247 - Membro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), onde é assessor do general Augusto Heleno, o ex-chefe das Forças Armadas Eduardo Villas Bôas publicou no Twitter uma mensagem contra o escritor Olavo de Carvalho, guru do presidente Jair Bolsonaro e que faz constantes ataques a militares, tendo como principais alvos o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e o ministro da Secretaria Geral, general Carlos Alberto dos Santos Cruz.
Segundo Vilas Bôas, Carvalho tem um "vazio existencial" e "derrama seus ataques aos militares e às FFAA demonstrando total falta de princípios básicos de educação, de respeito e de um mínimo de humildade e modéstia". "Verdadeiro trotski de direita, não compreende que substituindo uma ideologia pela outra não contribui para a elaboração de uma base de pensamento que promova soluções concretas para os problemas brasileiros", continua.
"Por outro lado, age no sentido de acentuar as divergências nacionais no momento em que a sociedade brasileira necessidade recuperar a coesão e estruturas um projeto para o País. A escolha dos militares como alvo é compreensível por sua impotência diante da solidez dessas instituições e a incapacidade de compreender os valores e os princípios que as sustentam", acrescenta.
Numa sucessão de 13 tweets entre a tarde de domingo e manhã desta segunda (6), abreu guerra contra Santos Cruz e afirmou que o general é "um merda". Também lançou a palavra de ordem para a demissão do general-ministro: "ninguém votou para ter um governo de generais tucanos".
As duras críticas de Villas Bôas e os tweets do escritor refletem falta de articulação dentro do governo Jair Bolsonaro. Carvalho já havia indicado, por exemplo, o ex-ministro da Educação, o colombiano Ricardo Vélez Rodríguez, e exerce influência na atual gestão, que enfrenta rachas entre a ala militar e a ala olavista – que na verdade é a dos filhos de Bolsonaro e do próprio presidente.
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