terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares

20% 




O “direito” a serviço da direita (2)!
“O ‘fascismo’ podia vencer na guerra; não podia vencer na paz. O ‘fascismo’ não é um partido; é um exército. É um exército contrarrevolucionário (...). O ‘fascismo’ é, por conseguinte, um instrumento de guerra. Sua ação não pode ser senão violenta. (...) O ‘fascismo’ não constitui, portanto, um conglomerado homogêneo. Em suas fileiras há elementos de filiação e origem claramente reacionárias e conservadoras” (José Carlos Mariátegui – “As origens do fascismo”
A violência que se abateu contra o progresso social no país, a maneira como nossa imprensa tratou o golpe desde sua gestação até o momento atual, demonstra que o fascismo como descrito por Mariátegui é uma realidade em nosso país. Eles não podem vencer em tempos de paz e seguirão atacando sempre, seguirão com a violência a cada dia. Uma violência que não é só a ação que temos visto, cotidianamente, das polícias contra os movimentos sociais. Mas é também a violência diária que temos visto contra a Constituição Federal, contra a CLT e os direitos dos trabalhadores, contra as organizações representativas de nossa sociedade.
Imagens chocantes como as que temos visto a cada momento, na Internet, de policiais militares espancando estudantes, trabalhadores, homens e mulheres indiscriminadamente, avançando contra movimentos organizados como o MST ou o MTST e muito mais contrastam com as notícias diárias dos avanços golpistas contra os direitos dos trabalhadores e do povo.
E tudo acontece diante de um “judiciário” calado, omisso ou, pior ainda, cúmplice nessa orgia neoliberal que avança como uma coluna de tanques alemães durante a Guerra, destruindo tudo, arrasando a terra.
Do que sabemos, toda a legislação privada comum de Portugal, à época do descobrimento e da colonização brasileira, era feita através das chamadas “ordenações”, coletâneas de normas jurídicas que emanavam da autoridade real. Assim, tivemos as Ordenações Afonsinas, as Ordenações Manuelinas ou as Ordenações Filipinas (de Felipe III, da Espanha). Basicamente, no Brasil as Ordenações Manuelinas serviram de base para as Instituições Jurídicas da Colônia.
A magistratura em nosso país era totalmente composta por “juízes” formados em Portugal e para cá enviados para garantir “a normalidade jurídica na Colônia”. Curiosamente, além desses juízes terem origem social bem determinada, entre os setores nobres de Portugal, havia a condição indispensável de ser formado pela Universidade de Coimbra, preferentemente em Direito Civil ou Canônico, o que demonstra a ideologia do sistema jurídico que chega em “terras brasilis”.
Apenas com a vinda da família real, no começo do século XIX, tem início uma nova visão do direito brasileiro. Mas, ainda assim, o totalitarismo se impunha. Dom João VI não fez mais do que decretar uma série de leis que adaptassem as “ordenações” portuguesas às necessidades sociais, políticas e econômicas da colônia.
A chamada “independência” não alterou muito o quadro jurídico no país. O ideal liberal, o patrimonialismo e a defesa da propriedade eram dominantes. Uma burocracia que ia se desenvolvendo no país e centralizando cada vez mais as decisões, marcada pela necessidade de atender aos proprietários de terra e manter o clientelismo. Alguma diferença com o Brasil atual?
Em 1827, na cidade de Olinda, foi então criado o primeiro curso jurídico em nosso país. Curiosamente, recebeu o nome de “Ciências Jurídicas e Sociais”, em clara demonstração de que teria como finalidade manter a estrutura social da propriedade e a separação na sociedade.
Nosso judiciário atual não é mais do que um prolongamento das “ordenações” impostas na Colônia. O recente golpe de Estado, com atuação decisiva dos “excelentíssimos juízes e ministros das cortes de Justiça” (em substituição aos militares, tradicionais agentes de golpes em terras da América Latina) envergonha qualquer noção de direito em seu sentido filosófico.
