segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

ODEBRECHT DELATA KAFKA E MINHEIRO

ODEBRECHT DELATA KAFKA E MINHEIRO
Principal responsável pela quebra da economia brasileira, o senador Aécio Neves, que lançou o Brasil no abismo ao não aceitar sua derrota eleitoral em 2014, irrompe com tudo nas delações da Odebrecht.
Ele é o mineirinho, que recebeu nada menos que R$ 15 milhões do departamento de propinas da empreiteira. "No pedido de busca e apreensão da Polícia Federal da 26.ª fase da Lava-Jato, a Xepa, mineirinho é apontado como destinatário de R$ 15 milhões, entre 7 de outubro e 23 de dezembro de 2014. As entregas, registradas nas planilhas da secretária Maria Lúcia Tavares, do Setor de Operações Estruturadas – conhecido como o “Departamento de Propina” da Odebrecht – teriam sido feitas em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais", diz reportagem do Estado de S. Paulo.
Nesta semana, Aécio apareceu sorridente numa foto ao lado do juiz Sergio Moro, que reconheceu, ao ser alvo de protestos na Alemanha, que a imagem foi infeliz.
Moro afirmou que não havia nada sobre Aécio na sua jurisdição, mas agora tem, pois, ainda que Aécio tenha foro privilegiado, isso não vale para seus tesoureiros.
Aécio era ‘mineirinho’, e Kassab ‘kafta’, diz delator da Odebrecht Claudio Melo Filho revela em sua proposta de delação os políticos por trás dos apelidos do departamento da propina da Odebrecht; A Polícia Federal já encontrou planilhas com pagamentos de R$ 15 milhões a 'mineirinho' e R$ 2,5 milhões para 'Kafta'

Embora não cite valores, no anexo encaminhado pelo ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho aos procuradores da Operação Lava Jato constam referências a pagamentos da empreiteira ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) e ao ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab (PSD-SP).
As referências a “Mineirinho” e “Kafta” já haviam surgido anteriormente na Lava Jato. No pedido de busca e apreensão da Polícia Federal na 26.ª fase da operação, a Xepa, “Mineirinho” é apontado como destinatário de R$ 15 milhões entre 7 de outubro e 23 de dezembro de 2014. As entregas, registradas nas planilhas da secretária Maria Lúcia Tavares, do Setor de Operações Estruturadas – conhecido como o “departamento de propina” da Odebrecht – teriam sido feitas em Belo Horizonte, capital de Minas.
A quantia foi solicitada pelo diretor superintendente da Odebrecht Infraestrutura para Minas, Espírito Santo e Região Norte, Sérgio Neves, a Maria Lúcia, que fez delação e admitiu operar a “contabilidade paralela” da empresa a mando de seus superiores. O pedido foi intermediado por Fernando Migliaccio, ex-executivo da empreiteira que fazia o contato com Maria Lúcia e que foi preso na Suíça.
Segundo Melo Filho, Aécio ainda teria intermediado um pagamento de R$ 1 milhão para o senador José Agripino Maia (DEM-RN), que ganhou os apelidos de “gripado” e “pino”.
O codinome “Kafta” consta em relatório da Polícia Federal referente à 23.ª fase da Lava-Jato, batizada de Acarajé. Em planilha encontrada nessa fase, há registro de cinco pagamentos ao codinome “Kafta”, de R$ 500 mil cada, dois registrados no mês de outubro de 2014 e três em novembro de 2014.
A assessoria de imprensa do PSDB mineiro afirmou que R$ 15 milhões foi o total doado pela Odebrecht à campanha do PSDB em 2014, que o valor foi registrado no TSE e que Aécio “desconhece supostas citações em planilhas da empresa”. A assessoria de Kassab não se manifestou até a conclusão desta edição. Agripino Maia afirmou que a delação de Melo Filho não provoca efeitos negativos para ele ou para o partido e que a doação ocorreu de forma voluntária.

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