segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

'Fidel nos ensinou que, sim, podemos', diz Raul Castro; veja íntegra de discurso em Santiago


'Fidel nos ensinou que, sim, podemos', diz Raul Castro; veja íntegra de discurso em Santiago


'[Fidel] demonstrou que sim se pôde, sim se pode e sim se poderá superar qualquer obstáculo, ameaça ou turbulência em nosso firme empenho de construir o socialismo em Cuba'
Em discurso realizado na noite deste sábado (03/12), durante o ato de massas que lotou a praça Antonio Maceo, na cidade de Santiago, como parte dos atos fúnebres para marcar a morte do líder revolucionário Fidel Castro, seu irmão e presidente de Cuba, Raúl Castro, disse que o grande ensinamento que Fidel deixou foi que “sim, se pode”.
A frase relembra palavras ditas por Fidel aos cubanos durante o período em que governou o país. O presidente cubano lembrou momentos importantes da vida de Fidel, como o apoio dado a Angola para debelar as forças racistas do apartheid no país, ou a ajuda médica enviada a diversos países, inclusive ao Brasil.
Raúl reforçou o papel de Fidel para a construção dos valores do modelo cubano de sociedade, baseado na solidariedade, humanidade e internacionalismo. Esse modelo levou Cuba a ter na saúde, educação e segurança públicas suas maiores realizações, tendo erradicado o analfabetismo em um ano, logo no início do governo revolucionário, e reduzido a taxas baixas a mortalidade infantil.
Segundo Raul, a manutenção desses valores, mesmo ante ao bloqueio de mais de 50 anos imposto pelos EUA a Cuba, colocou a capacidade de resistência das cubanas e cubanos à prova. Mas, com a condução de Fidel, o país revelou que “sim, se pode” superar as adversidades e sustentar os ideias revolucionários.
Agência Efe

Raúl Castro lembrou momentos importantes da vida de Fidel, em discurso na cidade de Santiago, onde foram enterradas as cinzas de Fidel
Em discurso realizado na noite deste sábado (03/12), durante o ato de massas que lotou a praça Antonio Maceo, na cidade de Santiago, como parte dos atos fúnebres para marcar a morte do líder revolucionário Fidel Castro, seu irmão e presidente de Cuba, Raúl Castro, disse que o grande ensinamento que Fidel deixou foi que “sim, se pode”.
A frase relembra palavras ditas por Fidel aos cubanos durante o período em que governou o país. O presidente cubano lembrou momentos importantes da vida de Fidel, como o apoio dado a Angola para debelar as forças racistas do apartheid no país, ou a ajuda médica enviada a diversos países, inclusive ao Brasil.
Raul reforçou o papel de Fidel para a construção dos valores do modelo cubano de sociedade, baseado na solidariedade, humanidade e internacionalismo. Esse modelo levou Cuba a ter na saúde, educação e segurança públicas suas maiores realizações, tendo erradicado o analfabetismo em um ano, logo no início do governo revolucionário, e reduzido a taxas baixas a mortalidade infantil.
Segundo Raul, a manutenção desses valores, mesmo ante ao bloqueio de mais de 50 anos imposto pelos EUA a Cuba, colocou a capacidade de resistência das cubanas e cubanos à prova. Mas, com a condução de Fidel, o país revelou que “sim, se pode” superar as adversidades e sustentar os ideias revolucionários.
Reprodução / Cubadebate
Leia a seguir a íntegra do discurso do presidente Raul Castro:
“Estimados chefes de Estados e de Governos,
Destacadas personalidades que nos acompanham,
Compatriotas que se encontram hoje aqui em representação das províncias orientais e Camaguey,
Santiagueras e santiagueros,
Querido povo de Cuba,
Na tarde de hoje, trazido a esta cidade o cortejo fúnebre das cinzas de Fidel, que reeditou em sentido inverso a Caravana da Liberdade, de janeiro de 1959, realizaou um percurso por pontos emblemáticos de Santiago de Cuba, berço da Revolução, onde, como no resto do país, recebeu o testemunho de amor dos cubanos.
Amanhã, suas cinzas serão depositadas em uma simples cerimônia no cemitério de Santa Efigênia, muito perto do mausoleu do heroi nacional José Martí, de seus companheiros de luta do Moncada, do Granma, e do exército rebelde, da clandestinidade e das missões internacionalistas.