O golpe mudou o modelo de Estado no Brasil e o nosso “direito” se colocou integralmente a serviço desse novo Estado neoliberal. E isso nos traz à lembrança a crítica feita por Marx quando o direito passa a servir ao Estado e não às pessoas. “Significa isto que o Estado político não pode existir sem a base natural da família e a base artificial da sociedade civil; ambas constituem a sua condittio sine qua non(...)”. E o próprio Marx mostra como o “direito” inverte essa realidade ao dizer que “(...) mas esta condição é formulada como sendo o condicionado, o determinante como sendo o determinado, o produtor como sendo o produto do seu produto”. (K. Marx – “Crítica da Filosofia do Direito de Hegel”) (Voltaremos ao tema)
Quem trabalha, quem paga impostos e quem fica rico? Sabem aquela “balela” que contam sobre trabalhar duro, ser honesto a vida inteira e cumprir com seus compromissos ditados pelo Estado para ficar rico e viver bem na velhice? Pois é. Esquece! Não passa de uma grande “balela”...
Na quinta-feira (15), em uma coletiva com a imprensa, o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) divulgou um estudo intitulado “Perfil da Desigualdade e da Injustiça Tributária”. A nota técnica revela, por meio de dados da Receita Federal consolidados entre 2007 e 2013, que o Brasil possui um dos sistemas tributários mais injustos do mundo, no qual pobres pagam mais do que ricos. “Os dados são fartos para revelar uma casta de privilegiados no país, com elevados rendimentos e riquezas que não são tributados adequadamente”.
Para surpresa de alguns (não nos incluímos aqui), a pesquisa conseguiu levantar um panorama geral sobre gênero e raça. “Há indícios de que, para além do fato de que a regressividade dos tributos atinja mais fortemente as mulheres e os negros, o principal imposto direto do país, o Imposto de Renda, também não modifica a desigualdade de gênero e raça pela via tributária”. E a maior desigualdade está concentrada na ausência efetiva de tributação sobre patrimônio. “É escandalosa a concentração de riqueza do Brasil. Os dados revelam a gravidade da questão a ser enfrentada, pois do montante de R$ 5,8 trilhões de patrimônio informado ao Fisco, em 2013, 41,56% eram de propriedade de apenas 726.725 pessoas, com rendimentos acima de 40 salários mínimos”. Isso corresponde a 45% do PIB brasileiro e está nas mãos de apenas 0,36% da população.
Os dados divulgados pela Receita Federal confirmam a injustiça no sistema tributário brasileiro, conforme o Inesc havia alertado. Um dos mais graves é o fato de que a tributação sobre a renda no Brasil não alcança todos os rendimentos tributáveis de pessoas físicas. A legislação atual não submete à tabela progressiva do IR os rendimentos de capital e de outras rendas da economia, que são tributados com alíquotas inferiores à do Imposto de Renda incidente sobre a renda do trabalho. Em destaque, a não existência do Imposto de Renda Retido na Fonte sobre os lucros e dividendos, além do instituto legal (mas excêntrico) dos “juros sobre capital próprio”, o que permite uma redução da base tributária do IR e da CSLL. Esses rendimentos são tributados a 15% de forma exclusiva, não necessitando o beneficiário de fazer qualquer ajuste na Declaração Anual do IR.
Mas o IBGE nos traz dados mais significativos que podemos analisar com o documento do Inesc. Informações recolhidas através da pesquisa Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios 2014 realçam a concentração de renda e também populacional existente no país. Divulgado um dia antes, na quarta-feira (14) pelo IBGE, o levantamento revela que apenas sete municípios responderam por todos os bens e riquezas produzidos no Brasil naquele ano e que esses municípios concentravam 14,3% da população.
Em 2014, os sete dos 5.570 municípios existentes concentradores das riquezas geradas movimentaram 25% dos R$ 4,97 trilhões correspondentes ao valor adicional bruto (VABs), que significava um crescimento nominal de 9,2% em relação ao valor adicional de 2013 – ou seja, da produção dos setores da indústria, serviços e agropecuária.
Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios 2014 indicam, ainda, que entre os sete municípios que concentravam 25% de toda a geração de renda do país em 2014, todos eram grandes capitais e tradicionalmente identificadas como concentradores da atividade de serviços – intermediação financeira, comércio e administração pública, exceto Manaus, cuja economia tinha equilíbrio entre as atividades de indústria (indústrias de transformação) e de serviços.
