Reforma da Previdência de Bolsonaro prejudica professoras
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A reforma de Bolsonaro vai afetar a vida de todas as mulheres, mas ela é ainda mais prejudicial para as docentes. As regras para aposentadoria das professoras e professores atualmente possui condições especiais por conta do desgaste causado pela profissão. Não há idade mínima para se aposentar e o tempo de contribuição para receber o valor integral é menor do que as regras gerais da aposentadoria, sendo de 25 anos paramulheres.
A reforma de Bolsonaro estabelece a idade mínima de 60 anos, além de 30 anos de contribuição para ambos os gêneros se aposentarem. Para as mulheres serão cinco anos a mais de tempo de contribuição, além de terem que trabalhar até os 60 anos.
O valor da aposentadoria será o equivalente a 60% dos salários da contribuição, mais 2% por ano que exceder os 20 anos mínimos das regras gerais. Sendo assim, a professora ou professor ao se aposentar com 30 anos de contribuição receberá 70% do valor integral.
Regra geral para mulheres
De acordo com a proposta, as mulheres passariam a se aposentar com 62 anos no regime geral e não mais com 60, como atualmente. O tempo mínimo de contribuição também aumenta, vai de 15 para 20 anos, mas para receber a aposentadoria integral é preciso contribuir por 40 anos.
A regra atual diz que, por exemplo, uma mulher de 55 anos que tenha contribuído por 25, só precisaria trabalhar mais cinco anos para se aposentar por idade e receber o benefício integral, ou seja, se aposentaria aos 60 anos e teria contribuído com 30.
Com o texto de Bolsonaro, a idade mínima para mulheres se aposentarem sobe para 62 anos, então, essa mulher do exemplo acima teria que trabalhar mais sete anos (55+7=62), e mesmo trabalhando mais ela só atingiria 32 anos de contribuição (25+7=32), então não receberia o valor integral do benefício, que de acordo com a reforma de Bolsonaro, exige 40 anos de contribuição.
Da Redação da Secretaria Nacional de Mulheres do PT
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