Juiz acusa
Garotinho de tentativa de suborno
FERNANDO BRITO
É bom que o juiz Glaucenir Silva de
Oliveira, da 100ª Zona Eleitoral de Campos, tenha alguma evidência sólida sobre
a acusação que fez, hoje, de que Anthony Garotinho e o o filho Wladimir, teriam
, por duas vezes, tentado suborná-lo com ofertas de R$ 1,5 milhão e R$ 5
milhões para que pusesse fim a investigação de crimes eleitorais cometidos por
ambos.
É bom, porque estranhíssimo que tais
ofertas, feitas por intermediários, só tenham sido denunciadas pelo juiz depois que sua ordem de prisão
preventiva foi reformada – com uma devida “bronca” por ele assumir o papel de
“médico” e mandar retirar Garotinho do hospital em que se encontrava. Por que, de outra forma, alguém pode achar
que é uma “vingança” e estamos um pouco fartos de juízes “vingadores”, não é?
A primeira pergunta, óbvia, é que –
tendo à sua disposição a Polícia Federal – Sua Excelência não avisou para que
os “subornantes” fossem presos em flagrante, até mesmo no momento em que fossem
pagar ou solicitassem conta para depositar o dinheiro escuso. Ou para, ao
menos, colocar escutas no gabinete do juiz e levá-los a deixarem registradas as
ofertas de propina.
Diz O Globo que “as propostas de propina
foram feitas há cerca de um mês, e o juiz resolveu fazer a denúncia agora para
preservar as investigações e a operação”. Um mês! Tempo de sobra para armar uma
arapuca, não é?
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