Outra constatação importante da publicação do IBGE é a de que a indústria ainda é bastante concentrada no Brasil, especialmente em São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Segundo o instituto, 15 municípios concentravam cerca de 25% do Valor Adicionado Bruto do setor e 17,5% da população brasileira.
A concentração chega a tal ponto que 3.012 municípios respondiam em 2014 por 1% do Valor Agregado do Setor, com o município de São Paulo permanecendo como o maior polo industrial do país e chegando a responder por 5,6% do Valor Agregado da Atividade. Ainda assim, o município vem perdendo participação desde 2010, quando o percentual era de 6,4%.
Desemprego está pior que em outras crises. Os pesquisadores Bruno Ottoni Eloy Vaz e Tiago Cabral Barreira, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), realizaram um estudo comparativo sobre o desemprego em situações de recessão anteriores, que mostra como a atual crise econômica está destruindo mais postos de trabalho no País desde setembro de 1992.
Segundo o estudo, com base em série mais longa da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) - Contínua, os picos da desocupação em outras crises foram menores: de 10,9% entre 1998 e 2000, 10,8% de 2002 a 2004, e 9,7% no ano de 2009. Já no trimestre terminado em outubro, alcançou 11,8%.
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) está atento a um possível retrocesso nas ações de combate à pobreza no Brasil diante da atual crise econômica, afirmou a representante do programa no país, Maristela Baioni.
“Tivemos redução (da pobreza), nos últimos anos, mas, com a crise de hoje, há o risco de a população voltar aos níveis de pobreza anteriores, de 2000 a 2010”, disse Maristela que participou nesta segunda-feira do seminário “Diálogos sobre Prosperidade: Parcerias para o Desenvolvimento Sustentável”, realizado na BM&F Bovespa, na capital paulista.
Segundo o Radar IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal), estudo do Pnud divulgado no mês passado, a proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 255, entre 2011 e 2014, diminuiu 9,3% por ano. No período de 2000 a 2010, o decréscimo anual foi de 3,9%.
Didier Trebucq, diretor do Pnud, defende que o Brasil aumente os esforços para a promoção do desenvolvimento humano, já que mais de 224 milhões de latinos correm o risco de voltar à pobreza, ou seja, 35% da população latina. “Precisamos de medidas que permitam reforçar a inclusão produtiva”, disse.
Enquanto isso... Segundo o relatório “Terrenos da desigualdade: terra, agricultura e desigualdade no Brasil rural”, publicado pela Oxfam, a desigualdade, a concentração de riquezas e a sonegação fiscal vai se espalhando pelo campo. Dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional mostram que 4.013 pessoas físicas e jurídicas detentoras de terra devem R$ 906 bilhões, uma dívida maior que o PIB de 26 estados. O montante é equivalente à metade do que todo o estado brasileiro arrecadou em 2015.
Cada um dos 4.013 devedores tem dívidas acima de R$ 50 milhões. Segundo dados do Incra, há um grupo ainda mais seleto de 729 proprietários que declararam possuir 4.057 imóveis rurais, somando uma dívida de R$ 200 bilhões. As terras pertencentes a esse grupo abrangem mais de 6,5 milhões de hectares, segundo informações cadastradas no Sistema Nacional de Cadastro Rural.
O Incra estima que com essas terras seria possível assentar 214.827 famílias – considerando o tamanho médio do lote de 30,58 ha/famílias assentadas. Em outras palavras, seria possível atender, com as terras dos maiores devedores do Estado brasileiro, o dobro das 120 mil famílias que estavam acampadas demandando reforma agrária em 2015.
Em vez de cobrar os débitos, porém, o governo Temer editou em junho a Medida Provisória nº 733, concedendo mais privilégios ao setor. Segundo o relatório da Oxam, a MP permite que produtores rurais inscritos em Dívida Ativa da União e com débitos originários das operações de securitização e Programa Especial de Saneamento de Ativos liquidem o saldo devedor com bônus entre 60% a 95%. Por exemplo, dívidas acima de R$ 1 milhão devem ter descontos de 65%. (Ligada à Universidade de Oxford, a Oxfam está presente em 94 países).