A poucos passos se encontram as tumbas de Carlos Manuel de Céspedes, pai da pátria, e da legendária Mariana Grajales, mãe dos Maceos, e me atrevo a improvisar neste ato, que também mãe de todos os cubanos e cubanas. Próximo também está o panteão com os restos do inesquecível Frank País García, jovem santiaguero, assasinado por capangas da tirania batistiana com apenas 22 anos, um mês depois em que caiu combatendo em uma ação nesta cidade seu pequeno irmão Josué.
A idade de Frank não o impediu de acumular uma exemplar trajetória de combate contra a ditadura, em que se destacou como chefe do levantamento armado de Santiago de Cuba em 30 de novembro de 1956, em apoio ao desembarque dos expedicionários do Granma, assim como a organização do decisivo envio de armamento e combatentes ao nascente exército rebelde na Sierra Maestra.
Desde que se conheceu, tarde da noite de 25 de novembro, a notícia do falecimento do líder histórico da Revolução Cubana, a dor e a tristeza se apoderaram do povo que, profundamente comovido com sua inesperada perda física, demonstrou fortaleza, convicção patriótica, disciplina e maturidade ao comparecer de forma massiva às atividades de homenagens organizadas e fazer o juramento de fidelidade ao conceito de revolução exposto por Fidel em 1º de maio do ano 2000. Entre os dias 28 e 29 de novembre, milhões de compatriotas estamparam suas assinaturas em respaldo à revolução.
Em meio à dor dessas jornadas, temos nos sentido reconfortados e orgulhosos uma vez mais com a impressionante reação das crianças e jovens cubanos, que reafirmam sua disposição de serem fiéis continuadores dos ideais do líder da revolução.
Em nome de nosso povo, do partido, Estado, governo e dos familiares, reitero o agradecimento mais profundo pelas incontáveis mostras de afeto e respeito a Fidel, suas ideas e sua obra, que continuam chegando de todos os confins do planeta.
Fiel à ética martiana, de que a glória do mundo cabe num grão de milho, o líder da revolução rejeitava qualquer manifestação de culto à personalidade. E foi consequentecom essa atitude até as últimas horas de vida, insistindo que, uma vez falecido, seu nombre e sua figura nunca fossem utilizados para denominar instituições, praças, parques, avenidas, ruas ou outros locais públicos, nem erguer em sua memória monumentos, bustos, estátuas ou outras formas similares de tributo.
Em correspondência com a determinação do companheiro Fidel, apresentaremos no próximo período de sessões da Assembleia Nacional do Poder Popular as propostas legislativas requeridas para que prevaleça sua vontade.
Com razão, o querido amigo [Abdelaziz] Bouteflika, presidente dz Argélia, expressou que Fidel possuia a extraordinária capacidade de viajar ao futuro, regressar e explicá-lo. Em 26 de julho de 1989, na cidade de Camaguey, o comandante em chefe previu, com dois anos e meio de antecedência, a desaparição da União Soviética e o campo socialista, e assegurou ante o mundo que se ocorressem essas circunstâncias, Cuba continuaria defendendo as bandeiras do socialismo.
A autoridade de Fidel e sua relação cativante com o povo foi determinante para a heróica resistência do país, nos dramáticos anos do período especial, quando o Produto Interno Bruto caiu 34,8% e se deteriorou sensivelmente a alimentação dos cubanos, sofremos apagões de 16 e até 20 horas diárias e se paralisou boa parte das indústrias e dos transportes públicos. Apesar disso, conseguiu-se preservar a saúde pública e a educação a toda nossa população.
Vêm à minha mente as reuniões do partido nos territórios oriental, na cidade de Olguín; central, na cidade de Santa Clara; e ocidental, na capital da República, Havana, realizadas em julho de 1994, para analisar como enfrentar com melhor eficiência e coesão os desafios do período especial, o crescente bloqueio imperialista e as campanhas midiáticas dirigidas a plantar o desânimo entre a cidadania. Dessas reuniões, incluindo as do ocidente presididas Fidel, saímos todos convencidos que com a força e a inteligência das massas coesas, sob a direção do partido, sim se podia e se pôde converter o período especial em uma nova batalha vitoriosa na história da pátria.
