segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

O NOVO MORALISTA SEM MORAL

O NOVO MORALISTA SEM MORAL


A confirmação de que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) comandou um esquema de propinas em Minas Gerais na maior obra do estado, a construção da Cidade Administrativa, feita por dois delatores da Odebrecht, Benedicto Júnior e Sergio Neves, mexe no tabuleiro da sucessão presidencial.

Nos próximos dias, as acusações serão também confirmadas por outras empreiteiras e Aécio será denunciado pelo procurador-geral Rodrigo Janot por corrupção passiva, entre outros crimes.

É um triste fim para um personagem que teve 48,5% dos votos nas eleições presidenciais de 2014 e queimou todo seu capital político ao liderar uma articulação golpista que já desempregou 5 milhões de brasileiros nos últimos dois anos.

Com Aécio fora do páreo, o governador paulista Geraldo Alckmin se fortalece na disputa tucana, mas ninguém sabe ainda a extensão das acusações contra o Santo (Alckmin), que também aparece nas planilhas da Odebrecht.

Leia a seguir:

O sonho do senador Aécio Neves (PSDB-MG) de um dia ocupar a presidência da República acabou na quinta-feira 2 de fevereiro, com a confirmação, feita por dois delatores da Odebrecht de que ele liderou um gigantesco esquema de corrupção em Minas Gerais na construção da maior obra do estado: a Cidade Administrativa.

A obra consumiu R$ 2,1 bilhões.

As acusações são gravíssimas. Segundo o ex-presidente da Odebrecht, Benedicto Júnior, foi o próprio Aécio quem determinou às empreiteiras que procurassem Oswaldo Borges da Costa, seu tesoureiro informal, para acertar o pagamento das propinas de 3% nos contratos – o que chegaria a R$ 63 milhões.

Os pagamentos teriam sido operacionalizados por Sérgio Neves, ex-superintendente da Odebrecht em Minas Gerais.

São acusações tão consistentes que outras empreiteiras que haviam protegido Aécio em seus depoimentos iniciais, como a Andrade Gutierrez e a Camargo Corrêa, foram chamadas a fazer o recall de suas delações. Só Otávio Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez, teve de voltar mais de nove vezes à Procuradoria-geral da República para não perder o benefício de sua delação.

O passo seguinte virá da Procuradoria-geral da República.

Nos próximos dias, Rodrigo Janot denunciará Aécio, que é também presidente nacional do PSDB, por corrupção ao Supremo Tribunal Federal e será praticamente impossível arquivar o caso.

Com isso, Aécio, que teve 48,5% dos votos em 2014, mas queimou seu capital político ao se aliar a Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para promover um golpe contra a democracia brasileira que já desempregou 5 milhões de brasileiros apenas nos últimos dois anos, está fora da disputa presidencial de 2018.

Com Aécio fora do páreo, o governador paulista Geraldo Alckmin se fortalece na disputa tucana, mas ninguém sabe ainda a extensão das acusações contra o Santo, que também aparece nas planilhas da Odebrecht.


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