O modelo capitalista fracassou, diz Evo. O presidente da Bolívia, Evo Morales, considera que o modelo capitalista fracassou e faz profundas críticas às políticas de dominação, intervenção e saque em vários países. “Sinto que o sistema capitalista já não tem um plano e que o império fracassou”, disse ele em um encontro com embaixadores bolivianos. E disse que as nações capitalistas tentaram fazer crer que o neoliberalismo, os tratados de livre comércio e a globalização eram a solução para a humanidade. “Venderam essa ideia no mundo inteiro, mas o resultado é que a riqueza continua se concentrando em poucas mãos e a pobreza continua crescendo, junto com a crise financeira e ambiental”.
Evo fez duras críticas ao governo estadunidense pelas intervenções no Oriente Médio para controlar os recursos naturais da região, o que causou uma grande desestabilização. “Enquanto existir o sistema capitalista, o imperialismo, a intromissão estrangeira continuará”, disse ele.
Mais um líder social assassinado na Colômbia. Guillermo Veldaño, membro do movimento Marcha Patriótica da Colômbia, foi assassinado na segunda-feira (12) no município de Puerto Asís, departamento de Putumayo.
Guillermo Veldaño era presidente da Junta de Ação Comunitária e foi morto com seis tiros na cabeça por dois bandidos que estavam em uma motocicleta.
Até 30 de novembro passado os dados falavam de 87 lideranças sociais e defensores de direitos humanos mortos no país.
Argentinos estão economizando gás e luz! O corte nos subsídios para gás e energia elétrica na Argentina está obrigando à uma redução no consumo desses serviços. Segundo dados oficiais, entre julho e setembro o consumo de gás sofreu uma redução de 3,1% nas residências.
Segundo notícias dos jornais argentinos, a meta do governo Macri é eliminar completamente os subsídios.
Fascismo na Argentina. A ministra de Relações Exteriores da Venezuela, Delcy Rodríguez, denunciou em Buenos Aires ter sido agredida pela polícia argentina e por um funcionário no interior do prédio da Chancelaria argentina onde deveria participar de um encontro de chanceleres do Mercosul.
Segundo ela, os representantes do Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai estavam reunidos e um funcionário argentino a agarrou pelos braços e a sacudiu, para que se retirasse. “Em nenhuma parte do mundo, nunca, se havia recebido um chanceler com tropa antimotins. Nunca vimos uma agressão a um chanceler e sua delegação oficial”, disse ela em uma entrevista, mostrando o braço com ataduras.
Na entrevista ela disse que “aqui, na Argentina, foi decretada a morte da ALCA e agora pretendem revivê-la”. Ela se referia ao encontro de Lula, Chávez e Nestor Kirchner quando os três países acabaram com o sonho estadunidense de criar uma Área de Livre Comércio na região para dominar a economia local.
Protesto da Venezuela. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, enviou uma carta de protesto ao governo argentino na noite de quarta-feira (14) após a chanceler do país, Delcy Rodríguez, afirmar ter sido agredida por seguranças argentinos ao tentar entrar no Ministério das Relações Exteriores e Culto em Buenos Aires, para participar de uma reunião do Mercosul.
“[Rodríguez] Foi jogada no chão às portas da Chancelaria [argentina] e ao entrar foi agredida pelos chefes de segurança do edifício. Emitimos um protesto enérgico e total à covardia do governo argentino contra esta digna jovem mulher que representa a voz do povo de Simón Bolívar”, disse Maduro.
O mandatário afirmou ter sido um episódio “nunca antes visto” e que a “direita intolerante” passou a recorrer novamente à violência. “Em vez de buscar que o Mercosul se fortaleça como o Mercosul social dos povos, que já havíamos conseguido, impuseram um plano retrógrado de destruição e divisão do Mercosul”, disse ele.
Representantes das FARC-EP no Congresso já foram indicados. As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (FARC-EP) já indicaram os seus seis delegados que representarão o movimento no Congresso da Colômbia e debaterão os projetos de Lei para implementar o acordo de paz.
