quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Sob protestos da Venezuela, Argentina assume presidência rotativa do Mercosul Vergonha: o Brasil nessa patifaria


Sob protestos da Venezuela, Argentina assume presidência rotativa do Mercosul


Decisão foi tomada em reunião sem presença da Venezuela, suspensa do bloco; chanceler venezuelana diz que país manterá presidência
A Argentina assumiu a presidência rotativa do Mercosul nesta quarta-feira (14/12), em reunião do bloco em Buenos Aires da qual a Venezuela não participou, segundo informou a ministra de Relações Exteriores da Argentina, Susana Malcorra.
“Assumimos a presidência Pró-tempore”, declarou Malcorra em entrevista coletiva no Palácio San Martín, na capital argentina, após reunião com os ministros do Paraguai, Eladio Loizaga, do Brasil, José Serra, e do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa.
A ministra de Relações Exteriores da Venezuela, Delcy Rodríguez, esteve em Buenos Aires, não pôde participar da reunião. Acompanhada pelo chanceler boliviano David Choquehuanca e por movimentos sociais em Buenos Aires, a chanceler criticou a posição dos demais países e exigiu “respeito ao direito legítimo” da Venezuela como “membro pleno do Mercosul”.
“Se fecham as portas, entraremos por uma janela”, afirmou Rodríguez, que ainda disse que a Venezuela não precisa ser convidada para a reunião, em referência às declarações do chanceler do Paraguai, Eladio Loizaga, que disse a jornalistas em Assunção que nem a ministra, nem o governo venezuelano estavam convidados.
Agência Efe

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Rodríguez ainda disse que a Venezuela “mantém a presidência do Mercosul” e criticou os ministros dos países do bloco de se negarem ao diálogo com Venezuela e Bolívia, que se encontra atualmente em  processo de adesão ao Mercosul.
O coordenador nacional da Venezuela no Mercosul, Héctor Constant, também denunciou a proibição do país de participar das reuniões do bloco como um “golpe à institucionalidade”. Constant alegou que foi barrado duas vezes de reuniões com coordenadores nacionais do Grupo do Mercado Comum, em Buenos Aires.
No último dia 2 de dezembro, os países fundadores do Mercosul — Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai — decidiram suspender a Venezuela do bloco afirmando que o governo do presidente Nicolás Maduro supostamente descumpriu o protocolo de adesão.
A Venezuela, no entanto, rejeitou o anúncio, afirmando que a decisão era ilegal e que continuaria exercendo a Presidência pró-tempore do Mercosul.

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