Entre o ex-ministro Geddel Vieira Lima,
que caiu por corrupção, e o também ex-ministro Marcelo Calero, que saiu do
governo por não se deixar corromper, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves,
fecha com o primeiro e pede investigação do segundo pela gravação que ele disse
ter feito de Michel Temer, Geddel e Eliseu Padilha; "Há algo aí de
extremamente grave e que também tem que ser investigado, o fato de um servidor
público, um homem da confiança do presidente da República, com cargo de
ministro de Estado, se confirmado isso, entrar com um gravador para gravar o
presidente. Isso é inaceitável, é inédito na história do Brasil", diz;
para o tucano, o caso "nem de longe" atinge Temer.
O presidente nacional do PSDB, senador
Aécio Neves (MG), um dos investigados pela Operação Lava Jato, defendeu que o
ex-ministro da Cultura Marcelo Calero seja investigado por ter gravado a
conversa que teve com Michel Temer acerca das pressões exercidas pelo ex-ministro
da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, para que uma obra de seu
interesse em Salvador (BA) fosse liberada.
Aécio, que evitou pedir qualquer ação
contra Geddel, disse que "há algo aí de extremamente grave e que também
tem que ser investigado, o fato de um servidor público, um homem da confiança
do presidente da República, com cargo de ministro de Estado, se confirmado
isso, entrar com um gravador para gravar o presidente. Isso é inaceitável, é
inédito na história do Brasil.
"Isso permite a todos nós achar que
nessa conversa ele tenha induzido qualquer palavra do presidente. Isso tem que
ser investigado porque parece ato passível de punição", completou.
Aécio procurou, ainda, minimizar a
situação que pode atingir Temer diretamente. Segundo ele, "na minha
avaliação, do PSDB, nem de longe esse episódio atinge o sr. presidente Michel
Temer."
O ministro das Cidades, Bruno Araújo,
que também faz parte da cúpula do PMDB, tentou minimizar o risco dos partidos
de oposição pedirem o impeachment de Temer e mandou um recado para que a base
aliada rechace qualquer tentativa neste sentido.
"No Congresso se pediu impeachment
de todos os presidentes, desde Itamar Franco e até do presidente Michel Temer.
Mas as coisas andam no Congresso quando há efetividade política", disse.
Segundo ele, "o momento é de ajudar o país, ter unidade nesse momento de
profunda crise".
Ele também criticou a atitude de Calero
de gravar a conversa mantida com Temer para tratar das pressões feitas por
Geddel. "Não me parece uma atitude no mínimo civilizada, mas cada um tem
suas posições e assume a responsabilidade pelos seus atos", destacou.
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