A Polícia Federal acabou com
o grupo de trabalho da Operação Lava-Jato em Curitiba. A decisão foi comunicada
aos quatro delegados restantes no Grupo de Trabalho da operação, informa
reportagem do site da revista Época.
Em Curitiba, atribui-se à
decisão ao diretor-geral da PF, Leandro Daiello.
Os delegados e agentes
voltarão a ser lotados na Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes
Financeiros, a DELECOR e dividirão o tempo entre a Lava-Jato e outras
investigações. Com a escassez de recursos e pessoal, a produção de provas nos
processos atuais e a deflagração de novas etapas de investigação fica
severamente comprometida. Para um dos investigadores, é uma "asfixia".
O desmanche do Grupo de
Trabalho não é uma surpresa dentro da Polícia Federal. O número de delegados
caiu de nove para quatro em menos de um ano. Com a saída desses delegados, a
velocidade da investigação foi caindo.
Para os investigadores, os delegados
Érika Marena, Eduardo Maut e Márcio Anselmo eram o "motor" da
Operação Lava-Jato.
A justificativa para a
retirada de pessoal era uma suposta "falta de demanda", ideia
refutada pela PF e também pelo Ministério Público Federal. De acordo com o MPF,
os funcionários estão atolados em trabalho ordinário e centenas de provas
obtidas em fases anteriores estão sem análise. Os três principais delegados
deixaram a Lava-Jato após atritos com a Direção da PF.
Pelas redes sociais, o
procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos principais nomes da
força-tarefa, acusou Michel Temer de matar a operação por asfixia. "A
Polícia Federal não tem mais dinheiro para passaporte. A Força-tarefa da
Polícia Federal na operação Lava-Jato deixou de existir. Não há verbas para
trazer delegados. Mas para salvar o seu mandato, Temer libera verbas à
vontade", escreveu.
A direção-geral da Polícia
Federal confirmou o fim do grupo de trabalho em nota, publicada pela Época,
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