Nesse período, poucos no mundo apostavam em nossa capacidade de resistir e vencer ante a adversidade e o reforçado cerco inimigo; no entanto, nosso povo, sob a condução de Fidel, deu uma inesquecível lição de firmeza e lealdade aos princípios da revolução.
Ao rememorar esses difíceis momentos, acredito ser justo e pertinente retomar o que Fidel expressou em 26 de julho de 1994, um dos anos mais difíceis, na Ilha da Juventude, há mais de 22 anos. Cito: “O mais nobre filho de Cuba neste século, aquele que nos demonstrou que sim, se podia tentar a conquista do quartel Moncada, que sim se podia converter aquele revés em vitória, que conseguimos 5 anos, 5 meses e 5 dias naquele memorável 1º de 1959, este último acrescentado às palavras textuais que disse naquela ocasião.
Demonstrou que sim, se podia chegar até Cuba no iate Granma, que sim se podia resistir ao inimigo, à fome, à chuva e ao frio, organizar um exército revolucionário na Serra Maestra, depois do desastre de Alegría de Pío; que sim, se podia abrir novas frentes guerrilheiras na província do oriente, com as colunas de Almeida e a nossa; que sim se podia derrotar com 300 fuzis a grande ofensiva de mais de 10 mil soldados que, ao serem derrotados, Che escreveu em seu diário de campanha que com essa vitória se havia partido a coluna vertebral do exército da tirania; que sim se podia repetir a epopeia de Maceo e Gómez, estendendo com as colunas de Che e Camilo a luta do oriente até o ocidente da ilha; que sim se podia derrocar, com o respaldo de todo o povo, a tirania batistiana, apoiada pelo imperialismo norteamericano.
Aquele que nos ensinou que sim, se podia derrotar em 72 horas e ainda menos a invasão mercenária de Playa Girón e prosseguir ao mesmo tempo a campanha de erradicar o analfabetismo em um ano, como aconteceu em 1961; que sim se podia proclamar o caráter socialista da revolução a 90 milhas do império, e quando seus navios de guerra avançavam até Cuba, após as tropas das brigadas mercenárias, que sim se podia manter com firmeza os princípios irrenunciáveis de nossa soberania, sem temer a chantagem nuclear dos Estados Unidos nos dias da crise dos mísseis, em outubro de 1962; que sim se podia enviar ajuda solidária a outros povos irmãos na luta contra a opressão colonial, a agressão externa e o racismo; que sim se podia derrotar os racistas sul-africanos, salvando a integridade territorial de Angola, forçando a independência da Namíbia e acertando um duro golpe ao regime do apartheid; que sim se podia transformar Cuba em uma potência médica, reduzir a mortalidade infantil às taxas mais baixas do terceiro mundo, primeiro, e do mundo rico depois, porque neste continente pelo menos temos menos mortandade infantil com menores de un ano de idade que o Canadá e os próprios Estados Unidos [aplausos] e, ao mesmo tempo, elevar consideravelmente a esperança de vida da nossa população.
Que sim se podia transformar Cuba em um grande polo científico, avançando nos modernos e decisivos campos de engenharia genética e de biotecnologia, nos inserir no meio fechado do comércio internacional de farmacêuticos, desenvolver o turismo apesar do bloqueio norteamericano, construir caminhos elevados no mar para fazer de Cuba cada vez mais um pólo atrativo, obtendo de nossas belezas naturais um ingresso crescente de divisas; que sim se pode resistir, sobreviver e desenvolver-nos sem renunciar aos princípios, nem às conquistas do socialismo no mundo unipolar e de onipotência das transnacionais que surgiu depois da queda do campo socialista da Europa e da desintegração da União Soviética.
O permanente ensinamento de Fidel é que sim se pode. Que o homem é capaz de sobrepujar as mais duras condições se não desfalece sua vontade de vencer, faz uma avaliação correta de cada situação e não renuncia a seus justos e nobres princípios”. Fim das aspas.
Essas palavras que expressei há mais de duas décadas sobre quem, depois do desastre do primero combate em Alegría del Pio, que depois de amanhã se completará 60 anos, nunca perdeu a fé na vitória e, 13 dias depois, já nas montanhas da Sierra Maestra, no dia 18 de dezembro do ano mencionado, ao reunir 7 fuzis e um punhado de combatentes, exclamou: “agora sim, ganhamos a guerra!”.
