Pedro França
Um esquema para aprovar 14 medidas
provisórias de interesse da Odebrecht no Congresso Nacional custou R$ 17
milhões, conta o ex-vice-presidente de Relações Institucionais da empresa,
Cláudio Melo Filho.
Em sua delação no âmbito da Operação
Lava Jato, ele revela que quem teve um papel preponderante nesse esquema,
atuando como seu principal interlocutor no Legislativo, era o senador Romero
Jucá (PMDB-RR), atual presidente do PMDB e líder do governo de Michel Temer no
Congresso.
Jucá é chamado pelo delator, de acordo
com reportagem do jornal O Globo e no Jornal Nacional, de o "Resolvedor da
República no Congresso". Melo Filho lembra que Jucá já foi líder de vários
governos e que atuava como "anteparo das manobras que podiam surgir na
Câmara dos Deputados".
Pagamentos feitos ao senador de Roraima
ultrapassam R$ 22 milhões, conta ainda o ex-diretor da empresa. Basicamente, a
empreiteira repassava recursos a Jucá em troca de apreciação e votação de
medidas e projetos no Congresso de interesse da companhia, como alterações no
regime tributário, regulação de concorrência, parcelamento de dívida com o
governo e regime especial para indústria petroquímica.
O peemedebista era também o responsável
pela arrecadação dentro do PMDB no Senado e ainda pela distribuição para
campanhas eleitorais de correligionários. Entre as pautas de interesse de
Odebrecht constavam.
Jucá negou as irregularidades envolvendo
seu nome.
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