quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

5 RAZÕES PARA OS ESTADOS UNIDOS PERDEREM UMA GUERRA COM A RÚSSIA

5 razões para os Estados Unidos perderem uma guerra com a Rússia
Petras Malukas
Os estrategistas do exército dos EUA acreditam que nos próximos cinco anos pode ocorrer um confronto com um adversário "praticamente equivalente". Sobre "adversário" eles entendem a Rússia, que está desenvolvendo as suas Forças Armadas de forma muito ativa, escreve analista em um artigo para a revista Forbes.
O autor do artigo, diretor executivo do Instituto Lexington, Loren Thompson, preconiza que uma guerra hipotética com a Rússia será baseada no avanço muito rápido de tropas terrestres por todo um vasto espaço. A derrota em tal conflito mudará drasticamente o equilíbrio geopolítico na Europa e reduzirá a influência dos EUA, tornando-a mínima desde o início da Segunda Guerra Mundial.
De momento, a derrota é o resultado mais provável. Estes fatores levam o autor à ideia de que o exército norte-americano, provavelmente perderá uma "guerra na Europa". Loren Thompson formula cinco argumentos em favor da sua tese.
1.      Falhas dos líderes
A previsão decepcionante para a América do Norte está ligada a vários fatores: erros estratégicos dos presidentes anteriores George Bush e Barack Obama e a falta de financiamento das Forças Armadas. De acordo com o analista, o erro de Bush está relacionado com a retirada da Europa de duas brigadas pesadas americanas, e o erro de Obama é ter apostado na região Ásia-Pacífico, cuja consequência foi a redução da presença militar dos EUA no Velho Mundo.
2.      Falta de financiamento
Loren Thompson lamenta que o exército dos EUA não receba financiamento adequado, especialmente se compararmos o programa de modernização com o da Rússia. As Forças Armadas norte-americanas recebem anualmente do governo federal US$ 22 bilhões para compra de armas, enquanto a Rússia lançou um programa de rearmamento com um orçamento de US$ 700 bilhões, cuja maior parte irá para equipar as tropas terrestres e a aviação.
3.      Vantagem geográfica
A Rússia tem a vantagem geográfica. Os combates ocorrerão nos territórios do Leste da Europa, que estão mais longe dos principais pontos de desembarque do contingente americano na Europa. Além disso, esta parte do Velho Mundo é banhada por mares aos quais se pode ter acesso apenas através de estreitos que a Rússia poderá controlar facilmente. Além disso, o exército dos EUA não está lamentavelmente preparado para tal conflito, acrescenta Thompson. Na Europa, os EUA mantêm apenas duas brigadas permanentes, uma unidade ligeira de desembarque e um regimento equipado com Strykers blindados. Se não tiver reforços, a Rússia simplesmente desbaratará essas tropas, observa o colunista da Forbes. A geografia da região também pressupõe que a maior parte das forças navais e de outros meios dos EUA ficará impedida de entrar no teatro de operações. A Rússia tem bases militares na região de Kaliningrado, no Báltico, e em Sevastopol, no Mar Negro, o que torna perigosa a entrada da marinha americana nas áreas adjacentes. A Força Aérea dos EUA, por sua vez, pode ser excluída da zona de conflito com ajuda da defesa antiaérea russa.
4.      Há coisas em que EUA não podem competir
Recentemente, a Casa Branca tomou a decisão de colocar uma terceira brigada rotativa na Europa. Junto com isso, foi decidido enviar milhares de soldados para a Polônia e para cada um dos países Bálticos. No entanto, isso não os livrará de todos os problemas. Após 15 anos de luta contra adversários como o Talibã, o exército dos EUA ainda é vulnerável. Isso se verifica nos meios de defesa antiaérea, guerra eletrônica, armas de alta precisão e proteção insuficiente dos equipamentos. Nestes aspetos o exército dos EUA não pode competir com as forças russas, conclui Thompson.
5.      Aliados de pouca confiança
Outra circunstância que pode piorar a posição do exército americano em um hipotético conflito com a Rússia são os aliados hesitantes da OTAN, se destaca no artigo. As tropas da OTAN têm superioridade de número sobre a Rússia. No entanto, ainda não está claro se os parceiros da aliança alinharão em um conflito no território dos países Bálticos ou na Ucrânia, que a propósito não integra a aliança. A maioria das pesquisas de opinião pública mostra a falta de vontade dos europeus ocidentais de defender seus vizinhos do Leste. As posições da aliança também se debilitarão se Washington escolher táticas defensivas e desistir de atacar as bases militares ou unidades no território da Rússia. Iniciar uma ofensiva será difícil, tal conflito pode levar à utilização de armas nucleares por Moscou e nenhuma das capitais europeias está disposta a atrair um ataque nuclear sobre si, conclui o especialista.

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