O NOVO MORALISTA SEM MORAL
A confirmação de que o senador Aécio
Neves (PSDB-MG) comandou um esquema de propinas em Minas Gerais na maior obra
do estado, a construção da Cidade Administrativa, feita por dois delatores da
Odebrecht, Benedicto Júnior e Sergio Neves, mexe no tabuleiro da sucessão
presidencial.
Nos próximos dias, as acusações serão
também confirmadas por outras empreiteiras e Aécio será denunciado pelo
procurador-geral Rodrigo Janot por corrupção passiva, entre outros crimes.
É um triste fim para um personagem que
teve 48,5% dos votos nas eleições presidenciais de 2014 e queimou todo seu
capital político ao liderar uma articulação golpista que já desempregou 5
milhões de brasileiros nos últimos dois anos.
Com Aécio fora do páreo, o governador
paulista Geraldo Alckmin se fortalece na disputa tucana, mas ninguém sabe ainda
a extensão das acusações contra o Santo (Alckmin), que também aparece nas
planilhas da Odebrecht.
Leia
a seguir:
O sonho do senador Aécio Neves (PSDB-MG)
de um dia ocupar a presidência da República acabou na quinta-feira 2 de
fevereiro, com a confirmação, feita por dois delatores da Odebrecht de que ele
liderou um gigantesco esquema de corrupção em Minas Gerais na construção da
maior obra do estado: a Cidade Administrativa.
A obra consumiu R$ 2,1 bilhões.
As acusações são gravíssimas. Segundo o
ex-presidente da Odebrecht, Benedicto Júnior, foi o próprio Aécio quem
determinou às empreiteiras que procurassem Oswaldo Borges da Costa, seu
tesoureiro informal, para acertar o pagamento das propinas de 3% nos contratos
– o que chegaria a R$ 63 milhões.
Os pagamentos teriam sido
operacionalizados por Sérgio Neves, ex-superintendente da Odebrecht em Minas
Gerais.
São acusações tão consistentes que
outras empreiteiras que haviam protegido Aécio em seus depoimentos iniciais,
como a Andrade Gutierrez e a Camargo Corrêa, foram chamadas a fazer o recall de
suas delações. Só Otávio Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez, teve de
voltar mais de nove vezes à Procuradoria-geral da República para não perder o
benefício de sua delação.
O passo seguinte virá da Procuradoria-geral
da República.
Nos próximos dias, Rodrigo Janot
denunciará Aécio, que é também presidente nacional do PSDB, por corrupção ao
Supremo Tribunal Federal e será praticamente impossível arquivar o caso.
Com isso, Aécio, que teve 48,5% dos
votos em 2014, mas queimou seu capital político ao se aliar a Eduardo Cunha
(PMDB-RJ) para promover um golpe contra a democracia brasileira que já
desempregou 5 milhões de brasileiros apenas nos últimos dois anos, está fora da
disputa presidencial de 2018.
Com Aécio fora do páreo, o governador
paulista Geraldo Alckmin se fortalece na disputa tucana, mas ninguém sabe ainda
a extensão das acusações contra o Santo, que também aparece nas planilhas da
Odebrecht.
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