CADÊ O PATO?
Fernando Brito
Viram a manchete de O Globo?
Aumento de impostos em
“exclusiva” para a Miriam Leitão e para a Globo?
Porque se não é para
aumentar, claro, é só dizer que não.
Esperar o que, para “bater o
martelo”?
O resultado (desastroso) do
Tesouro vem num envelopinho lacrado, feito o resultado do Oscar e vai-se
abrindo a sobrecarta lentamente: the “rombo” is…
Isto é uma palhaçada, ou uma
pataquada, para ficar no simpático bichinho que levou estes sujeitos ao poder.
Estamos numa crise fiscal que
não tem saída apenas com um monstruoso corte nos gastos e investimentos
públicos, por pior e cruel que seja.
Não é possível querer uma
sociedade com padrões mínimos de sanidade e um país que seja capaz de fomentar
o desenvolvimento se não houver recursos públicos para isso.
Desenvolvimento e civilização
sem impostos são mesmo para os tolos da “patopia” que, aliás, reclamam dos
impostos que o povão paga quando adquire seus produtos e serviços e eles apenas
recolhem, com dó de não ficar com eles também.
Faz anos que estamos vivendo
de remendos em uma estrutura tributária. Quem duvidar, vá lá no blog do
IBRE-FGV, que apesar do Getulio Vargas no nome a Fundação é super “mercadista”
e verá que estamos vivendo em cerca de 30% de nossa arrecadação em “receitas
extraordinárias”, isto é, o “jeitinho da vez”.
E pior, o que se quer fazer é
aumentar mais os impostos indiretos, os que são pagos pelo consumido – isto é,
a população em geral – e não sobre as rendas de alto valor, o patrimônio, sobre
a absurda invenção de que dividendos e
juros sobre capital próprio pagos pelas empresas a seus donos devem
gozar de isenção, sobre as operações de câmbio onde se joga bilhões
diariamente…
Mas os finados patos da
Paulista desapareceram, não piam mais.
O pato está aí, apático,
porque agora manda a sua patota.
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