quinta-feira, 24 de novembro de 2016

"JUIZ QUE RECEBE SUPERSALÁRIO É CORRUPTO" Kátia Abreu


Relatora da comissão que vai vasculhar contracheques que ultrapassem o teto legal de R$ 33.763, senadora Katia Abreu (PMDB-TO) afirma que receber salário acima do limite também é uma forma de corrupção e sustenta que é preciso enfrentar o corporativismo das entidades representativas do Judiciário, que alegam ser alvo de retaliação.
José Cruz

"Receber o salário indevido também é corrupção. Corrupção não é só fazer superfaturamento, pegar propina de empresa; não é só mensalão ou petróleo. Tem várias formas, inclusive receber salário indevido", diz.

Katia disse que não pretende “fulanizar” o tema para evitar uma “guerra entre os poderes”, mas defendeu o desmanche de permissões feitas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que garantem o pagamento de aumentos salariais em cascata a magistrados toda vez que há reajuste dos vencimentos dos ministros do Supremo Tribunal Federal.

As declarações foram feitas em entrevista ao jornal paulistano O Estado de S.Paulo.

Na avaliação da peemedebista, os benefícios como auxílio-moradia e auxílio-creche deveriam estar dentro do teto, atualmente em R$ 33.763 por mês. Ela, porém, considera “totalmente diferente” a cota parlamentar com a qual deputados e senadores custeiam suas moradias.

"Tenho certeza que, no Senado, vamos aprovar as propostas. Acho que a sociedade não aceita mais. A democracia corporativa não interessa mais a ninguém. Presidentes de entidades dizem que isso é uma perseguição ao Judiciário, que tem atuado no combate à corrupção.

Pouco importa neste momento quanto o juiz, o procurador ou servidor está ganhando. A partir de agora, acabou a brincadeira. Se eu for começar a fulanizar, vira uma guerra entre os poderes. Quero apenas mostrar os números gerais e volume da economia (com o fim dos supersalários)."



Fonte: Brasil 247

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