O JUIZ SÉRGIO MORO
Percebam a 'imparcialidade' do
magistrado nesse diálogo:
Advogado de Lula: Vossa Excelência está
violando o princípio da ampla defesa, está perguntando à testemunha sobre fatos
que não foram objeto da inquirição de hoje
Sergio Moro: [levantando a voz] Essa é a
posição do juízo, doutor. Neste caso, é o que estou fazendo.
Advogado de Lula: Então fica o protesto
da defesa contra o comportamento de Vossa Excelência, que viola o código de
processo penal.
Sergio Moro: Na sua interpretação,
doutor. Na interpretação correta do código, o juiz pode fazer...
Advogado de Lula: Na interpretação de
todos que trabalham com processo penal. Somos professores de processo penal.
Sergio Moro: Tá ótimo então, eu vou
seguir com minhas indagações aqui, se a defesa permitir, evidentemente..."
(Link da Veja)
O juiz famoso passeia com desenvoltura
nos espaços mais elitizados, faz palestras de destaque para embaixada
norte-americana, visita com extrema simpatia a imprensa conservadora
O imenso prestígio veio montado nas
sentenças contra empresários e o
heroísmo, cavalgando nas prisões de petistas. Consciente de seu poder, deita e
rola nas conturbações golpistas de um país, que
nada de braçadas em busca de um lugar de destaque entre as republiquetas
da América Latina
Na nota dos advogados, tem-se uma ideia
do nível de sua isenção:
" Descobriu-se a tramitação de um
procedimento oculto perante a 13ª. Vara Federal de Curitiba a partir da
referência feita pelo Ministério Público Federal e ingressou-se com Reclamação no Supremo Tribunal Federal
contra o juiz Sérgio Moro por violação à Súmula Vinculante nº 14 que assegura à
defesa amplo acesso a qualquer procedimento investigatório... O juiz está
agindo de forma ilegal ao impedir que a defesa de Lula tenha acesso a
procedimento investigatório".
Extrapolou sua competência de juiz de 1ª
instância para executar gravações de Lula com membros do Congresso e com a
presidente da República, atribuições exclusivas do Supremo.
Ordenou escutas clandestinas no escritório
dos advogados do ex-presidente e de todos seus familiares, além de fazer
malabarismos retóricos e investigativos
para forçar a culpabilidade de Lula em relação ao duplex e o sítio em
Atibaia.
Um breve parêntese para lembrar que o implacável juiz, durante o
principado do sociólogo, não encontrou culpa para condenar os gatunos que
surrupiaram 500 bilhões do Banestado.
Numa ação criminosa, liberou para a
imprensa uma fita gravada e já devidamente arquivada, com o escancarado
objetivo de interferir num conturbado momento
politico do país. Antes, já havia
dispensado os serviços do oficial de justiça, para determinar que a PF procedesse a intimação ao
ex-presidente.
Com todas essas 'isenções' e
'imparcialidades' e o meritíssimo é festejado na capa da Veja - "O homem
que salvou 2015"; participa de reunião festiva com socialites, bancada
pelo milionário João Dória e, suprema honraria, ganha o prêmio "Faz a Diferença",
homenagem da rede Globo, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado
do Rio de Janeiro
Já se falou nesse espaço da profunda e
injusta estratificação da sociedade brasileira. Um punhado de ricaços, que
atende pelo nome de elite, a mover os cordões da imprensa, da política, da
justiça e com a mania recorrente de
eleger e derrubar presidentes, conforme suas vontades e interesses. De quebra,
ainda se empenha em remover todos os
obstáculos que ameace a manutenção do establishment.
Em outros tempos, cassaram Juscelino,
deportaram João Goulart e num rabo de foguete foram-se Brizola e Arraes. Não
ficou ninguém.
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