[Aplausos e gritos de “Fidel”, “Esse é o Fidel”]
Esse é o Fidel invicto que nos convoca com seu exemplo e com a demonstração que sim se pôde, sim se pode e sim se poderá.
[“Sim se pode”]
Repito que ele demonstrou que sim se pôde, sim se pode e sim se poderá superar qualquer obstáculo, ameaça ou turbulência em nosso firme empenho de construir o socialismo em Cuba, ou, o que é o mesmo, garantir a independência e a soberania da pátria.
[Aplausos]
Ante os restos de Fidel, na praça da Revolução Maior General Antonio Maceo Grajales, na heróica cidade de Santiago de Cuba, juremos defender a pátria e o socialismo [exclamações: Juramos!] e juntos reafirmemos todos a sentência do titã de bronze “quem tentar se apropriar de Cuba, recolherá o pó de seu solo regado em seu sangue, se não perecer na luta”.
Fidel, Fidel, até a vitória!"
[“Sempre!”, “Eu sou Fidel”, “Raul é Fidel!” e “Raul, tranquilo, o povo está contigo!”].

Sete grandes mentiras sobre Fidel Castro que circulam (muito) nas redes sociais

Povo nas ruas e simbolismo marcam fim do cortejo com cinzas de Fidel

Fidel é enterrado neste domingo em Santiago, junto a líder da independência de Cuba

 
Em espanhol:
“Estimados Jefes de Estado y de Gobierno;
Destacadas personalidades que nos acompañan;
Compatriotas que se encuentran hoy aquí en representación de las provincias orientales y el Camagüey;
Santiagueras y santiagueros;
Querido pueblo de Cuba:
En la tarde de hoy, tras su arribo a esta heroica ciudad, el cortejo fúnebre con las cenizas de Fidel, que reeditó en sentido inverso la Caravana de la Libertad de enero de 1959, realizó un recorrido por sitios emblemáticos de Santiago de Cuba, cuna de la Revolución, donde, al igual que en el resto del país, recibió el testimonio de amor de los cubanos.
Mañana sus cenizas serán depositadas en una sencilla ceremonia en el Cementerio de Santa Ifigenia, muy cerca del mausoleo del Héroe Nacional José Martí; de sus compañeros de lucha en el Moncada, el Granma y el Ejército Rebelde; de la clandestinidad y las misiones internacionalistas.
A pocos pasos se encuentran las tumbas de Carlos Manuel de Céspedes, el Padre de la Patria, y de la legendaria Mariana Grajales, madre de los Maceo, y me atrevo a improvisar en este acto, que también madre de todos los cubanos y cubanas. Cercano también está el panteón con los restos del inolvidable Frank País García, joven santiaguero, asesinado por esbirros de la tiranía batistiana con apenas 22 años, un mes después de que cayera combatiendo en una acción en esta ciudad su pequeño hermano Josué. La edad de Frank no le impidió acumular una ejemplar trayectoria de combate contra la dictadura, en la que se destacó como jefe del levantamiento armado de Santiago de Cuba, el 30 de noviembre de 1956, en apoyo al desembarco de los expedicionarios del Granma, así como la organización del decisivo envío de armamento y combatientes al naciente Ejército Rebelde en la Sierra Maestra.
Desde que se conoció, ya tarde en la noche del 25 de noviembre, la noticia del deceso del líder histórico de la Revolución Cubana, el dolor y la tristeza se adueñaron del pueblo que, profundamente conmovido por su irreparable pérdida física, demostró entereza, convicción patriótica, disciplina y madurez al acudir de forma masiva a las actividades de homenaje organizadas y hacer suyo el juramento de fidelidad al concepto de Revolución, expuesto por Fidel el Primero de Mayo del año 2000. Entre los días 28 y 29 de noviembre millones de compatriotas estamparon sus firmas en respaldo a la Revolución.
En medio del dolor de estas jornadas nos hemos sentido reconfortados y orgullosos, una vez más, por la impresionante reacción de los niños y jóvenes cubanos, que reafirman sus disposición a ser fieles continuadores de los ideales del líder de la Revolución.