No Senado estarão atuando Jairo Estrada Álvarez, Pablo Cruz e Judith Maldonado; na Câmara estarão Francisco Tolosa, Jairo Rivera e Imelda Daza. Todos terão direito a voz, nas casas legislativas, mas não terão direito a votar. Os debates estão previstos para ter início na próxima semana e um dos primeiros temas a ser debatido será a Lei da Anistia que foi apresentada pelo Governo.
Viúva de Pinochet na Justiça! A viúva do ditador chileno Augusto Pinochet, Lucía Hiriart, prestou depoimento durante duas horas na Justiça chilena na quarta-feira (14). Ela é presidenta vitalícia da fundação Centro de Mães do Chile (Cema-Chile), uma entidade criada durante a ditadura de seu marido.
Hiriart, com 94 anos, responde por crime de corrupção e foi inquirida pelo juiz Guillermo de la Barra que investiga a apropriação de bens do Estado e malversação dos fundos do Cema-Chile.
Segundo o Ministério de Bens Nacionais, a entidade presidida por ela recebeu, durante o período da ditadura militar (1973-1990) cerca de 135 imóveis de forma gratuita, além de terrenos de propriedade do Estado que foram vendidos por Hiriart multiplicando sua fortuna. Alguns imóveis já foram recuperados pelo Ministério, mas calcula-se que a venda dos terrenos tenha rendido somas milionárias.
Lagarde se defende na Justiça francesa. A toda poderosa diretora geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, prestou depoimento na Justiça francesa na sexta-feira (16). Visivelmente emocionada, ela alegou que “atuou de boa fé” e que atuou “pelo bem da França” ao liberar uma indenização milionária para um magnata francês.
ENTENDA O CASO. Em 2007, quando era ministra da Economia de Nicolas Sarkozy, Lagarde validou a decisão de recorrer à uma arbitragem privada para resolver uma pendência financeira entre o empresário e ex-ministro Bernard Tapie e o banco público francês, Crédit Lyonnais. Mas, um ano depois e sem qualquer justificativa ela renunciou a apelar da sentença e Tapie recebeu 400 milhões de euros de indenizações, incluindo 45 milhões de euros por danos morais.
Em seu depoimento, Lagarde disse que “Neste caso, como em todos os demais, atuei de acordo com a verdade e com o conhecimento dos fatos. Minha única intenção foi defender o interesse geral”. E concluiu dizendo que “o risco de fraude não me passou pela cabeça”! Ah! Então tá, então.
Queimando fotografias do rei. Um grande movimento da esquerda independentista catalã está promovendo a queima de fotografias do rei Felipe VI em grandes concentrações através da província da Catalunha. O movimento é uma resposta à prisão de três pessoas acusadas de queimar a foto do rei em outro protesto.
O centro dos protestos concentra-se na praça d’Orfila de Barcelona, no bairro de Sant Andreu onde centenas de pessoas se reuniram na segunda-feira (12) e queimaram fotografias diante da sede da Prefeitura local. A polícia está fazendo buscas e alguns dos manifestantes estão sendo procurados.
Os protestos se estenderam por várias cidades catalãs como Sabadell, Tarragona, Cornellà, Girona e Vic. Em algumas delas os manifestantes voltaram a queimar fotografias do rei.
Só para lembrar. Como já comentamos em números passados do Informativo, a Espanha aprovou uma Lei pela qual é crime falar mal da família real ou qualquer outro ato que agrida a imagem do rei Felipe VI.
Mulher é julgada por ofender a rainha. A Audiência Nacional espanhola está julgando uma mulher por ter insultado a rainha Letizia na Internet, diz a agência EFE. María Patricia chamou a rainha de “prostituta” e disse que sua filha, Leonor, é uma menina de do bairro de Moratalaz, em Madri.
A Justiça quer multar a mulher em 7.200 euros por injúrias contra a Coroa. Ela teria divulgado várias mensagens nas redes sociais insultando a rainha e também o rei Felipe VI. Em suas mensagens, afirma que a rainha Letizia está dando um golpe e que a “princesa Leonor” não existe e é substituída, quando necessário, por outra menina anônima que vive em Madri.
Alepo: mais uma grande derrota dos EUA. A tomada de Alepo pelo Exército sírio simboliza uma grande derrota dos terroristas que há quatro anos agem no país. Porém, mais do que isto, significa um duro golpe contra os EUA e seus aliados. Não só por terem armado e treinado os terroristas para derrubarem o governo de Assad, mas principalmente porque, nos últimos meses, fizeram de tudo para impedir o avanço das tropas sírias em direção à cidade tomada pelos terroristas.
Examinando os fatos mais recentes, os analistas concluíram que Washington tentou atrasar, de todas as formas, a retomada de Alepo. As críticas estadunidenses ao apoio dado pela Rússia ao governo sírio e à ação da Força Aérea russa que atacou as bases dos falsos “insurgentes” sírios foi uma constante nos últimos meses. Inclusive com apoio da grande imprensa internacional e também da nossa imprensa vendida que divulgava falsas notícias sobre Alepo e diziam que os russos estavam bombardeando a população civil. Mas tudo isto tinha uma finalidade: Washington acreditava que poderia “ganhar tempo” para os terroristas se rearmarem e se reorganizarem.
A ação decidida do Exército sírio foi fundamental para a grande vitória contra o terror e para, mais uma vez, mostrar a farsa que é o governo de Washington que acredita poder mandar e desmandar no planeta.
EUA: um secretariado de 9 bilhões de dólares! Os 17 primeiros nomes divulgados por Donald Trump para compor o seu Gabinete acumulam uma fortuna avaliada em 9,5 bilhões de dólares. Trata-se do Gabinete mais caro da história dos EUA.
Segundo jornais e revistas estadunidenses, os 17 membros da Administração Trump acumulam mais dinheiro do que um terço dos 126 milhões de estadunidenses juntos. Apenas quatro dos “escolhidos” por Trump (DeVos - Educação, Ross Jr. - Comércio, McMahon – Pequenas Empresas e Tillerson – Secretário de Estado) têm uma fortuna igual da de 120.000 lares de renda média nos EUA!
Um executivo de petroleira é o novo secretário de Estado dos EUA. O principal executivo da companhia petrolífera americana ExxonMobil, Rex Tillerson, foi escolhido por Donald Trump para se tornar o próximo secretário de Estado, de acordo com comunicado divulgado na terça-feira (13).
Nascido em 23 de março de 1952, no Texas, Tillerson foi indicado para substituir John Kerry, que é o secretado de Estado de Obama. Tillerson é CEO da multinacional de petróleo e gás desde 1 de janeiro de 2006.
Em 2013, ele recebeu a medalha da "Ordem de Amizade" da Rússia e é conhecido por suas boas relações com Putin, um adversário declarado dos EUA em política externa. Há quatro anos, assinou um acordo com Moscou para a perfuração petrolífera no Ártico avaliado em mais de US$ 300 milhões e o qual acabou sendo travado pelas sanções internacionais impostas à Rússia.
Tillerson também tem em seu currículo declarações contrárias sobre políticas contra aquecimento global. “O mundo vai ter que continuar usando combustíveis fósseis, gostem ou não”, disse o engenheiro civil.
CIA prepara golpe contra Trump? O boato corre em algumas editorias de jornais estadunidenses. A imprensa internacional não deixa um único minuto de falar de um possível “ataque cibernético” comandado pela Rússia e que teria dado a vitória a Trump. Mais uma vez, tudo bem orquestrado a partir dos centros da “inteligência” de Washington.
Do que sabemos, com certeza, é que a versão de que a Rússia teria apoiado a candidatura de Trump foi criada nos escritórios de campanha de Hillary Clinton e deveriam servir para assustar a classe média no país.
No dia 09 de dezembro passado, o jornal The Washington Post, um dos principais veículos da elite política estadunidense, publicou um artigo dizendo que há um estudo secreto da CIA afirmando que a Rússia não só havia conseguido intervir nas eleições presidenciais, mas também havia ajudado Trump a se eleger. E fala que hackers russos havia pirateado a correspondência de Hillary para facilitar a vitória de Trump.
Teremos desdobramentos disso?

Apesar das incertezas com o futuro traçado pelo governo golpista, nosso Informativo deseja a todos um Feliz Natal!

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