FREI CHICO: LULA ESTÁ PERTO DE PROVAR SUA INOCÊNCIA
Irmão de Lula, o sindicalista José Ferreira da Silva, conhecido como 'Frei Chico', relata em entrevista à TV 247 os últimos meses do ex-presidente e assegura que ele provará sua inocência; "Quero dizer ao povo, acreditem em uma coisa: o Lula não roubou nada, ele não roubou e vai provar isso. A narrativa que fizeram de que ele roubou vão ter que provar", diz; assista
17 DE MARÇO DE 2019 ÀS 13:47 // INSCREVA-SE NA TV 247
247 - Irmão de Lula, o militante sindical José Ferreira da Silva, conhecido como 'Frei Chico' desde os tempos de militância contra o regime militar, relata os últimos meses do ex-presidente, preso político desde o dia 7 de abril de 2018, em Curitiba. Não bastasse o cárcere, Lula perdeu recentemente seu neto e seu irmão mais velho.
Ao analisar o processo arbitrário que sentenciou Lula a cumprir 12 anos de detenção, baseado apenas em delações premiadas, Frei Chico dispara, em entrevista à TV 247: "Quero dizer ao povo, acreditem em uma coisa: o Lula não roubou nada, ele não roubou e vai provar isso. A narrativa que fizeram de que ele roubou vão ter que provar. Eu não gostaria que isso acontecesse porque eu não quero ninguém preso, mas o importante é que as pessoas que não fizeram não devem pagar por uma coisa que não fizeram".
"Lamentavelmente o Lula é um cara muito importante para o Brasil e o preço que ele está pagando é esse", diz ainda Frei Chico. "Chamar ele de ladrão era o mais fácil que tinha, não dava para chamar ele de comunista, mas de ladrão dava. Inventaram o ladrão e agora não têm como provar. E é difícil eles voltarem atrás e a prova está no achismo, e a gente tem que desmanchar isso. Agora, como fazer eu não sei. Eu gostaria que vocês acreditassem nisso que eu estou falando para vocês, ele não roubou", salienta.
A morte do irmão
Genival Inácio da Silva, de 79 anos, conhecido como Vavá, irmão de Lula, morreu no dia 29 de janeiro, em São Paulo. Ele lutava contra um câncer de pulmão, mas não resistiu. Frei Chico relata a última vez em que o Lula esteve com o irmão:
"Foi na casa da minha irmã, ele estava bem, não tinha aparecido o câncer ainda. Lamentavelmente ele não conseguiu ver mais o Lula a partir dali, foi muito triste para nós. Quando o juiz liberou [a ida de Lula ao velório] ele liberou impondo umas condições tão ridículas: o corpo do defunto iria até Lula em um quartel qualquer que o exército ou a Polícia Federal decidisse. Era um absurdo. Foi decidido alguns minutos antes de o corpo ser enterrado, já tínhamos rezado a missa. Não tem cabimento, é uma perseguição estúpida, a história vai mostrar a inocência dele, é lamentável", relembra.
O neto Arthur
Arthur Araújo Lula da Silva, de 7 anos, neto de Lula, morreu no dia primeiro de março, vítima de meningite. Conforme conta Frei Chico, a morte "foi uma barra" para Lula, "porque era o neto que mais convivia com ele".
"Aquele menino era uma graça. Eles liberaram [a ida de Lula ao velório] mas liberaram com as condições assim: não podia ligar celular, não podia dar entrevista, não podia falar nada e não podia nem levantar o braço para dar tchau para o povo. É alguma decisão estúpida de algum juiz que parece que não vive nesse mundo", critica.
Bolsonaro
Ao analisar a ascensão da extrema-direita no País, ele revela que muita gente do seu meio "votou no Bolsonaro porque queria se livrar do PT e agora eles têm vergonha de dizer em quem votaram". "O projeto que esse governo está fazendo e sempre falou que ia fazer. Ele é favorável à tortura, falava que o povo era vagabundo, que precisa trabalhar mais e tal. Ele está fazendo as coisas que lamentavelmente só vão aparecer lentamente porque o desemprego não atingiu ainda os 20% da população, vai caminhar para isso", conclui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário