricardo Barros, à Folha.
O Ministério também determinou que o programa Mais Médicos passará a aceitar profissionais brasileiros formados no exterior. Antes, só podiam participar médicos formados no exterior que trabalhassem em países com proporção superior à do Brasil de 1,8 médico por habitante.
À Folha, o ministro Barros disse que os médicos selecionados cuja formação tenha sido feita no exterior receberão um “curso de adaptação ao modelo do sistema de atendimento na saúde da família e são avaliados nesse período por nossa equipe”.
Não há previsão de por quanto tempo ainda durará o programa Mais Médicos. Quando se aproximar a data de expiração do acordo feito com a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), que trouxe os médicos cubanos para o Brasil e que foi renovado em 12 de setembro por mais três anos, o governo poderá encaminhar um novo pedido de renovação ao Congresso.
Porém, em julho deste ano, o ministro já havia dito que o programa era provisório, visto que seria responsabilidade dos municípios, e não do governo federal, contratar médicos para atender a população.
Nenhum comentário:
Postar um comentário