En nombre de nuestro pueblo, del Partido, el Estado, el Gobierno y de los familiares reitero el agradecimiento más profundo por las incontables muestras de afecto y respeto a Fidel, sus ideas y su obra, que continúan llegando desde todos los confines del planeta.
Fiel a la ética martiana de que “toda la gloria del mundo cabe en un grano de maíz”, el líder de la Revolución rechazaba cualquier manifestación de culto a la personalidad y fue consecuente con esa actitud hasta las últimas horas de vida, insistiendo en que, una vez fallecido, su nombre y su figura nunca fueran utilizados para denominar instituciones, plazas, parques, avenidas, calles u otros sitios públicos, ni erigidos en su memoria monumentos, bustos, estatuas y otras formas similares de tributo.
En correspondencia con la determinación del compañero Fidel, presentaremos al próximo período de sesiones de la Asamblea Nacional del Poder Popular, las propuestas legislativas requeridas para que prevalezca su voluntad.
Con razón, el querido amigo Bouteflika, presidente de Argelia, expresó que Fidel poseía la extraordinaria capacidad de viajar al futuro, regresar y explicarlo. El 26 de Julio de 1989, en la ciudad de Camagüey, el Comandante en Jefe predijo, con dos años y medio de antelación, la desaparición de la Unión Soviética y el campo socialista, y aseguró ante el mundo que si se dieran esas circunstancias, Cuba continuaría defendiendo las banderas del socialismo.
La autoridad de Fidel y su relación entrañable con el pueblo fueron determinantes para la heroica resistencia del país en los dramáticos años del período especial, cuando el Producto Interno Bruto cayó un 34,8% y se deterioró sensiblemente la alimentación de los cubanos, sufrimos apagones de 16 y hasta 20 horas diarias y se paralizó buena parte de la industria y el transporte público. A pesar de ello se logró preservar la salud pública y la educación a toda nuestra población.
Vienen a mi mente las reuniones del Partido en los territorios: oriental, en la ciudad de Holguín; central, en la ciudad de Santa Clara, y occidental, en la capital de la república, La Habana, efectuadas en julio de 1994 para analizar cómo enfrentar con mayor eficiencia y cohesión los retos del período especial, el creciente bloqueo imperialista y las campañas mediáticas dirigidas a sembrar el desánimo entre la ciudadanía. De esas reuniones, incluyendo la de occidente, que presidió Fidel, salimos todos convencidos de que con la fuerza y la inteligencia de las masas cohesionadas bajo la dirección del Partido, sí se podía y se pudo convertir el período especial en una nueva batalla victoriosa en la historia de la patria.
Entonces pocos en el mundo apostaban por nuestra capacidad de resistir y vencer ante la adversidad y el reforzado cerco enemigo; sin embargo, nuestro pueblo bajo la conducción de Fidel dio una inolvidable lección de firmeza y lealtad a los principios de la Revolución.
Al rememorar esos difíciles momentos, creo justo y pertinente retomar lo que sobre Fidel expresé el 26 de Julio de 1994, uno de los años más difíciles, en la Isla de la Juventud, hace más de 22 años, cito: “…el más preclaro hijo de Cuba en este siglo, aquel que nos demostró que sí se podía intentar la conquista del Cuartel Moncada; que sí se podía convertir aquel revés en victoria”, que logramos cinco años, cinco meses y cinco días, aquel glorioso Primero de Enero de 1959, esto último añadido a las palabras textuales que dije en aquella ocasión (Aplausos).
Nos demostró “que sí se podía llegar a las costas de Cuba en el yate Granma; que sí se podía resistir al enemigo, al hambre, a la lluvia y el frío, y organizar un ejército revolucionario en la Sierra Maestra tras la debacle de Alegría de Pío; que sí se podían abrir nuevos frentes guerrilleros en la provincia de Oriente, con las columnas de Almeida y la nuestra; que sí se podía derrotar con 300 fusiles la gran ofensiva de más de 10 000 soldados”, que al ser derrotados el Che escribió en su Diario de Campaña, que con esa victoria se le había partido la columna vertebral al ejército de la tiranía; “que sí se podía repetir la epopeya de Maceo y Gómez, extendiendo con las columnas del Che y Camilo la lucha desde el oriente hasta el occidente de la isla; que sí se podía derrocar, con el respaldo de todo el pueblo, la tiranía batistiana apoyada por el imperialismo norteamericano.
