quinta-feira, 11 de maio de 2017

Mélenchon anuncia candidatura em eleições legislativas na França para combater Macron


Mélenchon anuncia candidatura em eleições legislativas na França para combater Macron


Líder da coalizão de esquerda França Insubmissa deve se candidatar pela cidade de Marselha, onde superou Marine Le Pen e Emmanuel Macron, presidente eleito, em primeiro turno presidencial
Jean-Luc Mélenchon, ex-candidato presidencial pela coalizão de esquerda França Insubmissa, anunciou nesta quarta-feira (10/05) que será candidato nas eleições legislativas de junho, com a intenção de "combater incansavelmente" o presidente eleito, o liberal Emmanuel Macron.
“A decisão está tomada. De fato, devo ser candidato”, declarou Mélenchon à imprensa francesa. O líder de esquerda teve 19,5% dos votos no primeiro turno das eleições presidenciais, em 23 de abril, e deve sair como candidato por algum distrito da cidade de Marselha, no sul da França. Lá, ele ficou em primeiro lugar no primeiro turno das eleições, com 24,82% dos votos contra 23,66% da ultradireitista Marine Le Pen e 20,44%, de Macron.
Ele afirmou que, com a França Insubmissa, "temos um programa e estamos dispostos a governar". A coalizão de esquerda não apresentará candidatos em cada uma das 577 circunscrições do país, mas buscará a maior representação possível no Parlamento, disse Mélenchon, que instou o eleitorado a votar em nomes de seu partido para evitar que Macron tenha “plenos poderes”.
Agência Efe

Jean-Luc Mélenchon, candidato da coalizão de esquerda "França Insubmissa", durante marcha em apoio à sua candidatura presidencial em Paris no dia 18 de março

Mélenchon: 'com abstenção e votos brancos, nulos e em Macron, França rejeitou extrema-direita'

França confirma para domingo posse de Macron, que irá a Berlim na primeira viagem oficial

'Uberizar' o país e mudar leis trabalhistas: quem é (e o que defende) Emmanuel Macron, novo presidente da França?

 
O líder de esquerda criticou o presidente eleito pela imagem "monárquica que quis dar" ao celebrar sua vitória no domingo (07/05) na Esplanada do Louvre, antigo palácio real, e quanto ao programa do presidente eleito, considerou que "o melhor é que não seja colocado em prática".
Mélenchon disse que se o candidato socialista, Benoît Hamon (quinto colocado com 6,36% dos votos) deixar seu partido, poderá chegar um acordo com ele sem dificuldades. Mas Hamon "não quer deixar o Partido Socialista, quer ter o punho, a rosa, e, além disso, Mélenchon", ironizou o líder da França Insubmissa.
Na terça-feira (09/05), a coalizão de esquerda e o Partido Comunista francês divulgaram que não chegaram a um acordo nacional para as eleições legislativas, o que significa que cada legenda apresentará seus candidatos separadamente.

*Com Agência Efe

Nenhum comentário:

Postar um comentário