A lição da garotada
Uma multidão de meninos e meninas se posta à frente do Colégio Militar do Rio de Janeiro, que passa a vergonha de passar o seu 130° aniversário na presença de quem despreza a educação de qualidade que aquela escola dá.
É coisa de apertar o peito de quem, quase meio século atrás, fez o mesmo que estes guris para defender a escola pública a quem deve tudo o que é.
Não é hora de dar de “sabido” e falar em índices, em custeio, em orçamentos.
É só de seguir o coração para saber onde está a verdade, a decência, a humanidade.
Podem falar o que quiserem deles, é só olhar em seus rostos e ver que são exatamente o que fomos.
Estão lá os meu colegas tardios da Escola Técnica Federal , os “cepê-doispaus” – como chamávamos os alunos do Pedro II – os dos Institutos Federais de Educação, coisa nova, recente, e necessária para o mundo do trabalho moderno.
Para recebê-los, só fileiras de soldados da Polícia do Exército.
Com a perseguição do olavista Abraham Weintraub, o dinheiro só dá para suas escolas funcionarem até agosto, setembro.
A cobertura fotográfica do G1 – veja aqui – é comovente.
É só o começo. A gente sente quando um movimento é espontâneo e vai se alastrar.
Pena que Bolsonaro é surdo, porque ele poderia se lembrar de uma musiquinha de propaganda da ditadura que tanto louva, que dizia que “ninguém segura a juventude do Brasil”.
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