“Aquel que nos enseñó que sí se podía derrotar en 72 horas” y aún menos, “la invasión mercenaria de Playa Girón y proseguir al mismo tiempo la campaña para erradicar el analfabetismo en un año”, como se logró en 1961.
Que sí se podía proclamar el carácter socialista de la Revolución a 90 millas del imperio, y cuando sus naves de guerra avanzaban hacia Cuba, tras las tropas de la brigada mercenaria; que sí se podía mantener con firmeza los principios irrenunciables de nuestra soberanía sin temer al chantaje nuclear de Estados Unidos en los días de la Crisis de los misiles en octubre de 1962.
Que sí se podía enviar ayuda solidaria a otros pueblos hermanos en lucha contra la opresión colonial, la agresión externa y el racismo.
Que sí se podía derrotar a los racistas sudafricanos, salvando la integridad territorial de Angola, forzando la independencia de Namibia y asestando un rudo golpe al régimen del apartheid.
Que sí se podía convertir a Cuba en una potencia médica, reducir la mortalidad infantil a la tasa más bajas del Tercer Mundo, primero, y del otro mundo rico después; porque en este continente por lo menos tenemos menos mortalidad infantil de menores de un año de edad que Canadá y los propios Estados Unidos (Aplausos), y, a su vez, elevar considerablemente la esperanza de vida de nuestra población.
Que sí se podía transformar a Cuba en un gran polo científico, avanzar en los modernos y decisivos campos de la ingeniería genética y la biotecnología; insertarnos en el coto cerrado del comercio internacional de fármacos; desarrollar el turismo, pese al bloqueo norteamericano; construir pedraplenes en el mar para hacer de Cuba un archipiélago cada vez más atractivo, obteniendo de nuestras bellezas naturales un ingreso creciente de divisas.
Que sí se puede resistir, sobrevivir y desarrollarnos sin renunciar a los principios ni a las conquistas del socialismo en el mundo unipolar y de omnipotencia de las transnacionales que surgió después del derrumbe del campo socialista de Europa y de la desintegración de la Unión Soviética.
La permanente enseñanza de Fidel es que sí se puede, que el hombre es capaz de sobreponerse a las más duras condiciones si no desfallece su voluntad de vencer, hace una evaluación correcta de cada situación y no renuncia a sus justos y nobles principios.” Fin de la cita.
Esas palabras que expresé hace más de dos décadas sobre quien, tras el desastre del primer combate en Alegría de Pío, del que pasado mañana se cumplirán 60 años, nunca perdió la fe en la victoria, y 13 días después, ya en las montañas de la Sierra Maestra, un 18 de diciembre del año mencionado, al reunir siete fusiles y un puñado de combatientes, exclamó: “¡Ahora sí ganamos la guerra! (Aplausos y exclamaciones de: “¡Fidel, Fidel! ¡Ese es Fidel!”)
Ese es el Fidel invicto que nos convoca con su ejemplo y con la demostración de que ¡Sí se pudo, sí se puede y sí se podrá! (Aplausos y exclamaciones de: “¡Sí se puede!) O sea, repito que demostró que sí se pudo, sí se puede y se podrá superar cualquier obstáculo, amenaza o turbulencia en nuestro firme empeño de construir el socialismo en Cuba, o lo que es lo mismo, ¡Garantizar la independencia y la soberanía de la patria! (Aplausos.)
Ante los restos de Fidel en la Plaza de la Revolución Mayor General Antonio Maceo Grajales, en la heroica ciudad de Santiago de Cuba, ¡Juremos defender la patria y el socialismo! (Exclamaciones de: “¡Juramos!) Y juntos reafirmemos todos la sentencia del Titán de Bronce: “Quien intente apropiarse de Cuba, recogerá el polvo de su suelo anegado en sangre, si no perece en la lucha! (Exclamaciones.)
¡Fidel, Fidel! ¡Hasta la Victoria! (Exclamaciones de: “¡Siempre!) (Exclamaciones de: “¡Raúl es Fidel! y de: “¡Raúl, tranquilo, el pueblo está contigo!”

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