quinta-feira, 11 de maio de 2017

Venezuela prende suspeitos de integrar grupo armado ligado à oposição responsável por violência em protestos

Venezuela prende suspeitos de integrar grupo armado ligado à oposição responsável por violência em protestos


Governo, que classifica grupo como 'terrorista', diz que suposto líder é filiado ao partido Primeira Justiça, parte da coalizão opositora MUD; base aérea La Carlota e Guarda Nacional Bolivariana seriam alvo de ataques futuros, diz vice-presidente
Autoridades da Venezuela anunciaram nesta terça-feira (09/05) ter desarticulado um grupo armado que seria responsável por atos de violência no país em meio aos protestos da oposição ao governo de Nicolás Maduro, que deixaram 37 mortos nas últimas cinco semanas.
De acordo com as autoridades, os detidos seriam ligados ao partido Primeira Justiça, que é parte da coalizão opositora MUD (Mesa da Unidade Democrática) e cujos principais líderes são Enrique Capriles, governador de Miranda e duas vezes candidato presidencial derrotado pelo chavismo, e Julio Borges, deputado e atual presidente da Assembleia Nacional venezuelana.
A informação da prisão foi divulgada pelo vice-presidente da Venezuela, Tareck El Aissami, em uma conferência de imprensa. Segundo ele, Nixon Leal Toro é filiado ao partido opositor e seria o líder do grupo, classificado como terrorista pelo governo. Leal Toro foi condenado e cumpriu pena de prisão no Estado de Aragua por participar de atos violentos em meio à onda de protestos em 2014 denominada “La Salida”, que tentou forçar a destituição de Maduro e deixou 43 mortos.
Acompanhado do ministro das Relações Interiores, Justiça e Paz, Néstor Reverol, o vice-presidente apresentou áudios e vídeos que mostram como os grupos se preparavam para organizar atos de violência durante os protestos que têm ocorrido na Venezuela desde abril.
Um dos vídeos afirma que as autoridades detectaram a insurgência armada como "parte de um plano paralelo dos protestos pela oposição para derrubar o governo de Nicolás Maduro".
Reprodução / Twitter

O vice-presidente da Venezuela, Tareck El Aissami, e o mnistro das Relações Interiores, Justiça e Paz, Néstor Reverol, deram coletiva de imprensa sobre prisão de suspeitos nesta terça-feira

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Segundo El Aissami, além das prisões, a polícia apreendeu fuzis automáticos, granadas, munição, uniformes, artefatos explosivos, coquetéis molotov, bombas de gás lacrimogêneo e foguetes.
Além disso, o vice-presidente afirmou que o grupo recrutava jovens de diversos Estados do país, que eram trazidos para Caracas a fim de participar de treinamentos de insurreição urbana "e recebiam pagamento em bolívares ou em divisas, segundo a missão terrorista encomendada e segundo os resultados obtidos".
El Aissami disse que um dos próximos alvos era a base área Generalíssimo Francisco de Miranda, na capital venezuelana, que sofreu forte cerco nas últimas semanas.
"Uma das ações que estavam planejando para esta semana era atacar a base aérea Generalíssimo Francisco de Miranda, mais conhecida como aeroporto de La Carlota, para incendiar helicópteros e aeronaves militares, e assim gerar uma comoção internacional e tratar de impor a campanha de opinião de que há uma rebelião ou levantamento militar na Venezuela", disse o vice-presidente.
"Através das investigações, pudemos constatar que eles estavam integrados a grupos criminosos em Caracas para que, durante a noite, essas quadrilhas agissem sobre estabelecimentos comerciais, realizando assaltos, saques e promovendo violência", afirmou El Aissami, acrescentando que os detidos planejavam um ataque contra a Guarda Nacional Bolivariana (GNB).
Protestos contrários e favoráveis ao governo da Venezuela têm ocorrido quase todos os dias desde o fim de março no país. Atos violentos em manifestações da oposição deixaram 37 mortos e mais de 700 feridos nesse período.

*Com Agência Efe e AVN

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