Após 7 anos de revindicações, MTST inaugura condomínio em Santo André
A ocupação começou em 2012 e, desde então, o movimento vinha reivindicando o direito de usufruir do espaço para a construção de casas
Com a presença de representantes do governo federal, estadual, municipal e do líder do movimento, Guilherme Boulos, as chaves foram entregues para as famílias que a partir de agora contam com a casa própria. Boulos explicou que o modelo dos apartamentos é um exemplo da organização feita pelo MTST que há décadas luta pelo direito à moradia.
“Isso mostra que o movimento social, quando tem participação das pessoas, faz mais rápido e melhor. As pessoas chamam os integrantes do MTST de vagabundos e baderneiros por puro preconceito Olha ai o resultado da luta: 910 famílias com seu direito à moradia garantido”, afirmou.
A ocupação começou em 2012 e, desde então, o movimento vinha reivindicando o direito de usufruir do espaço para a construção de casas. A Constituição, em seu art. 6º, garante a todos os brasileiros o direito à moradia. Quando o movimento identifica algum terreno sem função social, eles ocupam e começam a reivindicar ao Estado construção de moradia popular .
O programa Minha Casa Minha Vida tem sido o responsável pela construção desses espaços. Entretanto, Boulos conta que nos últimos tempos o governo federal tem suspendido novas aquisições. ” O caixa 1 do programa, que atende quem mais precisa – quem ganha até 3 salários mínimos – está praticamente paralisado. Então a batalha do movimento no próximo período é retomar a politica publica de habitação”, disse.
Além de militarem por moradia para as mais 20 milhões de famílias que não possuem moradia no Brasil, Boulos disse que vai lutar para barrar a reforma da previdência proposta pelo governo Jair Bolsonaro, que aumenta a idade mínima para trabalhadores se aposentarem e incentiva o uso da previdência privada.
“Lutar, além da nossa luta, por democracia, direitos sociais, contra a reforma da previdência, da luta que o movimento está fazendo no país por um futuro diferente”, conta Boulos.
Os nomes dos condomínios carregam uma história. Novo Pinheirinho é homenagem às famílias que foram despejadas em 2012, em Pinheirinho, São José dos Campos e Santos Dias ao metalúrgico assassinado durante a ditadura militar no país.
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