Honduras: ex-presidente Zelaya diz que TSE fraudou resultados
Zelaya contesta resultados divulgados e afirma que tribunal ‘ateou fogo em Honduras’; último balanço mostra vantagem de 1,50% para o atual presidente Juan Orlando Hernandez
O ex-presidende de Honduras Manuel Zelaya afirmou nesta sexta (01/12), por meio de sua conta no Twitter, que os dados divulgados pelo Tribunal Supremo Eleitoral de Honduras (TSE) sobre as eleições ocorridas no último domingo (26/11) foram manipulados.
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De acordo com o primeiro boletim, divulgado pelo TSE na última segunda-feira (27/11), o candidato de oposição Salvador Nasralla liderava o pleito por 5 pontos de vantagem sobre o governista Juan Orlando Hernandez, atual presidente de Honduras.
Entretanto, este resultado foi sendo revertido em favor de Hernandes durante o andamento da apuração. 94% das urnas foram apuradas e apontam uma vantagem de 1,50% ao governista, segundo o último balanço, divulgado na noite de ontem. O TSE de Honduras informou que 1031 atas eleitorais ainda não foram apuradas.
“O TSE ateou fogo em Honduras com os dados manipulados que publicou hoje contra Salvador Nasralla. O povo está nas ruas defendendo o que foi decidido nas urnas”, afirmou Zelaya, que apoia a candidatura de Nasralla.
Wikimedia Commons
Ex-presidente do país contestou últimos dados e afirmou que o TSE "ateou fogo em Honduras"
Entretanto, este resultado foi sendo revertido em favor de Hernandes durante o andamento da apuração. 94% das urnas foram apuradas e apontam uma vantagem de 1,50% ao governista, segundo o último balanço, divulgado na noite de ontem. O TSE de Honduras informou que 1031 atas eleitorais ainda não foram apuradas.
“O TSE ateou fogo em Honduras com os dados manipulados que publicou hoje contra Salvador Nasralla. O povo está nas ruas defendendo o que foi decidido nas urnas”, afirmou Zelaya, que apoia a candidatura de Nasralla.
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Através de suas redes sociais, Nasralla, que é candidato pelo oposicionista Partido Anti-corrupção, publicou dezenas de denúncias sobre o processo eleitoral hondurenho, que vem sendo marcado pela lentidão das apurações. O candidato afirmou que nas últimas horas o TSE vem tentando modificar os resultados finais. “Caíram os sistemas, caiu tudo e começaram a entrar atas [eleitorais] que não estavam assinadas”, afirmou Nasralla.
Devido às acusações de fraude eleitoral, manifestantes se concentraram na madrugada da última quinta-feira (30/11) em frente ao Tribunal Supremo Eleitoral do país, que apura os votos. A polícia hondurenha reprimiu fortemente os manifestantes.
Golpe de 2009
O ex-presidente Manuel Zelaya, então membro do Partido Liberal de Honduras, foi vítima de um golpe cívico-militar em 2009, penúltimo ano de seu mandato, sob a alegação de que estaria manobrando reformas na constituição. Os EUA, Brasil, membros da União Europeia e outros países condenaram o golpe, pedindo a restituição da legalidade no país.
Zelaya pretendia realizar uma consulta popular para saber se haveria a necessidade de uma reforma constitucional. O golpe gerou uma grave quebra de ordem, provocando um colapso econômico no país.
Roberto Michelleti, então presidente do congresso nacional de Honduras, assumiu o poder interinamente. Zelaya voltou a Honduras em setembro de 2009, buscando refúgio na embaixada brasileira, onde ficou até janeiro de 2010.
Após deixar a embaixada, Zelaya foi obrigado a se exilar na República Dominicana, onde ficou até 2011, ano em que pôde retornar a Honduras. Após seu retorno, fundou o Partido Liberdade e Refundação (Libre), voltando oficialmente para a política.
Em junho de 2012, sua esposa, Xiomara Castro, se candidatou à presidência pelo Libre, com o apoio de Zelaya. No entanto, o racha entre o seu partido e o também opositor Partido Anticorrupção (PAC), não conseguiu ameaçar a hegemonia do Partido Nacional, que venceu as eleições de 2013, elegendo Juan Orlando Hernández.
Zelaya formou então, em 2017, uma coalização entre os dois partidos de oposição, apoiando Nasralla, em uma tentativa de ameaçar a reeleição de Juan Orlando, que só pôde concorrer ao pleito do último domingo graças a uma polêmica emenda constitucional que dribla a proibição de um segundo mandato no país.
Devido às acusações de fraude eleitoral, manifestantes se concentraram na madrugada da última quinta-feira (30/11) em frente ao Tribunal Supremo Eleitoral do país, que apura os votos. A polícia hondurenha reprimiu fortemente os manifestantes.
Golpe de 2009
O ex-presidente Manuel Zelaya, então membro do Partido Liberal de Honduras, foi vítima de um golpe cívico-militar em 2009, penúltimo ano de seu mandato, sob a alegação de que estaria manobrando reformas na constituição. Os EUA, Brasil, membros da União Europeia e outros países condenaram o golpe, pedindo a restituição da legalidade no país.
Zelaya pretendia realizar uma consulta popular para saber se haveria a necessidade de uma reforma constitucional. O golpe gerou uma grave quebra de ordem, provocando um colapso econômico no país.
Roberto Michelleti, então presidente do congresso nacional de Honduras, assumiu o poder interinamente. Zelaya voltou a Honduras em setembro de 2009, buscando refúgio na embaixada brasileira, onde ficou até janeiro de 2010.
Após deixar a embaixada, Zelaya foi obrigado a se exilar na República Dominicana, onde ficou até 2011, ano em que pôde retornar a Honduras. Após seu retorno, fundou o Partido Liberdade e Refundação (Libre), voltando oficialmente para a política.
Em junho de 2012, sua esposa, Xiomara Castro, se candidatou à presidência pelo Libre, com o apoio de Zelaya. No entanto, o racha entre o seu partido e o também opositor Partido Anticorrupção (PAC), não conseguiu ameaçar a hegemonia do Partido Nacional, que venceu as eleições de 2013, elegendo Juan Orlando Hernández.
Zelaya formou então, em 2017, uma coalização entre os dois partidos de oposição, apoiando Nasralla, em uma tentativa de ameaçar a reeleição de Juan Orlando, que só pôde concorrer ao pleito do último domingo graças a uma polêmica emenda constitucional que dribla a proibição de um segundo mandato no país.
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