Comunicado sobre denúncia da
Lava-Jato contra Lula
Depois de mais de 20 depoimentos de
testemunhas arroladas pelo próprio Ministério Público enterrarem a farsa de que
Lula seria proprietário de um apartamento tríplex no Guarujá, com as
testemunhas comprovando que a família do ex-presidente jamais teve as chaves ou
usou o apartamento, sendo apenas "potenciais compradores" do imóvel,
os procuradores do Ministério Público do Paraná, chefiados por Deltan
Dallagnol, tinham que inventar uma nova história na sua busca obsessiva de
tentar retratar o ex-presidente como responsável pelos desvios na Petrobras.
Após um apartamento que nunca foi de
Lula no Guarujá, entra a acusação de um apartamento que também não é de Lula,
pelo qual sua família paga aluguel pelo uso, e um terreno que não é, nem nunca
foi, do Instituto Lula, onde aliás o atual proprietário hoje constrói uma
revendedora de automóveis.
Em release, a Lava-Jato admite que a
denúncia seria uma "reafirmação" da Operação, uma vingança contra a
atuação dos advogados de Lula, descrita como "abuso do direito de defesa"
e iniciativas legislativas no Congresso com as quais o ex-presidente não tem
qualquer relação, não sendo nem deputado, nem senador. Os procuradores da
República revelam que são contra a punição do abuso de autoridade e até mesmo
do exercício do direito de defesa. Usam de suas atribuições legais como forma
de vingança contra aqueles que se insurgem contra ilegalidades praticadas na
Operação Lava-Jato.
A denúncia repete maluquices da coletiva
do Power Point; atropela a competência do Supremo Tribunal Federal e da
Procuradoria-Geral da República ao fazer conclusões precipitadas sobre
inquérito inconcluso na PGR; quer reescrever a história do País para dizer que
todos os males seriam culpa de Lula; tenta atribuir responsabilidade penal
objetiva, coisa completamente fora do Código Penal Brasileiro; contradiz
depoimento como testemunhas (com a obrigação de dizer a verdade) de delatores
ouvidos pela própria Lava-Jato como Paulo Roberto da Costa, Nestor Cerveró e
Pedro Barusco, que disseram em depoimentos ao juiz Sérgio Moro jamais terem
tratado ou tido conhecimento de qualquer irregularidade ou desvio envolvendo o
ex-presidente Lula. Usam delações não homologadas e rejeitadas pelo Supremo
Tribunal Federal, como a do deputado Pedro Paulo Corrêa, em um festival de
ilegalidades, arbitrariedades e inconformismo diante da realidade: mesmo com
uma devassa completa na vida de Lula, não encontraram nenhum desvio de conduta
do ex-presidente.
Os procuradores da Lava-Jato não se
conformam com o fato de Lula ter sido presidente da República. Para a Lava-Jato,
esse é o crime de Lula: ter sido presidente duas vezes. Temem que em 2018 Lula
reincida nessa ousadia.
Instituto
Lula 15/12/2016
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