25/11/2016 16:15 - Copyleft
SIMON ROMERO, NY TIMESPresidente brasileiro, Michel Temer, envolvido em novo escândalo de corrupção
Um ex-ministro de seu gabinete acusou o presidente Michel Temer de pressioná-lo a ajudar um aliado político em um acordo de imóveis.
RIO DE JANEIRO — Um novo escândalo de corrupção envolveu o novo governo brasileiro de Michel Temer, na sexta-feira, depois que um ex-ministro de seu gabinete o acusou de pressioná-lo a ajudar um aliado político em um acordo de imóveis.
Enquanto a classe política do país se recupera de um período de instabilidade intensa, o último escândalo está se formando como uma das crises mais graves de Temer, 75, desde que ele tomou o poder seis meses atrás depois do impeachment de sua antecessora, Dilma Rousseff.
O ex-ministro, Marcelo Calero, que estava encarregado da Cultura, disse à investigadores federais que Temer o pressionou a rejeitar uma medida de preservação de patrimônio que impedia a construção de uma torre de luxo no nordeste da cidade de Salvador. O aliado de Temer, Geddel Lima, que tinha o título de secretário de Governo, investiu em um apartamento no projeto. Lima entregou sua demissão na manhã de sexta, se desculpando e explicando em uma carta endereçada a Temer, que estava deixando o cargo pelo bem da nação.
Figuras de liderança da oposição em Brasília, disseram na quinta à noite que iriam pedir pelo impeachment de Temer por causa das alegações. O gabinete do presidente reconheceu em uma declaração que ele discutiu a questão em duas ocasiões com Calero, mas insistiu que o presidente apenas procurava soluções “técnicas” para o problema.
Relatos de que Calero havia gravado secretamente suas conversas com Temer abalaram o establishment político, abrindo a possibilidade de uma investigação pelo Supremo Tribunal Feral. Temer já estava na defensiva sobre as alegações de Rousseff que diziam que sua saída havia sido uma usurpação de poder.
“Se as gravações mostram que o presidente agiu por interesses privados de um ministro contra o patrimônio público, então sua presidência está terminada”, disse José Roberto de Toledo, colunista do jornal O Estado de S. Paulo.
O escândalo surge em meio à indignação crescente com os esforços dos aliados de Temer no Congresso para garantir anistia à eles mesmos e a outros políticos em casos de corrupção envolvendo campanhas políticas. O próprio Temer foi declarado culpado por violar limites de financiamento de campanha em um caso que pode torná-lo inelegível por oito anos.
O PMDB de Temer, um grupo centrista que pende à direita, também está sob ataque depois das prisões de líderes incluindo Eduardo Cunha, o ex-deputado poderoso que orquestrou o impeachment de Dilma e Sérgio Cabral, o ex-governador do Rio de Janeiro que ajudou a cidade a sediar os Jogos Olímpicos.
Assinalando o potencial para ainda mais instabilidade, a pressão cresce em um outro líder do partido de Temer, Renan Calheiros, o líder do Senado, que está batalhando múltiplas alegações de corrupção, incluindo um caso no qual ele supostamente permitiu que um lobista de uma companhia de construção pagasse pensão alimentícia ao seu filho de um caso extraconjugal.
Temer e seu partido foram aliados do PT, de esquerda, por mais de uma década antes de quebrar relações esse ano com Dilma e seu mentor, Lula, que foi presidente por oito anos, desde 2003.
Vieira Lima, o político com o investimento em Salvador, já estava sob investigação em conexão com um escândalo de corrupção da companhia estatal de petróleo, Petrobras. Temer insistiu que o inquérito não deveria evitar que Lima permanecesse em seu gabinete, onde ele exercia uma das posições mais influentes no braço executivo.
Temer já estava lidando com taxas baixas de aprovação enquanto sua administração batalhava para reparar uma economia em dificuldade em sua recessão mais severa em décadas. Vários ministros de seu gabinete já se demitiram depois de gravações secretas mostrarem que tentaram impedir investigações federais sobre corrupção, incluindo o ministro anticorrupção e o ministro do planejamento.
Enquanto a classe política do país se recupera de um período de instabilidade intensa, o último escândalo está se formando como uma das crises mais graves de Temer, 75, desde que ele tomou o poder seis meses atrás depois do impeachment de sua antecessora, Dilma Rousseff.
O ex-ministro, Marcelo Calero, que estava encarregado da Cultura, disse à investigadores federais que Temer o pressionou a rejeitar uma medida de preservação de patrimônio que impedia a construção de uma torre de luxo no nordeste da cidade de Salvador. O aliado de Temer, Geddel Lima, que tinha o título de secretário de Governo, investiu em um apartamento no projeto. Lima entregou sua demissão na manhã de sexta, se desculpando e explicando em uma carta endereçada a Temer, que estava deixando o cargo pelo bem da nação.
Figuras de liderança da oposição em Brasília, disseram na quinta à noite que iriam pedir pelo impeachment de Temer por causa das alegações. O gabinete do presidente reconheceu em uma declaração que ele discutiu a questão em duas ocasiões com Calero, mas insistiu que o presidente apenas procurava soluções “técnicas” para o problema.
Relatos de que Calero havia gravado secretamente suas conversas com Temer abalaram o establishment político, abrindo a possibilidade de uma investigação pelo Supremo Tribunal Feral. Temer já estava na defensiva sobre as alegações de Rousseff que diziam que sua saída havia sido uma usurpação de poder.
“Se as gravações mostram que o presidente agiu por interesses privados de um ministro contra o patrimônio público, então sua presidência está terminada”, disse José Roberto de Toledo, colunista do jornal O Estado de S. Paulo.
O escândalo surge em meio à indignação crescente com os esforços dos aliados de Temer no Congresso para garantir anistia à eles mesmos e a outros políticos em casos de corrupção envolvendo campanhas políticas. O próprio Temer foi declarado culpado por violar limites de financiamento de campanha em um caso que pode torná-lo inelegível por oito anos.
O PMDB de Temer, um grupo centrista que pende à direita, também está sob ataque depois das prisões de líderes incluindo Eduardo Cunha, o ex-deputado poderoso que orquestrou o impeachment de Dilma e Sérgio Cabral, o ex-governador do Rio de Janeiro que ajudou a cidade a sediar os Jogos Olímpicos.
Assinalando o potencial para ainda mais instabilidade, a pressão cresce em um outro líder do partido de Temer, Renan Calheiros, o líder do Senado, que está batalhando múltiplas alegações de corrupção, incluindo um caso no qual ele supostamente permitiu que um lobista de uma companhia de construção pagasse pensão alimentícia ao seu filho de um caso extraconjugal.
Temer e seu partido foram aliados do PT, de esquerda, por mais de uma década antes de quebrar relações esse ano com Dilma e seu mentor, Lula, que foi presidente por oito anos, desde 2003.
Vieira Lima, o político com o investimento em Salvador, já estava sob investigação em conexão com um escândalo de corrupção da companhia estatal de petróleo, Petrobras. Temer insistiu que o inquérito não deveria evitar que Lima permanecesse em seu gabinete, onde ele exercia uma das posições mais influentes no braço executivo.
Temer já estava lidando com taxas baixas de aprovação enquanto sua administração batalhava para reparar uma economia em dificuldade em sua recessão mais severa em décadas. Vários ministros de seu gabinete já se demitiram depois de gravações secretas mostrarem que tentaram impedir investigações federais sobre corrupção, incluindo o ministro anticorrupção e o ministro do planejamento.
Créditos da foto: Lula Marques/AGPT
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